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Observer é o mais novo jogo da Bloober Team, a mesma responsável por Layers of Fear. Dessa vez a desenvolvedora resolveu apostar em uma temática futurista, onde o jogador controlará um detetive com poder de entrar na mente das pessoas.

Eu sou um Observador

O ano é 2084, Cracóvia, Polônia. A tecnologia avançou de uma forma desenfreada, onde tudo e todos estão conectados. Realidade virtual, implantes cibernéticos ou qualquer melhoria digital são normais por aqui. O jogo nos apresenta o detetive Daniel Lazarski, protagonista do jogo e um Observador. Após um misterioso pedido de socorro de  seu filho que não via há anos, Lazarski acaba indo parar nas favelas da Cracóvia.

Lazarski, prazer. Agora vou invadir sua mente

O trabalho de um Observador é investigar crimes hackeando as mentes de vítimas e suspeitos e coletar evidências para que ninguém escape do tribunal. Tal prática é mal vista pela população, uma vez que não há privacidade quando se tem um Observador na história. Alguns chegam a dizer que quando um Observador entra em sua mente é o mesmo que ser estuprado.

Siga as pistas

Como era de se esperar, o trabalho de um detetive é investigar. Para descobrir o paradeiro de seu filho, Lazarski irá interagir com objetos e conversar com pessoas para conseguir novas pistas. Isso tomará boa parte do tempo dos jogadores durante sua jornada.

Siga a trilha de tijo…não, pera.

Não se engane em achar que ficar ouvindo conversas seja algo entendiante. Os NPCs de Observer possuem histórias fascinantes para contar, com experiências próprias ou sobre o mundo em si. Algumas farão você temer a forma como a tecnologia está avançando.

Uma passagem de ida para a insanidade

Evidentemente, em algum momento do jogo é necessária invadir a mente de alguém. É aí que nós vemos o dedo da Bloober Team. Assim como em Layers of Fear, Observer não apela para sustos e cenas grotescas, mas em um terror psicológico.

Pare e pense. Como seria o processo de entrar na mente de uma pessoa? Reviver suas lembranças, seus pesadelos. Existe uma forma de você controlar o que você quer ver, como um vídeo do Youtube? Acho que não. Você irá reviver cada momento, cada momento de alegria, tristeza, dor e medo. Tudo de forma aleatória, afinal de contas, não é assim que nossa mente trabalha? Podemos estar relembrando um momento de extrema felicidade e, de repente, lembramos de algo desagradável sem motivo algum.

Alguns conseguem personificar o próprio medo

Observer consegue passar esta ideia de forma sublime. Você mergulhará junto com Lazarski nas mais profundas lembranças de uma pessoa. Agora imagine repetir este processo dia após dia, ano após ano. Como deve estar a mente desta pessoa? Como saber se você é você ou se você está na mente de outra pessoa?

Gameplay

Apesar de ser um jogo de terror psicológico, Observer é primeiro um walking simulator. Você anda, “anda mais rápido”, interage com objetos e pessoas. Como o jogo se passa em um mundo Cyberpunk, Lazarski conta com algumas melhorias tecnológicas. O detetive possui dois scanners, um para identificar rastros biológicos e outro para identificar componentes eletrônicos.

Gráficos e Som

Olhar para Cracóvia no futuro é fascinante e perturbador ao mesmo tempo. Mas nem tudo são flores. O jogo sofre em alguns momentos com quedas de desempenho. A princípio, achava que fosse algo roteirizado para aumentar a imersão, mas pelo jeito é uma falha de desenvolvimento.

A parte sonora, sem sombra de dúvidas, é o maior destaque do jogo. A Bloober Team conseguiu dubladores de qualidade para Observer que conseguem aumentar a imersão do jogo. A cereja do bolo fica por conta de quem dá vida para Daniel LazarskiRutger Hauer (SIM, o replicante de Blade Runner) é quem faz o papel do protagonista e faz um trabalho magistral.

O jogo está legendado em PT-BR. Ironicamente, ainda não disponível na Xbox Store brasileira.

Opinião

Em meio a grande oferta de jogos de terror em primeira pessoa, a Bloober Team se destaca novamente ao trazer Observer. O jogo é uma aventura única e perturbadora, que fará você se perguntar qual é o preço do avanço da tecnologia.

O jogo sofre de pequenos problemas de performance, mas nada que tire o brilho deste trabalho primoroso.

Entenda nossas notas.

Clique e confira na Xbox Store
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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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