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City of Brass é um jogo single-player com visão em primeira pessoa, que traz uma ambientação inspirada nos contos de Mil e Uma Noites nas Arábias. Nele, os jogadores assumem o papel de um ladrão, lutando para alcançar um tesouro escondido no coração de uma cidade mítica cheia de armadilhas mortais e inimigos desafiadores.

O jogo é uma criação do estúdio independente australiano Uppercut Games, que tem na sua equipe profissionais veteranos e responsáveis por Bioshock.

Mil e uma noites, ai vou eu!!

A história de City of Brass apresenta um conto, onde em meio ao calor escaldante das areias do deserto uma cidade que antes era bem-sucedida se encontra em ruínas, tudo por conta da cobiça excessiva de seus habitantes, o que invocou a maldição de um gênio. Tudo totalmente inspirado no tema das Mil e uma Noites.

Nosso personagem é um ladrão armado com pouco mais que um chicote e uma cimitarra para combater as legiões dos amaldiçoados que perambulam pela cidade. Nosso objetivo é vencer todas as armadilhas, inimigos e bosses, para chegar ao coração da cidade e conquistar o seu lendário tesouro, e quem sabe encontrar uma maneira de reverter a maldição.

A narrativa não traz nada sensacional e não espere por diálogos ou muitas explicações elaboradas sobre os acontecimentos, pois o grande foco de City of Brass é a sua jogabilidade frenética e desafiadora. No entanto, como papel de dar sentido à jogatina, a história funciona muito bem como pano de fundo.

Se preparem bem, pois morreu? Já era!

City of Brass traz um estilo de jogo bem old school com uma inspiração clara no gênero roguelike, então pode esperar por fases geradas processualmente, e a famigerada permadeath, o que significa que se você morrer, terá que começar tudo de novo. Lembra daqueles jogos de antigamente, onde você tinha que sentar e terminar de uma vez só? City of Brass é quase como esse tipo de jogo, pois os pontos de salvamento são extremamente raros. Para muitos isso pode ser um fator afugentador, mas ainda assim traz um bom desafio para os jogadores, o que faz muito bem para o mercado de games.

Apesar de parecer desestimulante jogar um jogo com esse tipo de sistema, o fato dos mapas serem gerados aleatoriamente, além do seu próprio aprendizado adquirido com as falhas, tornam cada nova tentativa uma verdadeira aventura.

O nosso personagem tem um arsenal interessante de armas para tentar sobreviver nesse inferno das Mil e Uma Noites. Inicialmente temos um Chicote, que serve para desarmar, atordoar e derrubar inimigos, além de pegar objetos que estejam distantes e interagir com o ambiente. A outra arma disponível no início é uma Cimitarra, que efetivamente elimina os inimigos. O combate é bem simples de aprender, o que torna a jogabilidade ainda mais interessante.

Os inimigos são na sua maioria esqueletos, mas cada um deles possuem um estilo próprio de ataque, além de tipos diferentes de armas. Além disso, pode esperar por gênios e magos soltando bolas de fogo e raios em você.

Novos equipamentos e melhorias podem ser adquiridos com os gênios que são encontrados pelo mapa, ele vendem melhorias, habilidades, vida e muito mais para te ajudar. Mas tudo tem um custo e em City of Brass é gold, que pode ser encontrado em baús e juntando tesouros, que estão espalhados e escondidos pelo mapa. Um sistema que deixa o jogo mais acessível para todos os tipos de jogadores.

City of Brass possui um total de 13 níveis, que estão divididos em grupos de três fases, com um chefe bem desafiador ao final de cada um desses blocos. O lado bom desses chefes é que se você conseguir derrotá-lo, seu próximo respawn após uma morte será após essa sua vitória, o que já pode deixar você mais animado com o jogo. Isso é feito através de portais, mas você pode ignorar esses portais e começar o jogo novamente desde o começo, como era antigamente. Foi uma clara maneira que o estúdio encontrou de reverenciar os jogadores mais hardcore, mas também não afugentar o estilo mais casual.

Outro sistema que pode facilitar bastante sua jornada por City of Brass é o sistema de Bençãos e Fardos. Com as Bençãos o jogador pode aumentar a saúde, ajustar o nível de dano do personagem e inimigos, tirar a limitação de tempo e outros atributos, que irão facilitar o seu gameplay. Mas também pode deixar a jornada ainda mais difícil com os Fardos, que são desbloqueados com determinadas ações que são realizadas no jogo, e trazem modificadores para fazer o jogo se tornar um verdadeiro inferno.

Além do fator replay com as fases sendo geradas aleatoriamente e o desafio de começar tudo de novo, City of Brass ainda traz um sistema de tabelas online, para você disputar seu desempenho com amigos e outros jogadores do mundo todo. Para mim, ficou faltando um modo co-op, seja local ou online, para aumentar a diversão do jogo, e até mesmo a sua longevidade.

Gráficos e Som

Graficamente, City of Brass é um jogo bem impressionante, com um sistema de iluminação e efeitos bem elaborado, com ambientes e personagens bem detalhados e coloridos. O jogo se apresenta de maneira incrível no Xbox One X, com resolução 4K e suporte à tecnologia HDR. O Xbox One padrão traz um desempenho em 1080p, mas ainda assim não decepciona, mesmo que tenha texturas mais modestas. Todas as versões do jogo estão travadas com o framerate em 30fps.

A trilha sonora é pouco presente, de forma que senti falta de mais temas durante a jogatina para poder dar uma maior imersão ao gameplay. O lado bom é que City of Brass está todo com menus em português do Brasil.

Opinião

City of Brass traz visuais impressionantes e uma jogabilidade divertida, apesar de ser um jogo extremamente desafiador. Ele te incentiva a tentar chegar até o final, trazendo uma nova experiência em cada tentativa, tanto pelos cenários gerados aleatoriamente, quanto pelas possibilidades de armas e habilidades que podemos desbloquear.

No geral, é um jogo bem consistente e que vai agradar em cheio aos amantes do gênero roguelike, e pode ser uma boa porta de entrada para aqueles que buscam se aventurar por um estilo de jogo mais desafiador e direto.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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