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Análise: Destiny 2 + Expansões

Encontramos muitos extremos no nosso cotidiano, muitos deles indesejáveis. É o famoso “oito ou oitenta“. Nos jogos, estes extremos se encontram dentro do famoso “ame ou odeie” e é exatamente onde Destiny 2 repousa. O primeiro jogo tinha uma proposta simples, mas de execução brilhante, que foi moldada com o passar dos tempos transformando completamente o shooter em primeira pessoa da Bungie, a ex de Halo.

Destiny 2 manteve as mudanças do primeiro ao abordar uma situação crítica de ameaça intergalática. O que o jogo precisava desta vez era contar uma historia. Tudo bem, eu entendo que o primeiro jogo da franquia já tinha história mas, ao menos desta vez o desafio para a Bungie era colocá-la dentro do jogo. E assim o fez.

Destiny 2 começa sua campanha colocando toda a Vanguarda para bater em retirada da Torre, com a ameaça do momento: Ghaul, o líder da Legião Vermelha. Logo de cara, o jogo surpreende o jogador por apresentar uma história crível, ambientada em uma guerra de proporções bestiais e que coloca toda a humanidade em colapso. Pela primeira vez, Destiny traz esse lado humano para o jogo, onde você realmente se preocupa com a Terra e o provedor de sua Luz e Poder: o Viajante. Porém, é uma trama que não se sustenta. Apesar dos belíssimos locais ao qual o jogador é apresentado, essa trama de início do jogo base é chata e facilmente finalizada. Em cooperativo, com amigos, – e Destiny 2 deve ser jogado assim – levei pouco mais de 07 horas para finalizar. A batalha final contra Ghaul é digna de Sessão da Tarde, arranca bocejos. Mas Destiny não é apenas história cooperativa, tem-se também o competitivo… mas, as notícias não são as melhores.

O modo multiplayer do jogo, não teve muitas alterações. O Crisol, assim como a Bandeira de Ferro, continuam em modos de 6 contra 6, uma crítica que se mantém desde o primeiro: O baixo número de combatentes. Algumas alterações vieram com as expansões, restando assim, muita expectativa para elas…

A esta altura, Destiny 2 já dispõe de 03 expansões: “A Maldição de Osíris“, “A Mente Bélica” e “Renegados“, com outras três já programadas para o futuro. Como a versão que joguei me dava acesso a todas elas, vou falar um pouco sobre. A primeira expansão chegou exatamente 3 meses após o lançamento do jogo base.

A MALDIÇÃO DE OSÍRIS

Em “A Maldição de Osíris” você tem o retorno do guardião Osíris, o mais notável arcano e mentor de Ikora. Esta expansão é bem curta, assim como o jogo base. Osíris se depara com um portal no qual ele vê um futuro distorcido pela mente Vex. A história não é lá essas coisas mas, apresentam cenários incrivelmente lindos, com destaque para a Floresta Infinita. Os Vex não são os melhores inimigos na minha opinião, mas as fases onde ocorre a distorção dos Vex, com todo  aquele lance tecnológico, eu acho muito legal.

As adições desta expansão foram: Armas, armaduras e equipamentos temáticos novos, novas atividades cooperativas e novas arenas de multijogador competitivo.

A MENTE BÉLICA

Em “A Mente Bélica” você tem uma velha ameaça retornando, Rasputin. Só de ouvir esse nome, Zavala, o titã da Vanguarda, já treme. A trama se dá em torno disso. O reaparecimento de uma guardiã, Anna Bray, que também faz parte dessa nova história. Anna pretende usar Rasputin para deter uma ameaça da Colméia, o Deus Xol, e irá contar com a coragem do guardião obcecado por justiça. Sim, você. Zavala tenta a todo instante interromper o ataque, e esta expansão tem uma conclusão bem curiosa… Uma vez que o final é surpreendente e promete futuros incertos para a franquia.

As adições desta expansão foram: Nova incursão denominada Pináculo Estelar, novas armas, armaduras e equipamentos temáticos, nova atividade rotineira de nome Protocolo Agravamento, nova arma-relíquia: o dardo Valquíria, novos assaltos e acesso a arenas multijogador em partidas privadas.

RENEGADOS

Em “Renegados” você tem um foco maior naquele que é tido por muitos como o melhor guardião da Vanguarda, Cayde-6. Os trailers de lançamento desta expansão mostram um Cayde-6 muito valente, corajoso e…. burro. Nenhuma novidade pra quem já acompanha o trio da Vanguarda. A história presente nesta expansão é de longe a melhor de todo o jogo. Supera o jogo base e as duas expansões: JUNTAS!

Nesta expansão você terá de vingar a morte do amigo Cayde-6, caçando Uldren Sov por todo o Arrecife. Uldren está tomado pela Treva e acredita ser sua irmã, Mara Sov, lhe chamando para mais uma vez dominar o Arrecife. Para isso, ele terá uma legião de decaídos, agora chamados de Desprezados. Destaque para os Barões, inimigos que você precisará caçar e aniquilar antes de chegar a enfrentar Uldren. A cutscene de apresentação dos Barões é muito bem elaborada e criativa, uma das melhores do jogo.

Este é o icônico Aranha

Em “Renegados” você terá as melhores linhas de diálogo de todo o Destiny 2. O Aranha, decaído que te ajuda a reconquistar a Orla Emaranhada, propõe coisas absurdas a você durante os diálogos, fala sobre situações controversas e até mesmo duvida de você, Guardião, na sua cara. Te desmerece em alguns comentários e, mesmo que você vá progredindo durante a expansão, toda vez que você retorna a ele, ele tem um comentário depreciativo pra fazer. Todo elogio dele é seguido de um comentário maldoso. Um personagem muito bem trabalhado, que roubou minha atenção nesta expansão. Bom, ainda temos os diálogos do Cayde-6 e este, dispensa qualquer comentário.

É linda, não é?

Renegados” apresenta os melhores mapas de todo o jogo. Locais belíssimos como a Torre de Vigia, que me fez virar a camera pra todos os ângulos para poder entender todos os detalhes, com seus vitrais, esculturas, pilares, entalhes na parede, bandeiras, brasões… são tantos detalhes que só de imaginar que tudo aquilo pode ter um propósito ou seja baseado em algo da lore de Destiny, sua mente explode. Na Cidade Onirica você se perde em capturas de tela, cada canto é muito perfeito e belo, que você irá lotar seu HD de tantas capturas diferentes.

As adições desta expansões foram: Dois novos destinos: A Orla Emaranhada e A Cidade Onírica, uma nova incursão denominada O Último Desejo, novos poderes com 9 supers adicionais, o novo modo Artimanha, modo competitivo de PvE 4v4, novas armas, armaduras e equipamentos exóticos e novo arquétipo de arma, o Arco Lendário.

É mesmo muito linda!

VOCÊ É O GUARDIÃO QUE DESTINY 2 PROCURA?

Destiny 2 e suas expansões conseguem manter tudo aquilo que era bom no jogo anterior. O áudio é de tirar lágrimas em determinados momentos, de tão bonita e revigorante é a música. Mesmo que não esteja acontecendo absolutamente nada, a sensação musical que se tem é de “estou zerando o jogo e salvando toda a humanidade“. O belíssimo level design, me fez exclamar por diversas vezes: “Esse cara tem de ser promovido“. Preciso destacar também a jogabilidade ímpar, de um shooter muito balanceado, com armas incríveis que dão vontade de ter uma réplica em casa. O grinding continua viciante. É difícil dizer o quão prazeroso é, você fazer e refazer muitas vezes o mesmo Assalto, a mesma Incursão, somente esperando algum equipamento extra para, quando muito, melhorar seu personagem 1 ou 2%. Eu sei, beira a estupidez mas é extremamente viciante. Até mesmo quem reclama do grinding de Destiny tem mais de 100 horas de jogo, é incrível.

Chega a correr uma lágrima…

Você se depara com pessoas que dizem não gostar de Destiny, por ser muito enjoativo e a pessoa ter 800 horas de jogo. Destiny é isso. Você começa, o vício bate e, quando você menos se dá conta, está chamando os amigos pra fazer um Assalto Anoitecer.

Infelizmente, Destiny 2 também mantém tudo aquilo que era ruim no jogo anterior. Os abusivos preços das expansões, o sistema de “Season Pass“, “Expansion Pass” e “Passe Anual” que você nunca sabe se precisará gastar mais futuramente (e sempre precisa), situações fortemente criticadas no jogo anterior e repetidas aqui.

Eu disse no início, é “ame ou odeie“. Para quem está do lado “Ame“, tem um excelente shooter com centenas de milhares de horas de desafios e objetivos esperando para ser completados. Clãs sedentos por novos guardiões e Incursões esperando para serem desbravadas. Um jogo lindo em cada detalhe, pensado pra durar por muito tempo, com uma lore incrível, que terá pano de fundo para muitos outros lançamentos. Para quem está do lado “Odeie“, aguarde uma promoção, pois, você está diante de um viciante jogo que irá tomar muito tempo de sua vida social…. e você nem se dará conta disso.

*Deixar um agradecimento ao clã “Houve Uma Época” e em especial ao guardião Joncv pela aventura.

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