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Análise: Mortal Kombat 11

Sendo um dos jogos mais marcantes de todos os tempos, Mortal Kombat faz parte da minha vida gamer desde muito tempo. O jogo, que era o terror de muitos pais, conquistou seu espaço na eterna galeria de franquias consagradas, e com vários jogos, filmes e séries de TV, a franquia sobrevive até os dias de hoje com maestria.

Com uma trama envolvendo viagens no tempo, Mortal Kombat 11 chega para fazer a diferença dentre um gênero que oscila em qualidade. Será que a NetherRealm conseguiu fazer o seu jogo definitivo?

UMA CONCLUSÃO ÉPICA

Uma das grandes virtudes da NetherRealm é criar histórias diferentes para uma franquia já estabelecida, e ela fez isso com maestria tanto em Injustice como Mortal Kombat. Mesmo todos conhecendo cada detalhe de suas histórias, sempre existe uma espaço para uma nova trama. Em Mortal Kombat 11 Raiden destruiu o equilíbrio da vida, ao derrotar Shinnok. Ele se deixou consumir pelo amuleto do vilão e causou uma das grandes mudanças temporais em Mortal Kombat. Nunca a franquia chegou tão longe em um jogo.

Com isso Kronika, uma vilã que controla o tempo teve que intervir, misturando o passado e o presente. As suas motivações são bem claras desde o começo, ela quer equilibrar as coisas. Mesmo que para isso ela precise botar os Reinos em perigo. As motivações de Kronika fazem com que todos os lutadores estejam envolvidos. Com isso, o roteiro não precisou se distanciar muito do objetivo inicial, que culminara em um grande evento.

Uma vez inimigos, agora são aliados.

A história mantêm o ritmo mesmo com diferentes pontos de vista. Quem já jogou o novo tipo de Modo História que a NetherRealm criou, sabe que cada capitulo explora um personagem ou grupo diferente. O grande destaque fica para a mistura de versões do mesmo personagem, por causa da viagem no tempo, o que serve para mostrar uma grande diferença, em personalidade, golpes e atitude em relação as suas outras versões de lutador.

Aquele foco em cima da família Cage foi um pouco alterado, pois em Mortal Kombat 11 todos são importantes, e possuem arcos para serem fechados. Com isso, o jogador não sabe o que esperar até o último minuto. Tudo pode acontecer.

AQUELA TRILHA ÉPICA DIGNA DE FILME

O som é outro ponto a se elogiar em Mortal Kombat 11, nunca em algum jogo de luta o som foi tratado dessa maneira. Pense em uma trilha sonora digna de filmes hollywoodianos, desde os primeiros minutos do jogo o som vai pegando a emoção daquela cena e levando para o jogador. Existem mometos nos quais tudo é simplesmente emocionante e vibrante, e nos leva a ficar assistindo uma cutscene e se empolgar com ela.

A dublagem está perfeita, esqueça a dublagem do jogo anterior, e aquelas frases de efeito que não fazem sentido não existem mais aqui. Os momentos de emoção na história foram muito bem retratados pela excelente equipe.

O som dos golpes e fatalities também passam o peso de cada luta, com altos níveis de brutalidade.

O MELHOR JOGO DE LUTA DA GERAÇÃO

O que faz um bom jogo de luta? Para mim é a precisão nos golpes, fluidez nos comandos e uma boa galeria de personagens. Existem muitos aspectos que acredito serem importantes em um jogo desse gênero e posso dizer que Mortal Kombat 11 preenche todos eles e com maestria.

Os personagens possuem vários tipos de golpes e recursos que podem ser ajustados de acordo com o seu jeito de jogar. Quer o seu lutador mais ofensivo? Você pode ajustar os seus atributos ou mudar as suas habilidades para um golpe mais forte. Achou aquele Fatality chato? Troca para outro.

Escolha o seu lutador preferido e customize-o do seu jeito.

Mortal Kombat X trouxe uma complexidade maior para a franquia, ao criar muitos recursos para a sua jogabilidade, algo que, para mim, afastou a facilidade de se jogar da franquia. Acredito que a mudança foi para levar o jogo para o mundo do E-Sports, mas isso deixou o jogo mais duro e com menos aceitação do público. Afinal, nem todos possuem habilidade para serem um exímio jogador. Já em Mortal Kombat 11 isso foi feito de uma melhor forma, e o jogo tem potencial para agradar vários tipos de públicos.

Casuais ou Profissionais serão representados da melhor forma. O público casual pode se divertir com as torres clássicas e modo história, já os profissionais  podem partir para as Torres do Tempo e os Modos online que já requerem um pouco mais de habilidade.

A galeria de personagens é bem enxuta, condizente com a história do jogo, por mais que o jogador tenha um lutador predileto e como no meu caso, ele não apareceu, existem diversos personagens e variações que podem ser utilizados. Só espero que os DLCs não sirvam para trazer grande parte desses lutadores que faltaram, seria preguiça em não trazer algum lutador novo ou convidados especiais.

DIVERSOS MODOS DE JOGO

Mortal Kombat 11 é um jogo bem completo, aqui temos todo tipo de modalidade, tanto para o online como para o single. Abaixo vou descrever minha experiência com alguns deles:

NOVOS KOMBATENTES

Uma das grandes dúvidas na cabeça dos jogadores, desde o lançamento de Mortal Kombat 11 foi a galeria de personagens, anunciada semana após semana em transmissões oficiais. Pouco a pouco tivemos novidades em relação aos novos lutadores. Vou descrever abaixo a minha experiência com cada um deles:

UMA LINDA VIOLÊNCIA

Mais um grande ponto positivo para o jogo, é o fato de que seus gráficos foram trabalhados com o melhor que a NetherRealm poderia oferecer. Mesmo jogando em um Xbox One S fiquei empolgado ao ver efeitos e texturas de alta qualidade. Com uma performance que não deixa a desejar, mesmo no modo online.

O design de personagens é caprichado e remete a dois mundos. Com o cruzamento de personagens de épocas diferentes, temos estilos bem diferentes para escolher. O gore em todos os Fatalities é brutal, com todas as tripas e sangue voando para tudo quanto é lado. Além disso, temos o Brutality e o novo Mercy que trazem mais variações para o combate.

CENÁRIOS QUE TRAZEM UM MISTO DE NOSTALGIA COM NOVIDADE

Uma das coisas que mais passam o ar de que o Torneio era algo bizarro e grotesco são os locais onde acontecem as lutas. Calabouços, grutas, pontes e muitas outras coisas fazem parte do que é o Mortal Kombat. Que lugar seria mais marcante do que o Colyseum da final do torneio, ou aquela ponte onde alguns infelizes eram jogados. Por mais que alguns locais não apareçam disponíveis para a luta, podemos vislumbra-los durante a expedição na Kripta.

Mesmo assim no novo contexto que a linha temporal se encontra, temos localidades inéditas que se tornaram icônicas. Os grandes acertos de Mortal Kombat 11 são que a passada de bastão não existe mais, e sim uma convivência entre o novo e o clássico.

OPINIÃO

Mortal Kombat 11 tem tudo para ser o melhor jogo de luta da geração, com diversos pontos positivos que foram só melhorando com o passar das edições. A jogabilidade apurada e customizada pode abranger os públicos casual e profissional. A customização, quase infinita, recompensa quem joga de verdade. Não é um Pay to Win, e sim um Play to Win. Os diversos modos de jogo podem manter o jogador por muito tempo, tanto nas Torres do Tempo quanto em Torneios Online.

O som digno de cinema somado a ótima campanha, traz peso dramático e leva o jogo para um nível acima. Voltando a falar do modo campanha, temos uma conclusão digna para o arco que começou lá em Mortal Kombat 9. Os gráficos também são de alta qualidade e não trazem queda de performance, mesmo quando a rapidez é exigida.

Vamos torcer para que os conteúdos pós-lançamento continuem o ótimo legado da franquia, trazendo mais lutadores diferentes.

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