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Ontem durante o evento DICE Summit 2018, que aconteceu em Las Vegas (EUA), Phil Spencer, o chefão do Xbox, subiu ao palco e fez um discurso bem profundo sobre o atual mercado de games, que vai desde o tratamento e respeito dentro das empresas e chega até a comunidade de jogadores.

O longo discurso fez uma verdadeira viagem sobre os jogos e as suas plataformas, e também tocou em tópicos como diversidade, inclusão e respeito no ambiente online e profissional, e na maneira de como isso reflete na vida real das pessoas.

Spencer revela que nesses últimos quatro anos na Microsoft ele luta para criar uma ambiente mais inclusivo e que respeite todos os tipos de pessoas que acessam os ecossistemas da Microsoft, aprendendo com os erros e usando eles como aprendizado. E isso se reflete para a sua equipe e para o ambiente de trabalho que ele implementou:

Para que possamos fazer nosso melhor trabalho, precisamos que nosso ambiente de trabalho funcione bem. Se isso está quebrado, tudo cairá. O time estava em um mundo de dor. E com isso, nós não fizemos o nosso melhor trabalho com o lançamento do Xbox One. As ações de mercado estavam tomando um golpe. Foi doloroso ler todas as manchetes. A equipe achou que a liderança havia ficado surda sobre o que nossos clientes esperavam de nós.

E foi nesse ponto que todo o projeto do Xbox One começou sua nova fase, não apenas nos jogos que as pessoas fazem, mas também em termos de cultura da empresa:

Precisamos de um reinício. A moral estava baixa. E mantivemos grandes e ruins tendências. Teria sido engraçado se não fosse tão verdadeiro. Então, acertamos em tudo, como repensar e reconstruir nossa cultura. É incrivelmente lento e doloroso levar todos a bordo e admitir nossos próprios preconceitos. Trata-se de se comprometer a continuar ouvindo e aprendendo. Devemos manter essa transformação porque sabemos que ela permite o nosso melhor trabalho. Isso significa todos os gêneros, todas as habilidades e todas as etnias em todas as geografias. Esta é a nossa missão.

Justamente por implementar um ambiente de trabalho mais saudável, que Spencer se incomoda muito com comportamento tóxico que algumas vezes ocorre dentro da comunidade gamer, e não estamos falando apenas de fanboys, ou de mensagens racistas, pornográficas e agressivas que muitos recebem nas redes sociais, mas do tratamento dentro das empresas e estúdios também. Ele reforça que ao se concentrar em uma cultura corporativa forte que segue essas lições, o ambiente criado se reflete nos produtos que uma empresa faz. Do mesmo modo, um ambiente de trabalho tóxico pode levar a comunidades tóxicas:

O comportamento tóxico não prejudica apenas o indivíduo, prejudica toda a indústria. Temos de nos perguntar: ‘Estou construindo mundos onde todos nós podemos prosperar e alcançar mais?’ A cultura pode ser a ferramenta que nos permite perceber o verdadeiro potencial e poder dos jogos. A hora de ter nossa cultura certa é agora. É nossa responsabilidade crescente fazer jogos para todos. A representação não é apenas bom senso comum, é um bom sentido comercial.

E ainda como o grande profissional que é, Phil Spencer ressaltou o grande de trabalho de outras empresas ao criar novos mundos, como o visto com os concorrentes Nintendo com a série Zelda e com a Sony com a série Uncharted da Sony. Além disso, citou World of Warcraft nos PCs e, é claro, que ele também não poderia de deixar de lado a icônica franquia Halo, com o seu vasto e complexo universo. Todos eles não são apenas bons jogos, mas também são capazes de despertar reflexões sobre o mundo real. Para ele, os jogos que não conseguem abraçar a diversidade de jogadores terão dificuldade em conseguir mais jogadores.

Ele também citou um fato ocorrido aqui no Brasil na BGS 2017, onde um rapaz em uma cadeira de rodas se aproximou dele e disse que sentia acolhido no ambiente da Xbox Live, onde ele não era tratado diferente por causa da sua condição física. O que ressalta a importância de um comportamento agradável para acolher as pessoas.

Esse foi todo o tom do discurso do chefe do Xbox. Phil Spencer colocou uma pergunta bem incisiva na mente dos desenvolvedores e de toda a comunidade gamer: “Qual mundo você quer construir?”

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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