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Lançado originalmente para Playstation 4 e PC em 2017, NieR: Automata foi considerado um dos melhores jogos daquele ano. Um ano depois o jogo da Platinum Games chega a família Xbox na versão BECOME AS GODS Edition, rodando em 4k/60fps no Xbox One X.

Será que o jogo é tudo o que falam? Confira nossas impressões.

A Guerra entre Humanos e Máquinas

NieR: Automata é situado em uma realidade onde a Terra foi invadida por uma raça alienígena formada por “máquinas”, que quase erradicou a raça humana por completo. Os humanos criaram uma unidade especial formada por androides , a Yohra, para combater a ameaça extraterrestre. 2B é um membro da Yohra e a personagem no controle do jogador. Programada para seguir ordens piamente, 2B não exitará em aniquilar qualquer máquina ao seu alcance.

Prazer, 2B!

O jogo inicia com 2B e mais alguns membros da Yohra em uma missão de aniquilar uma máquina de classe Goliath, que são gigantes. Após sua conclusão, 2B retorna para base da Yohra (que fica no espaço) e recebe a missão de ajudar uma das poucas resistências humanas na terra. Ao chegar no local, nossa protagonista percebe que a relação humanos x androides vai além de receber e executar ordens, com androides expondo sentimentos humanos. Até então indiferente a qualquer tipo de sentimento, 2B não consegue entender inicialmente o que está acontecendo. Porém, conforme a aventura avança, a protagonista começa constatar que algumas máquinas parecem compartilhar de sentimentos humanos também. Será possível que máquinas possam ter sentimentos? Ou essa seria uma manobra para se aproximar dos humanos e atacar quando estiverem vulneráveis?

Não é um tema dos mais originais, sendo explorada tantas vezes em várias outras mídias, mas a Platinum consegue colocar elementos que prendem a atenção do jogador. Questões como “como máquinas podem adquirir sentimentos humanos ou por que destas máquinas quererem parecer tanto com humanos?” que só podem ser respondidas nos vários finais de NieR: Automata.

Vários gêneros em um jogo só

Desde que NieR: Automata foi lançado em 2017, fiquei inerte sobre qualquer notícia do jogo. Sabia apenas que era um hack’n slash. Felizmente, o jogo é bem mais que isso, sendo até difícil defini-lo em um único gênero. O jogo é meio que um mix de hack’n slash, bullet hell e rpg. Três gêneros distintos, que foram integrados de forma magistral.

Começando pelo hack’n slash, Nier: Automata é um dos melhores da geração. 2B é rápida e apresenta uma boa variedade de golpes. As batalhas são extremamente frenéticas, exigindo bem as habilidades do jogador. Só por isso já seria muito bom, mas a Platinum foi além. Existem pontos do jogo onde há transição do angulo da câmera. As vezes ela trava em uma visão de cima, outras ela trava no “lado”, como se fosse um jogo 2D. Pode parecer besteira, mas é algo que muda bastante a dinâmica do jogo. Em uma batalha contra um boss, por exemplo, a câmera ficou de lado e a sensação era de que estava em um jogo de luta, memorizando os ataques e aberturas do adversário.

Loot maroto

Outro fator que muda drasticamente a dinâmica de jogo em Nier: Automata é quando o jogo sai do hack’n slash e vai par ao bullet hell. Você está em uma batalha acirrada contra um chefe e, do nada, balas pra tudo que é lado e a 2B precisa sambar pra desviar de todas elas. O jogador já experimenta isso logo na introdução do jogo, e esse modelo seguirá até o final. A mesma mecânica da mudança de angulo de visão da câmera acontece quando o jogo está em bullet hell.

Por último, temos o elemento RPG. Os ataques de 2B aumentam conforme a androide sobe de nível. Ela também possui uma barra onde instala chips que melhoram seus status. Estes chips ajudam o jogador a definir seu estilo de jogo. Prefere lutas no mano a mano? Instale chips que aumentam o poder de ataque, ataque crítico e evasão. Prefere atacar a distância em uma zona segura? Instale chips que dão bônus de dano a projéteis.

Ta chovendo bala!!!

Mas os elementos de RPG possui um pequeno contra. Como a maioria de RPGs, Nier: Automata conta com vastos cenários para exploração e missões secundárias para cumprir. Esse talvez seja o ponto fraco do jogo. As missões secundárias por muitas vezes são pouco inspiradas, e os imensos cenários dão uma sensação de vazio, com pouca coisa para explorar. Isso acaba quebrando o ritmo frenético das batalhas do jogo.

Uma história em várias perspectivas

Uma das marca registradas da franquia NieR é o fato de seus jogos contarem a mesma história em perspectivas diferentes. Automata não foge a regra, tornado obrigatório que termine o jogo várias vezes para um melhor entendimento do que está acontecendo. A Square Enix faz questão de mostrar a importância de terminar o jogo várias vezes.

Batalhas contra bosses são bem bacanas e desafiadoras

Ao final da primeira jogatina, o jogo exibe uma mensagem aconselhando a jogador a começar uma nova jornada. E se você acha que não existem mudanças, é melhor se preparar para várias surpresas. É como inciar um jogo totalmente diferente. 

Se inicialmente achava que a jogabilidade de NieR: Automata era o maior destaque, logo me dei conta de que a maior sacada era a forma criativa que a Platinum preparou para contar a história do jogo.

Jogabilidade

NieR: Automata possui uma jogabilidade prazerosa. Comandos precisos com respostas excelentes torna extremamente prazeroso sair fatiando robôs. 2B conta com um verdadeiro arsenal para batalha. Espadas pequenas, espadas grandes, lanças, machados. Não faltam opções. O jogador pode equipar uma arma primária (X) e uma secundária (Y). Alterne os ataques entre as armas e crie vários combos devastadores.

2B e 9S ao resgate

2B também conta com um pequeno robô para usar em ataques a distância. Conforme o jogador avança, o ajudante também ganha várias habilidades novas. Por último, ao apertar os dois analógicos libera um poder especial que varia em cada personagem. 2B, por exemplo, entra no modo autodestruição, causando dano massivo aos inimigos.

A jogabilidade de NieR: Automata segue um padrão da Platinum, que geralmente se destaca neste quesito. Os fãs não irão se decepcionar, enquanto novos jogadores irão se surpreender.

Gráficos e Som

A parte gráfica de NieR Automata BECOME AS GODS passa por altos e baixos. Em geral os modelos dos personagens são muito bem detalhados. Já os cenários carecem do mesmo cuidado. O jogo possui um estranho aspecto cinzento, principalmente quando os objetos estão distantes.

Alguns cenários são bem bonitos, outros nem tanto

Felizmente, NieR: Automata conta com uma bela trilha sonora. O jogador escutará bela e calmas melodias durante a exploração, que partem para um ritmo mais frenético quando uma batalha começa, tornando tudo bem empolgante.

A bola fora fica por conta da falta de, ao menos, legendas em pt-br. O jogo está disponível apenas em inglês e japonês. Fãs da cultura nipônica podem apreciar as belas atuações dos dubladores japoneses.

Opinião

NieR Automata BECOME AS GODS é de fato um ótimo jogo da Platinum. Não chega a ser uma obra prima como muitos pintaram por aí, mas talvez seja o melhor jogo do gênero nesta geração. Quem se arriscar nesta aventura poderá desfrutar de uma jogabilidade prazerosa e uma história bem curiosa.

Mas a Platinum pisa na bola em não trazer uma localização ao povo brasileiro. O jogo também oscila na parte artística, mesmo no Xbox One X.

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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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