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Quantum Break é a grande aposta da Microsoft para o começo de 2016 e é inegável a grande evolução do jogo desde a sua primeira apresentação ao público. É impressionante os detalhes de cada cenário, as expressões e realismo dos personagens, as partículas na tela… Por isso que afirmamos que em tempos onde tantos jogos sofrem downgrade gráfico, Quantum Break teve um enorme upgrade a cada apresentação. Outro grande destaque do jogo é seu aspecto multimídia, já que além do jogo teremos uma série em live action para complementar a sua narrativa. Quantum Break se posicionou como o jogo mais esperado de 2016 e prova que a espera valeu a pena e que ele está à altura das grandes expectativas geradas ao seu redor.

A narrativa de Quantum Break explora um tema que gera fascínio no grande público, mas que por algum motivo não é explorado muito à fundo no mundo dos games: a viagem no tempo. Muitos jogos possuem alguns detalhes ou personagens com habilidades sobre isso, mas são poucos que trabalham fundo no tema, foi nesse ponto a melhor escolha da Remedy Entertainment. O estúdio entrou de cabeça no tema e trouxe uma perspectiva mais elaborada e profunda das implicações do uso te tal poder. Como dito nas propagandas do jogo “Tempo é poder”, ele é poderoso e o seu controle tem um grande preço a ser pago.

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Na história de Quantum Break vamos controlar o herói Jack Joyce, enquanto o seriado vai oferecer o ponto de vista do antagonista Paul Serene. A história se passa nos Estados Unidos, onde um estudo sobre viagem no tempo dá errado e acaba dando habilidades de manipular o tempo para Jack e Paul. Paul Serene constrói uma máquina capaz de criar um buraco negro que gera distorções de espaço e tempo, fazendo com que a pessoa que passe pelo portal possa viajar no tempo. Paul e Jack, são grandes amigos e Jack é a única pessoa que Paul confia para ajudá-lo a ativar sua máquina. Paul promete  à Jack que a máquina está em perfeitas condições de funcionamento e que nada poderia dar errado. Mas a máquina entra em Colapso durante a ativação e a explosão concede poderes especiais para Paul e Jack.

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Ao final de cada capítulo de Quantum Break você se vê em um turbilhão de acontecimentos que te fazem buscar mais e mais sobre tudo aquilo que está acontecendo, você precisa saber o porquê de seu amigo ter virado seu inimigo e ter tomado decisões tão duras e extremas contra você. E ainda temos a série de TV que adiciona ainda mais tempero ao enredo. Sempre que finalizar um capítulo do jogo, será iniciado um episódio do seriado, esse episódio será baseado em nossas escolhas durante o gameplay do jogo. Então cada desfecho trará uma cena diferente em live-action. Isso traz para o jogo um forte aspecto para o replay e permite que os jogadores explorem outras possibilidades. Serão quatro episódios live action com cerca de 22 minutos de duração cada. Lembrando que enquanto no jogo estamos conhecendo o ponto de vista de Jack Joyce, na série vemos os acontecimentos através dos olhos de Paul Serene e da Monarch Solutions.

Uma informação importante sobre toda essa vertente tecnológica de Quantum Break é que a Remedy consultou um ex-cientista da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear para ter certeza de que os conceitos básicos de viagem no tempo combinassem com teorias da física, para tornar o jogo inteligente e com uma base científica correta, e assim evitar que o jogo tratasse o tema de maneira simples e com uma narrativa vazia.

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Graficamente, Quantum Break impressiona. Primeiro ele te entrega ambientes e personagens detalhados ao extremo. Tanto os cenários internos quanto os externos foram trabalhados meticulosamente, impossível não separar um bom tempo do seu gameplay para ficar parado admirando os cenários incríveis que a Remedy criou. Outro grande destaque são os personagens e seu nível absurdo de realidade. A modelagem dos rostos foi trabalhada com exaustão e o que vemos na tela são personagens idênticos aos seus modelos reais, mas um fato que contribui muito para que a integração do jogo com a série de TV seja feira de maneira muito natural.

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Mas onde os gráficos de Quantum Break brilham com força são nos lapsos temporais. O resultado que a Remedy conseguiu alcançar é magnífico. Ver o tempo se partindo e tudo ao seu redor parando, acelerando e desacelerando sem controle é um espetáculo à parte no jogo. Durante as batalhas quando Joyce usa seus poderes, também podemos ver o resultado desse trabalho único da Remedy. São balas que param sua trajetória, inimigos paralisados ao seu redor, efeitos por todos os lados quando cruzamos o mapa usando nossas super habilidades. É realmente impressionante o tipo de arte nova que o estúdio alcançou em Quantum Break.

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A jogabilidade de Quantum Break apresenta um jogo de tiro em terceira pessoa onde o personagem usa poderes especiais para manipular o tempo e sobreviver às investidas dos inimigos, essa manipulação gera efeitos não apenas nestes inimigos, mas em todo o cenário ao redor. Não basta ser bom de mira em Quantum Break, você precisa saber usar os seus poderes na hora certa para não passar sufoco nas sequências de ação. Os seus poderes possuem cooldown e isso requer uma certa estratégia do jogador, para não ficar sem ter o que usar nas batalhas. As partes de ação trazem também momentos grandiosos onde o tempo para em algumas finalizações que você realiza, como nos tiros na cabeça e nos últimos inimigos derrotados de cada seção, além disso é incrível ver a distorção do tempo ocorrendo durante as batalhas.

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O protagonista Jack Joyce possui habilidades muito interessantes e que fazem o jogo ter um combate realmente poderoso. Essas habilidades são um show à parte durante o gameplay, elas trazem um visual belíssimo e um ar de inovação realmente forte para Quantum Break. Essas habilidades podem ser melhoradas e se tornarem ainda mais poderosas, para tal você deve procurar pelo mapa pelas “Fontes de Cronum”, que te dão pontos para melhorar suas habilidades do tempo.

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A primeira habilidade que ganhamos se chama “Visão Temporal”. Com ela podemos destacar inimigos e itens próximos, além disso em alguns lugares específicos ela alerta de fendas no tempo onde podemos visualizar um tipo de holograma onde vemos acontecimentos do passado.

A segunda habilidade recebeu o nome de “Parar o tempo”. Ela congela os inimigos dentro de uma área e também interrompe por um breve período o percurso de suas próprias balas, com isso podemos concentrar o ataque nessa área e fazer com que os inimigos recebam todos os tiros de uma vez quando o tempo voltar ao normal.

A terceira habilidade é a “Esquiva Temporal”. Com ela Jack pode percorrer curtas distâncias distorcendo o tempo e ainda deixar o ambiente em câmera lenta. Esse poder é útil tanto para você fugir um pouco se a batalha se tornar muito intensa ou até mesmo confundir os inimigos trocando sua posição no campo de batalha.

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A Quarta habilidade se chama “Escudo Temporal”. Essa habilidade cria um escudo para você se proteger e regenerar sua vida e vigor, caso receba muito dano.

A próxima habilidade recebeu o nome de “Estouro Temporal”. Com ela você concentra uma quantidade de poder temporal e pode explodir essa concentração em uma área selecionada. Muito boa quando temos muitos inimigos pela frente, pois ela infere muito dano e paralisa o tempo na área afetada.

A sexta e última habilidade se chama “Desaceleração Temporal”. Com ela você pode se mover em alta velocidade enquanto o tempo ao seu redor está desacelerado. Ela é muito importante para mudar de posição rapidamente e também para derrotar os inimigos com dano corpo a corpo, pois podemos usá-la para nos locomover até o inimigo e finalizá-lo.

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Durante as cenas de tiro o jogo te sugere ser um shooter com cobertura, mas na minha experiência com o jogo essa mecânica de “cover” foi mais importante quando o medidor de vida de Jack estava baixo e eu precisar me recuperar. O uso das habilidades temporais é bem mais interessante e inteligente já que os inimigos avançam contra você, como o objetivo claro de te eliminar, não espere que eles fiquem atirando de longe e te dando tempo de mirar em suas cabeças. A estratégia com o uso das habilidades especiais de Jack, é que fazem a diferença em Quantum Break e que fazem o seu combate ser extremamente interessante. O jogo ainda tem alguns puzzles para você avançar em algumas áreas, mas nada muito elaborado, apenas para você testar suas habilidades fora da batalha.

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Outra parte importante do gameplay que afeta de maneira poderosa a história acontece quando chegamos nas chamadas “Bifurcações” de Quantum Break. Nessa determinada parte de cada capítulo estamos no controle de Paul Serene. Ele também recebeu poderes de manipular o tempo, que além dos que vemos em Jack, incluí a habilidade de ver como suas decisões irão impactar o futuro. Você deverá tomar uma decisão usando essa habilidade. As escolhas sempre são bem extremas, você pode seguir uma linha mais perigosa e violenta ou decidir por tomar decisões mais voltadas para escolhas amigáveis, políticas ou pessoais. Essa escolha vai afetar diretamente a história do jogo e do episódio da série de TV que irá iniciar em seguida.  Esse ponto é muito interessante no jogo, pois você decide com Paul Serene, o antagonista, como Jack Joyce, o mocinho, irá prosseguir no próximo ato.

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A série de TV é uma adição muito bem-vinda ao jogo, e a inserção dela no gameplay ocorre de maneira suave e extremamente natural. Ela mostra as consequências das suas escolhas nas “Bifurcações” e mostra o ponto de vista de Serene e da Monarch Solutions. O texto dos episódios está muito bem escrito, traz muito suspense ao jogo e nos deixa na expectativa dos próximos acontecimentos da história. Essas duas vertentes do jogo se encaixam de maneira ímpar, de forma que você não será capaz de separar os dois.

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A atuação dos atores está incrível e a produção que vemos no show é digna das melhores séries do mercado. O fato da captação de movimentos desses mesmos atores, que trabalharam em conjunto com os animadores da Remedy, ter sido tão bem feita traz ainda mais imersão no jogo e na série.

Caso queiram, os jogadores podem ignorar os episódios de TV completamente, mas levando em consideração a qualidade que a série tem, não recomendo que você faça isso.

O jogo ainda tem uma série de colecionáveis que enriquecem ainda mais a trama contando os detalhes dessa luta para consertar o tempo. São flashbacks, programas de TV, reportagens de jornais, e-mails, gravações de voz, fotografias e outras pistas visuais. Entre esses colecionáveis ainda temos as chamadas “Ondulações Quânticas” que alteram pequenas partes da série. É bem prazeroso explorar os cenários em busca dessas informações.

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A trilha sonora do jogo foi composta por Petri Alanko, compositor das canções de Alan Wake. Para a live-action, Alanko deu lugar a John Kaefer. As canções estão muito bem feitas e dão o tom certo ao gameplay. Os ruídos que surgem durante as batalhas também estão muito bem feitos, desde o som dos tiros aos sons peculiares de quando usando certas habilidades de Joyce.

A versão brasileira está totalmente localizada no nosso idioma e o trabalho com as vozes ficou excelente, com textos bem descolados e cheios de estilo. Mas caso deseje jogar com o idioma original do jogo, o jogador pode realizar a mudança no menu do jogo e jogar em inglês com legendas em português. Outras opções de áudio também estão disponíveis.

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O tempo de jogo pode variar. Na primeira vez que joguei demorei 15 horas para terminar, buscando os colecionáveis, mas esse tempo pode dobrar caso você jogue novamente para explorar as outras escolhas que o jogo te oferece. Um fator replay muito interessante e que realmente funciona em Quantum Break, pois sempre que você realiza uma escolha nas “Bifurcações”, fica a curiosidade de como seria o seu caminho caso escolhesse de maneira diferente. Além disso, a escolha da dificuldade influencia muito na duração da sua jogatina.

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Quantum Break despontou como o jogo mais aguardado de 2016 e agora que podemos finalmente jogá-lo conseguimos afirmar que valeu a pena esperar por ele. A Remedy Entertainment confiou e investiu muito em sua nova IP e realmente entregou um grande exclusivo nas mãos da Microsoft. O jogo traz uma história envolvente, uma jogabilidade intuitiva, onde é extremamente interessante aprender e usar as habilidades temporais e ainda nos brinda com uma série de TV de extrema qualidade. Eles se arriscaram e conseguiram entregar algo realmente novo, o jogo não se parece com nenhum outro já lançado, é diferente mesmo do que já existe no mercado. Sendo assim, podemos afirmar que Quantum Break se posiciona como um dos fortes candidatos a jogo do ano!

Quantum Break chegará às lojas em 5 de abril, mas você já pode realizar a compra do jogo na Xbox Live Store e fazer o pre-download do jogo para poder jogar já no dia do lançamento. Lembrando que comprando o jogo na pré-venda você ganha uma cópia digital de Alan Wake, o jogo de Xbox 360, também jogável no Xbox One, com seus complementos “The Signal” e “The Writer”, além desse jogo também está incluso nesse pacote Alan Wake’s American Nightmare para Xbox 360 que também é retrocompatível no Xbox One. Esse pacote de pré-venda também acompanha um código para download da versão para PC  de Quantum Break.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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