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Análise: Dead Rising 3 – Sobrevivendo com irreverência

Apesar desse terceiro jogo da franquia ser um pouco mais sombrio que os anteriores, ainda é um total e completo Dead Rising, com toda a irreverência que chega a beirar ao ridículo e que já é marca registrada da franquia. O jogo tem como objetivo atrair aqueles que já são fãs da atmosfera de humor da franquia e também aqueles que buscam algo um pouco mais sério.

O jogo se passa na cidade fictícia de Los Perdidos, que é dividida em quatro áreas principais que são bem distantes uma das outras, mas que são interligadas por autoestradas, o que favorece a locomoção com os veículos super criativos do jogo. As áreas possuem muitas ruas, restaurantes, lojas, clubes, residências que são propícias para a exploração, mas vá preparado, pois tudo está infestado com milhares de zumbis prontos para te devorar. E morrer é um problema, pois o jogo possui apenas um longo loading no início de cada jogatina, então toda vez que você morrer terá que ficar esperando essa longa tela de carregamento.

O personagem principal se chama Nick Ramos, um mecânico super gente boa e que faz sempre o possível para ajudar ao próximo, tentando sobreviver durante a contaminação zumbi, com poucos recursos e muita coisa para fazer. A história se passa 10 anos após Dead Rising 2 e Nick está tentando ajudar o seu grupo de sobreviventes a fugir da cidade que será bombardeada em 15 dias. E sim, temos o famoso Zombrex no jogo, agora ele existe em forma de chip, e quem não possui o tal chip é caçado pelas autoridades.

jogabilidade é bem parecida com os jogos anteriores da franquia, bem fácil e intuitiva para os novos jogadores. Nick, como mecânico, conserta e constrói as mais variadas armas e veículos bem variados e interessantes. As combinações são variadas e bem engraçadas, que beiram ao ridículo, mas é impossível não se deliciar com uma moto sendo misturada com um rolo compressor e virando uma máquina de esmagar zumbis!

Mas para conseguir montar essas armas e veículos irados é necessário explorar Los Perdidos em busca dos projetos para realizar essas combinações. Combinações essas que utilizam os mais variados objetos desde armas já conhecidas como outros objetos bem peculiares. Inclusive, quase tudo que se encontra pelo chão da cidade pode ser utilizado como arma no cenário, desde caixas até churrasqueiras e vassouras. Além disso é importante olhar com atenção os itens pois as comidas regeneram a sua barra de vida, mas cuidado com as comidas estragadas te fazem vomitar! Essa grande variedade de objetos, projetos e colecionáveis espalhados pelo mapa estimulam o jogador a explorar cada cantinho do mapa, o que vai além de uma simples matança de zumbis.

Outro ponto bem interessante é que tanto o avanço pela história, a matança de zumbis e achar colecionáveis e novos projetos aumentam o nível do seu personagem o que te dá pontos de habilidade para aplicar em diversas características que melhoram o desempenho de Nick.

A Capcom prometeu uma grande quantidade de zumbis na tela e que eles não se repetiriam, e essa promessa foi cumprida com maestria. Não se nota a repetição de zumbis pelos cenários, assim como eles possuem comportamentos bem distintos uns dos outros. A quantidade é absurda! Eles são realmente muitos, mas se movimentam de forma fluida e não ocorrem travamentos ou quedas de frame rate, tudo foi muito bem desenvolvido.

As batalhas contra os psicopatas continuam loucas e divertidas. São aquelas pessoas com graves desvios de personalidade, que beiram a loucura, eles garantem boas e divertidas lutas. Essas batalhas são opcionais, mas não tem a mesma graça passar sem enfrentar essas figuras.

O jogo possui algumas imperfeições gráficas, desde texturas que demorar a carregar a cenários que somem e aparecem do nada. Apesar de suportar com maestria e fluidez a grande quantidade de zumbis na tela, o jogo peca por essas imperfeições, grande parte delas foram consertadas e melhoradas no decorrer das atualizações que o jogo recebeu. Mas nada disso significa que o jogo tenha gráficos ruins, eles são muito bons apesar dessas pequenas falhas.

O jogo possui uma jogabilidade simples e divertida e apesar de pequenas falhas gráficas o jogo segue com o clima irreverente da franquia de maneira muito agradável. Construir armas e veículos para matar aquela quantidade insana de zumbis é a grande sacada do jogo, e isso foi projetado de maneira muito satisfatória. Existem bons motivos para visitar Los Perdidos, passar um bom tempo se divertindo de maneira descontraída, pois apesar da história ter seus momentos tensos, Dead Rising 3 não é um jogo que se leva a sério, levando a palavra diversão ao limite!


 

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