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Sempre tive vontade de testar esse jogo e agora com a oportunidade de jogar Free pelo Games With Goldcomecei a jogar e curti um pouco. O que mais frusta é ver I am Alive possuía potencial para ser um jogo Triple AAA, e ele chegou até a ser considerado no início, mas os inúmeros atrasos e algumas decisões da Ubisoft acabaram colocando o jogo na categoria de Arcade, o que atualmente ganhou a nova denominação de jogo Indie.

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Analisar um jogo depois de tanto tempo lançado e de uma geração que já passou é uma tarefa que tem que ser realizada com cuidado, pois temos que considerar o jogo na época em que foi lançado e não agora, senão seria uma injustiça. Depois do aviso, vamos para a análise,

História

O jogo de I am Alive começa com o protagonista procurando por sua família, que após os eventos iniciais do jogo (que não são muito explicados) ficam desaparecidos, o único fato explicado é que houveram alguns desastres ambientais, como grandes terremotos que devastaram quase por completo o mundo. Nosso protagonista estava em outra parte da Costa, quando chega encontra a cidade com tudo devastado e sobreviventes lutando por comida, água e medicamentos.

A história vai se desenrolando nessa busca pela família, só que as coisas vão mudando e também precisamos sobreviver ao ambiente hostil e ajudar alguns personagens secundários. A trama é um tanto rasa e também não existem tantas reviravoltas, ela segue de forma linear, os personagens secundários não tem tanto carisma e acabam só servindo para completar a trama mesmo. As cutscenes são mostradas na passagem das fases através da câmera que o personagem carrega, ele faz isso para poder gravar cada momento e deixar gravado o que aconteceu.

O final também é algo que satisfaz o que o jogo se propõe, fechando a narrativa de I am Alive e deixando claro que não teria uma continuação.

Jogabilidade

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A jogabilidade de I am Alive é em Terceira Pessoa, aquela básica sem cover. Você deve buscar por suprimentos tanto para sua saúde quanto para a stamina que são consumidos ao correr ou escalar edificações e a maior parte do jogo se trata disso, escalar estruturas para poder avançar pela cidade destruída. Alguns sobreviventes acabaram ficando hostis e para isso você já começa com uma pistola e um facão, mas geralmente estamos sem bala ou com uma bala só, para isso você deve blefar, apontando a arma para o adversário, se o cara estiver armado é algo que não se deve fazer, você tem que ter bala para eliminá-lo, mas os outros que estão armados com facão é só apontar a arma e fazer uma eliminação surpresa com o facão, também podemos chutá-los de precipícios. Com o progresso na história do jogo ganhamos um Arco e Flecha, com ele podemos acertar os inimigos e recuperar a flecha no seu corpo, poupando a munição que é bem escassa. Mais pra frente ao avançar bastante no jogo você consegue uma corda com um gancho que se parece com o que vimos nos jogos de Lara Croft, você pode se balançar para alcançar lugares mais distantes, mas apenas em alguns pontos específicos do mapa, isso proporciona uma nova possibilidade de exploração.

A mira das armas é em primeira pessoa e automática, com a opção de ser manual, pois alguns inimigos possuem armaduras e para matá-los precisamos acertar a cabeça ou algum ponto fraco.

Som

Esse é um ponto fraco de I am Alive, pois é algo monótomo demais, mesmo que esteja tentando passar a sensação do vazio que o mundo se tornou. O som das armas também é algo que não se destaca. O jogo peca em efeitos sonoros, que são poucos utilizados, até quando existem os terremotos não temos a sensação de que o perigo esteja no o ambiente, até tem alguns momentos em que a terra treme, as construçoes poderiam mudar e fazer algum barulho de destruição, no máximo é um cano que quebra ou um pedaço de janela que se solta fazendo um barulho. Faltou um polimento nessa parte.

Gráficos

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Os gráficos são de baixa qualidade e com texturas de baixa qualidade, mas como é um jogo Indie é algo perdoável. O cenário destruído e a poeira que deixa a cidade ainda mais hostil, pois existem partes que ficam impossíveis de se ficar vivo por muito tempo com essa poeira causando doenças respiratórias em alguns habitantes, estão muito bem desenvolvidos e funcionam bem. I am Alive é muito trabalhado em palhetas de preto e branco, e com efeitos de borrões para dar uma sensação de fim dos tempos. Acredito que se o jogo tivesse mais investimento, esses aspectos teriam recebido um tratamento especial.

Conclusão

Para um jogo que virou um Arcade de 360, ele diverte, é interessante, bom de se jogar. Eu fiquei com a impressão de que sempre faltava algo, que poderia ter sido melhor, é como uma ideia de uma franquia que poderia ter sido um sucesso, mas não sei por qual motivo a Ubisoft resolveu fazer ele um jogo de baixo orçamento. Para quem gosta da temática Survivor e aventura, é uma boa pedida se estiver em promoção, afinal ele esta na retrocompatibilidade do Xbox One e nesse mês está no Games With Gold, que para mim foi o melhor jogo desse mês fraco de Outubro.

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About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

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