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Bloodstained: Ritual of the Night era um jogo extremamente aguardado, pois é considerado por muitos como o sucessor espiritual do clássico Castlevania: Symphony of the Night, que é uma referência clara para esse jogo, que também foi desenvolvido por Koji Igarashi, diretor desse Catlevania e de outros jogos da franquia. Esse novo projeto traz a alma do clássico e adiciona novidades e melhorias bem interessantes, que segue com suas características góticas nos ambientes e narrativa, cenários incrivelmente interligados e as raízes do estilo metroidvania. Ele é descrito como um jogo de ação com elementos de RPG, ação e horror gótico.

Depois de uma longa e bem-sucedida campanha no Kickstarter o jogo finalmente chegou ao seu lançamento. Será que a espera valeu a pena? Vamos conferir nessa análise.

História

A narrativa gira em torno de Miriam, que é uma órfã que sofre de uma terrível maldição que vai cristalizando seu corpo aos poucos, algo que é fruto de diversas experiências feitas por alquimistas, que ela e seu amigo Gebel sofreram. Quem passou por essas experiências recebeu o nome de Fragmentário, e são dotados de grande poder, que ainda pode ser aumentado ao absorver Fragmentos Demoníacos. No entanto, esse consumo excessivo pode fazer o usuário perder a sanidade nessa busca de poder, e parece que foi isso que aconteceu com seu amigo Gebel, que está com grande parte do corpo cristalizado, e realizando uma invasão demoníaca ao mundo. Você acorda depois de dez anos de um sono profundo, e então segue para um misterioso castelo onde Gebel se encontra, e lá deve enfrentar uma legião de demônios e desafios lançados por ele, para assim dar descanso ao antigo amigo, e assim cumprir a promessa de eliminá-lo caso tivesse a mente corrompida por causa da maldição dos cristais.

Bloodstained: Ritual of the Night ainda traz personagens bem interessantes durante sua jornada, que acrescentam bons diálogos e enriquecem a história. Não vou falar muito sobre eles para não estragar as supresas, mas destaco o personagem Zangetsu, que traz todo seu estilo Samurai e ódio pelos demônios para a trama, e ainda chega com a bela interpretação do icônico David Hayter, a voz de Snake na série Metal Gear. A protagonista Miriam é bem simpática e faz com que a gente sinta vontade de ajudá-la e descobrir mais sobre tudo o que a levou até aquela situação.

O título ainda oferece uma interessante ferramenta de customização para a Miriam, onde você pode mudar cor e estilo do cabelo, cor da pele e dos olhos, além de poder pintar seu vestido. As opções de penteado também aumentam conforme você encontra novos diários pelo mapa. Não é nada muito elaborado, mas serve para dar aquela sensação de liberdade de jogar com algo que você criou, algo muito importante para a imersão.

A trama funciona bem, com alguns acontecimentos e reviravoltas bem previsíveis, mas que constroem uma boa trama para dar significado para nossa aventura. A história é honesta apenas, nada muito profundo, pois o grande foco no jogo é a sua jogabilidade e exploração dos cenários.

Um mapa viciante de explorar

Uma das características mais legais de Bloodstained: Ritual of the Night é a exploração dos cenários, que são interligados de uma maneira muito inteligente e ainda fazem o jogador quebrar a cabeça para descobrir sozinho onde precisa ir para avançar na história, e muitas dessas dicas estão escondidas nos diálogos do jogo, o que une de maneira prazerosa a história com a jogabilidade.

O castelo é gigante, cheio de armadilhas e salas repletas de inimigos, além de muitos segredos e itens escondidos. Algumas áreas estão bloqueadas, pois necessitam de alguma habilidade ou item específico ainda não adquirido, então devemos voltar depois para conseguir explorar. Tudo trazendo o melhor do estilo Metroidvania. Para incentivar essa exploração, existem alguns pontos de Viagem Rápida pelo mapa, que se descobertos facilitam o retorno para essas áreas que ainda não podem ser acessadas.

Essa Viagem Rápida também é muito importante para que possamos voltar para nossa base, que é o local onde podemos comprar e criar mais poções, itens e equipamentos. Também é importante para pegar e entregar missões, para adquirirmos novos itens e experiência para melhorar nossa personagem, pois como todo bom RPG precisamos melhorar em diversos atributos para se dar bem nas batalhas.

A exploração do mapa é uma delícia de fazer a cada nova habilidade conquistada. É viciante encontrar novos itens e inimigos mais poderosos, que podem te recompensar com um melhor equipamento e Fragmentos mais poderosos, que não só facilitam sua exploração como te dão mais poder de ataque e melhores maneiras de se defender.

Diversas armas e habilidades para sua jornada

Os Fragmentos são a base da jogabilidade de Bloodstained: Ritual of the Night, pois são eles que mudam completamente o jeito que o jogador encara a aventura. Eles são de cinco tipos, com habilidades ativas, passivas e para ativar companheiros para lutar ao seu lado. É possível trocá-los a qualquer momento, o que traz uma versatilidade gigantesca para o combate e a exploração, e quanto mais possibilidades, mais chances de uma progressão mais tranquila, pois o jogo tem uma dificuldade alta, mesmo jogando no normal. Esses fragmentos ainda podem ser melhorados na base e também quanto mais deles você carregar, mais forte eles ficam. Esses itens podem ser encontrados ao derrotar inimigos, sejam os que estão espalhados pelo mapa, ou com os chefões.

A jogabilidade é simples, mas existem muitas mecânicas para serem absorvidas ao mesmo tempo, sempre levando o jogador a ter que se reorganizar para voltar em diversas áreas do mapa, que após absorver uma nova habilidade dos Fragmentos, pode ser acessada para poder avançar na história e para encontrar novos itens mais poderosos para ajudar nessa jornada. Sem falar que muitos desses itens trazem efeitos incríveis na tela e fazem dos combates um espetáculo ainda maior.

O combate funciona muito bem, com comandos simples e fáceis de dominar, o que torna a exploração uma delícia. Existem diversos tipos de armas para você testar até achar uma que combine com seu estilo de jogar ou até mesmo para conseguir maior eficiência em uma batalha. Os inimigos são bem variados e cada um possui um estilo próprio de te atacar, sendo necessária uma adaptação constante durante a progressão.
Essas armas e as partes da sua armadura te oferecem diferentes atributos, e por isso devem ser bem analisadas antes de equipar, como todo bom RPG. Não é apenas subir de nível, encontrar equipamentos para te deixar mais forte ou itens para aumentar sua vida e mana, mas se trata de analisar quais atributos você precisa mais para os desafios que surgem na sua frente.

Após finalizar a campanha, você recebe acesso ao Modo Extra, onde é possível testar suas habilidades contra Chefes e contra o tempo, o que aumenta bastante o fator replay, para quem já conseguiu se aventurar por cada canto do castelo e quer se desafiar um pouco mais. Além disso, ainda tem o Modo de Som onde podemos aproveitar as belas canções e vozes do jogo.

Gráficos e Som

A apresentação gráfica de Bloodstained: Ritual of the Night é bem interessante, como uma verdadeira ode aos jogos clássicos de Castlevania, como o já citado Symphony of the Night, trazendo nostalgia, mas com toques de modernidade. Os cenários são muito bem construídos, trazendo todo o estilo gótico, que é marca registrada do Koji Igarashi. Os personagens são bem desenhados, assim como os inimigos e as habilidades que utilizam, oferecendo um espetáculo na tela. A apresentação em 4K no Xbox One X deixa tudo ainda mais bonito. Tudo com uma movimentação bem fluída e natural, sem travamentos ou quedas de fps.

No entanto, nem tudo são flores. O jogo traz alguns problemas bem irritantes durante o gameplay. Um deles é o jogo fechar do nada, nos fazendo ter que refazer uma boa parte do que já havíamos feito sem salvar, o que se torna problemático, pois Bloodstained: Ritual of the Night possui pontos específicos de Salvamento, então o jogo fechar antes de você encontrar um desses pontos, pode colocar muito tempo de jogatina no lixo. Outro problema que aconteceu algumas vezes é a personagem entrar na água e simplesmente não conseguir mais sair, me fazendo ter que suspender o jogo através do Menu e voltar num ponto anterior, que pelo menos não é nada muito distante. Não são problemas muito recorrentes, mas que acontecem e acabam prejudicando a diversão.

A trilha sonora é maravilhosa e traz o sentimento correto para cada área, acontecimento da história e batalhas contra bosses. A música ficou sob responsabilidade de Michiru Yamane, que é famosa por seu trabalho em outros jogos da franquia Castlevania, o que cooperou ainda mais para trazer o clima do ambiente gótico e a sensação dos jogos Castlevania mais antigos.

As vozes funcionam muito bem e combinam perfeitamente com seus personagens. O jogo está todo legendado e com menus em português, o que facilita muito a vida do jogador para entender as mecânicas e a narrativa.

Opinião

Bloodstained: Ritual of the Night oferece uma experiência maravilhosa ao jogador, com suas diversas possibilidades de gameplay, um mapa delicioso de explorar, e uma narrativa que mesmo que não seja extremamente elaborada dá o tom certo para a aventura. Tudo isso recheado com uma boa dose de desafio, que não desmotiva por uma dificuldade alta demais, mas está inserida na dose certa para desafiar o jogador, que se sente motivado a seguir adiante e descobrir o que virá a seguir.

Uma pena que o jogo segue com problemas chatos que podem tirar um pouco da diversão, mas mesmo que sejam irritantes ainda não tiram muito do brilho que o título traz para o mundo dos games. Seja fã de Castlevania ou não, Bloodstained: Ritual of the Night merece sua atenção.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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