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Primeiras impressões: Destiny 2 – Beta

No dia 19, a Bungie liberou a Beta de Destiny 2 no Xbox One para aqueles que realizaram a pré-encomenda do jogo, e nós podemos ver o que a empresa está preparando para apresentar aos seus jogadores, quando a versão completa for lançada em setembro.

O teste está dividido em três partes: uma missão da história que serve como um tutorial e como uma introdução da nova trama, um Assalto e dois modos de jogo no Crisol. Essa Beta é infinitamente mais limitada do que a disponibilizada no primeiro jogo, onde nós pudemos criar nosso personagem e realmente progredir com ele até um certo nível. Em Destiny 2 o teste foi bem mais limitado, o que foi de certa forma decepcionante, mas deu para captar o que será apresentado no jogo final.

Vale lembrar que não darei nota nem nada, pois não se trata do jogo final, apenas irei analisar os pontos mostrados na Beta e o que eu gostei e o que não me agradou. Vamos lá!

Missão da Campanha – De Volta para Casa

A introdução para a nova campanha é realmente muito boa, parece que finalmente a Bungie tomou vergonha na cara e vai oferecer uma história melhor. A missão disponível da história está muito boa e recheada de cinematics bem feitas e diálogos interessantes. Quem pedia por uma história no mínimo decente, parece que vai ficar satisfeito com Destiny 2.

Podemos perceber o esforço em mostrar e dar importância para todos os personagens, inclusive o vilão, que deixa claro porque está atacando a Torre e mostra toda a sua arrogância para que o jogador comece a narrativa com sangue nos olhos.

Para quem ainda não sabe, a história de Destiny 2 mostra que a última cidade caiu perante uma força invasora esmagadora, liderada por Ghaul, o grandioso comandante da brutal Legião Vermelha. A missão dos Guardiões que sobreviveram será derrotar a Legião Vermelha e enfrentar Ghaul para retomar o controle do planeta. Uma boa trama que parece que será bem desenvolvida, pelo menos está no caminho certo.

Essa missão também funcionou como um tutorial para as novas mecânicas de jogabilidade e as novas subclasses. O ponto negativo é que em determinada parte, quando temos que nos encontrar com a Ikora, ela não aparece e a missão não progride, resultando em um erro que nos faz voltar ao início de tudo e ter que refazer tudo novamente. Espero que erros grotescos assim, não ocorram na versão final.

As novas subclasses

Logo no início do jogo, temos que escolher entre as três classes disponíveis, que são as mesmas do primeiro jogo: Arcano, Caçador e Titã. Não esperava novas classes, pois não haviam mencionado isso, mas bem que a Bungie poderia sair do seu lugar de conforto e trazer mais classes e mais diversidade para os jogadores. Para não deixar a sensação de mais do mesmo em Destiny 2, o estúdio colocou uma nova subclasse para cada personagem. São elas:

Durante a beta duas subclasses estavam disponíveis para cada classe, uma nova e outra antiga. Resta saber se as habilidades antigas, que usavam o mesmo dano elemental, estarão de volta ou foram eliminadas.

Outra grande novidade é o novo sistema de armas em Destiny 2. Em vez da divisão entre armas primárias, secundárias e pesadas, o novo sistema divide as armas com base no seu tipo de munição, que pode ser kinetic, energy ou power. Dessa forma, podemos equipar armas da mesma categoria em slots diferentes.

Uma mudança interessante e que abre o leque de opções para os jogadores.

Infelizmente, não existe muita profundidade sobre o que testar, e o personagem já vem todo fortemente equipado e a única coisa que você escolhe é a sua classe, o resto está todo padronizado. A missão inicial, apesar de ser belíssima, é muito fácil, nem cheguei perto de estar quase morrendo. Senti falta de mais dificuldade, para realmente testar a eficácia das novas armas e poderes.

Assalto – O Pináculo Invertido

A Assalto novo é bem interessante, pois ele se passa no novo planeta Nessus, que nos dá uma mostra dos novos ambientes que estarão presentes em Destiny 2. Também curti o seu tamanho maior e com mais mecânicas, o que deixa o formato dos Assaltos mais interessante e desafiador. O que me incomodou aqui é o fato de que mesmo estando em outro planeta, a Bungie reciclou um monte de cenário do primeiro jogo. O inimigo final, Protheon, também poderia ser mais do que uma cópia descarada do Atheon, neh Bungie?

Faltou aquela sensação de estar em um novo jogo e não em apenas uma expansão do primeiro jogo.

E como estamos falando em Destiny, não podemos deixar de falar de Bugs e também segredos. Nesse assalto, se você não for em direção ao seu destino, irá encontrar três segredos interessantes. O primeiro deles é um evento público que você vai encontrar ao explorar o novo planeta, o outro é uma porta similar à entrada da Câmara de Cristal, onde estará acontecendo uma batalha entre Cabais, Vex e Decaídos. Por fim, você pode encontrar os Setores Perdidos, que são eventos de patrulha em Destiny 2, eles são identificados por gigantescas pinturas brancas, mas não estão ativos na Beta.

Além disso, os jogadores já descobriram uma maneira de ativar a super habilidade infinitamente no Assalto. Coisas que quem já jogou Destiny bastante, já está ciente que vai acontecer. Eu já tenho mais de 1000 horas no primeiro jogo e já vi de tudo!

O Crisol

A grande novidade para os jogadores viciados em modos competitivos é que o Crisol agora só suporta partidas 4v4. Nos dois modos disponíveis, os objetivos eram se infiltrar em uma base inimiga e plantar uma bomba em um modo e capturar e defender as zonas no outro. A mudança no número de jogadores deixaram as partidas menos frenéticas e mais estratégicas demandando muito mais espírito de equipe. Resta saber se isso irá agradar a comunidade do jogo.

A Bungie parece estar ciente de todos os problemas ocorridos no Crisol durante seu primeiro jogo e tentou balancear mais os poderes especiais para o pessoal usar menos lá. O problema é que isso também se aplicou no PvE, que tira um pouco do fator divertido de usar seus poderes especiais com mais frequência, inclusive as granadas, dando mais enfoque nas armas, algo que pode deixar o jogo muito com cara de um jogo de tiro genérico e tirar seu grande diferencial. Esse fator também pode deixar atividades mais avançadas como Assaltos e Incursões demasiadamente longos e cansativos.

Gráficos e Som

Graficamente Destiny 2 está bem bonito, mas não apresenta muita evolução se comparado ao seu primeiro jogo, até porque Destiny sempre foi um jogo belíssimo. Mas senti falta de upgrade maior em relação ao primeiro jogo.

Já o som segue impecável e com trilhas emocionantes. Outro ponto que merece destaque é a dublagem em português, que segue muito boa. Apenas na parte da campanha onde a personagem Amanda Holliday aparece que o jogo falhou e não saiu a sua voz. Mas no geral é um trabalho impecável.

Opinião

A beta não representa a versão final do jogo, mas também consegue mostrar o caminho que a Bungie quer trilhar em Destiny 2. Se no primeiro jogo, uma das grandes falhas foi ter deixado a história praticamente de lado e sem diversas explicações e desfechos realmente épicos, como era proposto, em Destiny 2 o estúdio mostra que irá trazer uma narrativa realmente épica.

As novidades são boas, mas também preocupantes, pois apesar de novas subclasses e sistema de armas, tudo soa muito igual com o primeiro jogo e muitas vezes não temos sensação de estar em novo jogo, mas apenas uma expansão luxuosa do primeiro.

No geral, Destiny 2 tem tudo para ser um jogo divertido, mesmo que não saia muito da sua zona de conforto. Acredito que vai agradar mais aos jogadores veteranos, que não precisam de muito para serem convencidos à continuarem se aventurando pelo universo criado pela Bungie. Mas espero que esse jogo ofereça bem mais do que ter que apenas refazer as mesmas atividades repetidamente para ficar forte, espero mais profundidade dessa vez.

Vale lembrar que a Beta Aberta de Destiny 2 para todos os jogadores, no Xbox One, começa hoje às 14 horas (horário de Brasília). A beta se encerra para todos no dia 23.

Destiny 2 será lançado no dia 06 de setembro.

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