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Yooka-Laylee é o primeiro jogo produzido pela Playtonic Games, um time de desenvolvedores formado exclusivamente por ex-membros da RARE. O jogo prometia reviver um gênero que a muito tempo vem sido esquecido nos consoles, o de plataforma 3D.

O projeto foi anunciado na plataforma Kickstarter em maio de 2015, com a “modesta” quantia de 1 milhão de libras esterlinas para ser lançado nos consoles. Em 46 dias Yooka-Laylee já tinha arrecadado mais de 2 milhões de libras e mais de 70 mil backers (pessoas que financiaram o projeto).

Seria a equipe de veteranos de ex-veteranos da RARE capaz de cumprir sua promessa? É o que você confere agora em nossa análise.

Um novo Banjo-Kazooie?

A equipe da Playtonic Games trabalhou em diversos clássicos da RARE. Donkey Kong, Kameo, Viva Piñata e Banjoo-Kazooie estão no portfólio da equipe. Quem jogou qualquer um desses games, vai perceber que muita coisa foi inspirada nestes jogos. Principalmente, Banjo-Kazooie.

Conheça a nova dupla dinâmica

Não tem como falar de Yooka-Laylee sem lembrar de Banjo-Kazooie. Assim como acontece no jogo da RARE, aqui temos um dupla de protagonistas de espécies diferentes que trabalham simbioticamente. O título de ambos os jogos levam o nome dos seus protagonistas e os personagens de ambos os jogos emitem sons engraçados durante suas falas.

São tantas semelhanças que Yooka-Laylee pode ser considerado um sucessor espiritual de Banjo-Kazooie.

Recupere o livro mágico

O jogo começa com o vilão, Capital B., colocando em prática seu maquiavélico plano. Ele constrói uma máquina com poder de roubar todos os livros do mundo! Apesar de parecer um plano bobo, logo é revelado a existência de um livro com poderes mágicos, capaz de reescrever os eventos de todo o universo.

O vilão Captial B. e seu funcionário Dr. Quack

O que Capital B. não esperava era que esse livro estivesse em posse dos nossos protagonistas, mais precisamente de Laylee. Quando o livro é roubado, a dupla não perde tempo de acabar com os planos de Capital B. de recuperar o livro mágico.

Durante a aventura, nossos heróis percebem que diversas páginas escaparam do livro e que será necessário coletar página por página  pelos cenários do jogo.

Um jogo para todas as idades

A primeira vista, Yooka-Laylee pode parecer um jogo para os mais jovens. Uma história bobinha, tudo muito coloridos com personagens bonitinhos em todos os cantos. É, essas características são inegáveis, mas o jogo oferece muito mais do que aparenta.

Em uma época onde quase todos os jogos entregam tudo explicadinho e de mão beijada para o jogador, Yooka-Laylee prefere seguir o caminho oposto. O jogo possui diversos quebra-cabeças que me fizeram sentir adolescente de novo, quando eu chamava vários amigos para tentar descobrir o que precisava ser feito.

Laylee é responsável por vários momentos cômicos do jogo

O jogo também conta com um humor bem irreverente. Piadas como “Você está usando o yookapedia” e “Você sabia que na internet tem todas as respostas não é?” dão uma ideia de como o jogo não se leva a sério. Sem falar no humor ácido de Laylee, sempre tirando sarro de outros jogos ou personagens.

Além disso, estamos falando de um jogo plataforma. Aqui as habilidades do jogador com o controle são testadas a fio. Acertar uma combinação de botões em um tempo limitado, coletar diamantes e ao mesmo tempo desviar de obstáculos em uma vagoneta (aqueles carrinhos de mina) ou voar por auréolas antes que a energia acabe são alguns exemplos de atividades que vão fazer até os jogadores hardcore perderem a cabeça.

Jogabilidade

O jogo possui uma jogabilidade simples e fluída. Inicialmente nossos heróis possuem poucos movimentos como atacar, pular e agachar. É possível adquiri mais movimentos com Trowzer, uma serpente trambiqueira que tenta a todo momento passar a perna nos nossos heróis. Para adquirir esses movimentos é necessário o uso de penas douradas como moeda de troca.

A dupla ajuda todos os tipos de criaturas no jogo

Além de Trowzer, nossos heróis podem adquirir novas formas graças a da Dr. Puzz, uma cientista híbrido de humano com polvo. Ela possui uma invenção capaz transformar Yooka e Laylee nas mais inusitadas formas. Helicóptero, navio, planta e muito mais transformações esperam nossos heróis.

A verdade é que a Playtonic Games criou vários “mini-jogos” dentro de Yooka-Laylee e fizeram isso com muito capricho. Os caras ainda tiveram tempo de criar um modo multiplayer de até 4 jogadores, com vários mini-games que encontramos durante a aventura com o personagem Rextro.

Retrorex e seus vários mini-games ao fundo

Mas nem tudo são flores, durante minha jogatina, apenas um aspecto acabou me incomodando. O posicionamento da câmera. Esse tipo de problema é comum nesse tipo de jogo. Quando você pula de uma plataforma para outra você não tem certeza da distância das duas devido ao ângulo da câmera. Ou então acontece de ela travar e te obrigar a sair do lugar para voltar ao normal. Felizmente, poucas foram as vezes que passei por esse tipo de problema.

Gráficos e Som

Tribalstack Tropics é um dos mais belos mundos do jogo

Yooka-laylee consegue apresentar belos gráficos naquilo que ele se propõe. O jogo possui um design bem trabalhado, com uma bela modelagem de seus personagens e cenários, com uma grande riqueza de detalhes em quase tudo, mas parece que faltou inspiração em alguns casos. O efeito visual da água, por exemplo, parece ter vindo diretamente do Nintendo 64.

A parte sonora é um show a parte, quase que uma volta no túnel do tempo. A voz de Yooka e Laylee pertence ao mesmo dublador de Banjo e Kazooie. Os mundos tem melodias que ficam grudadas na cabeça, assim como os grunhidos que saem da boca dos personagens, que funcionam como as suas falas.

Essa água não parece muito molhada hein

Opinião

Yooka-Laylee é um jogo que eu estava aguardando ansiosamente desde seu anúncio. O gênero plataforma é um dos mais queridos por mim e Yooka-Laylee conseguiu resgatar com maestria a época onde jogos plataformas estavam em seu auge. O jogo tem de tudo um pouco, personagens carismáticos, grandes cenários para explorar, vários quebra-cabeças, entre outras coisas.

De fato, o jogo não é perfeito. A câmera pode ser um problema e faltou um melhor acabamento em algumas partes do jogo. Mas no conjunto da obra, Yooka-Laylee está muito bem, obrigado.

Não sei se haverá uma continuação de Banjo-Kazooie, mas posso afirmar que quero um Yooka-Laylee 2. 😀

Entenda nossas notas.

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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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