Ícone do site Xbox Power

Análise: Assassin’s Creed Odyssey – Legacy of the First Blade – Parte 2

Legacy of the First Blade é o primeiro grande conteúdo para Assassin’s Creed Odyssey que, curiosamente, foi dividido em três episódios. O primeiro ganhou o nome de Hunted (Confira a análise) e iniciou essa nova trama que gira em torno do personagem Darius, o primeiro herói a carregar a Hidden Blade, a famosa arma da série e também traz novos detalhes sobre o passado dos Assassinos. Essa primeira parte se apresentou muito bem e trouxe bastante profundidade para o nosso Mercenário, e deixou um gancho imenso para a sua continuação, que chega agora com o nome de Shadow Heritage e traz desdobramentos impactantes e polêmicos para toda a história.

Continuando o seu Legado

A história de Shadow Heritage gira em torno de um bloqueio marítimo iniciado pela Ordem dos Antigos ao redor da cidade portuária na Acaia, onde os cidadãos estão isolados e com as vidas ameaçadas por uma feroz comandante naval, conhecida como Tempestade, que está encarregada do bloqueio. Os jogadores devem roubar uma arma secreta que a tirana possui e melhorar o seu navio Adrasteia para mudar a maré nos combates navais ao seu favor. Durante a sua jornada você ainda ajuda os cidadãos, conhece novos personagens e aprofunda seu relacionamento com Darius e seu filho Natakas.

A história se desenvolve bem e faz com que você se sinta curioso para saber sobre e seu desfecho. Os personagens novos também são bastante carismáticos e aumentam a qualidade da trama. Os novos detalhes sobre a criação dos Assassinos e o conflito contra a Ordem dos Anciões também se intensificam, e novos desdobramentos acontecem, deixando o jogador ansioso sobre a sua conclusão que, infelizmente, só virá em março. O final desse episódio também oferece escolhas bem importantes, mas assim como no jogo base elas não possuem grande impacto, e independente do que você faça a trama da Ubisoft vai te levar para um mesmo caminho, e foi nesse ponto que o conteúdo derrapou.

A importância das escolhas, ou nem tanto…

Quando Assassin’s Creed Odyssey foi revelado a Ubisoft focou na grande novidade das escolhas e dos romances. O estúdio prometeu escolhas que iriam ter impacto no final e ainda opções de romances para os jogadores aprofundarem a sua experiência, assim como trazer maior foco nas mecânicas de RPG.

Quanto as escolhas, elas realmente existem, mas poucas delas trazem real impacto para a trama. Foi uma mudança muito bem vinda para a série, mas que carece de mais profundidade, assim como os romances. Quem esperava por algo mais complexo, como as obras da BioWare, certamente se decepcionou, pois eles se apresentam como algo totalmente genérico e sem inspiração, e independente de jogar com Alexios ou Kassandra as opções de romance são as mesmas, assim como os diálogos. No entanto, essas diversões dos jogadores pela Grécia Antiga não possuíam impacto direto na trama, o que não acontece em Shadow Heritage.

Você se encontra obrigado a ver seu personagem seguir por um caminho, quer você goste ou não, e isso vai contra tudo o que a própria Ubisoft disse quando revelou seu jogo, com a ideia de que iriam dar liberdade  para os jogadores seguirem suas histórias, sem obrigar ações ou relações com os quais não estivesse confortáveis. Para mim, o desfecho desse episódio não apresentou grandes problemas, pois seguiu por uma linha que me agradou, no entanto, é inegável que o estúdio ofereceu algo para os jogadores e agora simplesmente os privou disso, para que a história seguisse o rumo que desejavam.

Jogabilidade

Quanto as novidades da jogabilidade elas são poucas. Temos uma nova habilidade para os arcos, novos equipamentos, mais cultistas para caçar e muitas batalhas navais, que são o foco desse conteúdo. Assassin’s Creed Odyssey trouxe de volta as batalhas navais, e elas estão bem divertidas, até para quem não as curte muito como eu. Em Shadow Heritage isso toma maiores proporções, pois devido ao bloqueio marítimo, nós precisamos nos aventurar pelos mares para destruir os navios do inimigo, e para isso o nosso Adrasteia vai receber uma melhoria muito interessante.

O mapa ainda é o mesmo do jogo principal, e ainda não temos uma nova área para explorar, pois todo o conteúdo acontece na região de Acaia. Ao contrário do primeiro episódio, não temos áreas novas reveladas dentro dessa região, o que deixou a desejar para a variedade das missões, que também não são tão abundantes quanto no conteúdo anterior, o que reflete diretamente na duração do episódio, que é bem mais curto também. Também temos um novo ramo de Cultistas que, mais uma vez, é uma delícia ir atrás das pistas para eliminar os vilões.

Opinião

O conteúdo de Shadow Heritage para Assassin’s Creed Odyssey é bem interessante, mas acaba se perdendo pelo seu formato episódico e na falha da Ubisoft de vender um jogo onde as escolhas importam e ainda assim forçar uma linha de acontecimentos para o jogador. A trama em si segue muito boa, com desdobramentos interessantes para quem curte a história dos Assassinos e sua luta contra os Templários. Ainda assim, o formato episódico atrapalha, pois quando a trama ganha contornos épicos, sua história é encerrada, e temos que, então, aguardar sua continuação.

Entenda nossas notas

Aproveite e confira nossa análise de Assassin’s Creed Odyssey.

Clique e confira na Microsoft Store

Sair da versão mobile