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Assim que foi anunciado, lá no início de 2017, Code Vein me chamou a atenção instantaneamente, pois ele trazia uma grande inspiração na franquia Dark Souls da From Software, mas trazia um estilo gráfico diferente, voltado para os animes, as famosas animações japonesas. A junção desses dois elementos, que eu adoro, já foi o suficiente para colocar o jogo no meu radar. Por outro lado, muitos ficaram receosos de que Code Vein fosse se tratar apenas de mais uma cópia genérica de Dark Souls, mas de anime, no entanto, o título da Bandai Namco possui sua própria personalidade, e consegue oferecer um universo único de explorar e uma jogabilidade que oferece uma liberdade gigantesca para os jogadores.

Depois de uma longa espera, Code Vein está finalmente entre os jogadores. Será que ele ainda se parece apenas com um Anime Souls ou vai além disso? Vamos conferir nessa análise.

História

A história de Code Vein se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde a humanidade foi extinta, em um evento chamado de O Grande Colapso. Aqueles que sobreviveram receberam grandes poderes, mas o preço foi bem alto, pois se tornaram criaturas vampíricas, conhecidas como Aparições, com poder de sugar o sangue de seus inimigos para adquirir novos poderes. No entanto, a falta do consumo do sangue, faz com que as pessoas percam suas memórias, e caso não consigam mais arrumar o precioso líquido se tornam criaturas chamadas de Perdidos, que abandonaram totalmente sua “humanidade”, e que além de um comportamento extremamente agressivo, ainda sofrem de uma sede de sangue insaciável. O problema é que com a extinção da raça humana o sangue também se tornou escasso, e agora só pode ser encontrado em estranhas e belas árvores brancas, onde nascem os frutos de sangue capazes de suprir essa necessidade, e impedir que as Aparições se tornem esses Perdidos.

Além disso, ainda temos a Névoa Vermelha, que é uma espécie de doma com um fumaça tóxica, conhecida como Miasma, que evita que as Aparições e os Perdidos se aventurem pelo resto do mundo. Respirar esse ar é fatal e faz com que as Aparições entrem em frenesi e também se tornem Perdidos. Outro ponto negativo nesse mundo de Code Vein, é que as Aparições podem morrer, pois sempre voltam a vida, no entanto, cada vez que esse processo acontece um pouco da memória se perde, até que não sobre mais nada, e ela se esqueça quem é, pelo quê ou por quem luta. Um ciclo melancólico e desesperador.

Nosso personagem surge com grandes e misteriosos poderes, que não sabemos de onde surgiram, pois acabamos de acordar e estamos sem nossas memórias. Temos apenas a bondosa e misteriosa Io ao nosso lado, que nos mostra que podemos trazer vida para essas árvores de sangue, assim como adquirir os Códigos de Sangue de outras Aparições, e assim adquirir seus poderes. Como esses frutos estão cada vez mais raros, alguns grupos mais poderosos obrigam as pessoas a se aventurarem pelo mundo em busca das árvores e assim colher os frutos para eles. Apesar de se rebelar não ser uma boa ideia, pois eles são extremamente armados e bem treinados, nós acabamos trilhando um outro caminho durante essa primeira busca e conhecemos Loius, que percebe que nossos poderes podem fazer a diferença nesse mundo, e nos recruta para fazer parte do seu grupo.

Loius comanda um grupo de pessoas que também querem o fim de todo esse ciclo de morte e perda de memórias, e acreditam na luta dele para encontrar alguma maneira de reverter o que acontece com as pessoas isoladas dentro da Névoa Vermelha. Esse grupo se reúne dentro de uma espécie de base, onde podemos conversar com eles e conhecer mais deles e dos seus motivos para lutar. O interessante é que todos os personagens possuem personalidades críveis, ninguém é ruim demais ou bonzinho demais, cada um possui seus motivos para lutar e seus demônios para exorcizar, fazendo com que a gente se sinta conectado com eles, e assim conseguimos nos importar com seus futuros. Ainda existe um sistema de amizade, onde podemos entregar presentes para eles e assim ganhar pontos para resgatar alguns itens bem interessantes. O design da base é bem interessante, em uma espéçie de ruínas que descrevem bem o mundo onde Code Vein se passa, mas ao mesmo tempo traz um sentimento de conforto, por estar em um lugar rodeado de pessoas que não estão apenas focadas em sobreviver, mas também entender o que está acontecendo naquele mundo e tentar buscar trazer alguma solução para toda aquela situação complicada. O local também é importante para que a gente aprimore nossos equipamentos, compre itens, teste novas combinações de armas e magias, além de estreitar nosso relacionamento com eles, ao restaurar partes de suas memórias.

Sim, uma parte central da história e da jogabilidade de Code Vein está em restaurar as memórias desses companheiros, e até mesmo a do seu personagem. Conforme exploramos os mapas, podemos encontrar Vestígios, que são fragmentos do Código de Sangue de alguma Aparição. Ao juntarmos alguns deles podemos restaurar uma memória e trazer de volta o que havia sido perdido para alguma pessoa. Essas sessões de lembrança são muito interessantes, que não só trazem informações ricas sobre aqueles personagens, mas também para todo a história que estamos acompanhando.

Além da trama principal, e das sequências para restaurar as memórias, o jogo ainda oferece missões secundárias para trazer mais informações sobre o seu mundo, e que incentivam que o jogador retorne aos mapas que já haviam finalizado. Quando terminamos uma área, ao retornar para ela alguns ícones de um NPC podem aparecer, e quando chegamos ao local marcado um personagem estará lá para te oferecer uma missão, que pode ser matar um inimigo, eliminar uma invasão de Perdidos, ou até mesmo recuperar objetos. O mais legal dessas missões é que além de manter os mapas interessantes, também recompensa com bons itens.

Tudo no mundo de Code Vein é misterioso, e conforme as informações começam a surgir a curiosidade só aumenta, para saber mais sobre todo aquele universo e seus personagens. Existem reviravoltas incríveis, que realçam o quanto a história foi bem conduzida. Ao contrário de Dark Souls, e dos jogos que se inspiraram nele, a trama não é subjetiva e sem grandes momentos cinemáticos, pois o jogo oferece muitos diálogos e cenas para enriquecer sua narrativa, sempre com nosso personagem aparecendo no centro de tudo, o que nos faz ficar ainda mais conectados ao que está acontecendo. Mas não pense que é tudo mastigado para você, pois muita coisa fica no ar para que a gente entenda sozinho, criando diversas teorias sobre os assuntos abordados.

A única coisa que me incomodou é que raramente o meu personagem fala algo durante toda a campanha, se limitando a uma ou duas frases, ou aos emotes usados para se comunicar no Co-op. Foi algo que me decepcionou um pouco, pois traria ainda mais impacto para os acontecimentos, já que existe esse grande foco narrativo.

Code Vein possui três finais, e após finalizar o jogo você tem a opção de inciar um New Game para buscar os outros dois finais. Ao fazer isso, o jogador mantem seus equipamentos, nível obtido, e os Códigos de Sangue, mas terá que refazer todos os mapas e matar todos os bosses novamente. O diferencial aqui é que você pode iniciar um novo jogo sem elevar a dificuldade, ou aumentar para elevar o desafio. A escolha é sua. A quantidade de conteúdo é muito boa, eu mesma finalizei a campanha com 49 horas e ainda tenho algumas coisas pendentes para completar antes de partir para uma nova jornada.

Personalização de personagem impressionante

Para que o jogador sinta que seu personagem realmente é único no mundo de Code Vein, o jogo apresenta uma ferramenta insana de customização, onde podemos personalizar os mínimos detalhes da nossa criação. Podemos escolher o gênero do personagem, estilo de roupa, voz e alterar detalhadamente cabelo, rosto, partes do corpo, adicionar cicatrizes, tatuagens e muito mais. São diversas opções para o jogador customizar minuciosamente cada parte do seu personagem e assim dar o estilo que deseja para ele. O editor é realmente completo e você pode ter certeza de que irá passar um bom tempo nele criando e mudando seu personagem.

Sim, em Code Vein você não ficará preso a uma escolha feita no início do jogo, pois é possível mudar a aparência do personagem a qualquer momento na base. Enjoou do estilo escolhido ou quer mudar algo para combinar com sua armadura ou arma? Basta utilizar novamente a ferramenta e dar asas a sua imaginação.

Liberdade total para jogar como quiser

A palavra chave para a jogabilidade de Code Vein é: Liberdade. Ele se trata de um RPG de ação em terceira pessoa onde temos toda a liberdade de jogar com as armas e habilidades com as quais mais nos identificamos. Tudo gira em torno do sistema dos Códigos de Sangue, uma série de conjuntos de habilidades e atributos que adquirimos durante a história, ao derrotar inimigos e descobrir personagens. Eles funcionam como um tipo de classe. Cada um desses códigos oferece habilidades passivas como maiores pontos de vida, vigor e sangue drenado, e também trazem habilidades ativas com ataques físicos especiais, lançamento de magias, buffs e debuffs, e muitas outras possibilidades. Essas habillidades são chamadas de Dádivas. Algumas dessas habilidades só podem ser usadas quando o Código de Sangue está equipado, mas qualquer uma delas podem ser usadas independente de qual esteja equipado, pois podem ter seu poder oculto liberado através da Maestria, que pode ser alcançada ao matar inimigos com a Dádiva equipada, ou com o uso de Brumas e outros recursos adicionais. A única limitação está nos atributos necessários para seu uso, como Força, Vitalidade, Mente, Determinação… No mais, você pode usar tudo. Essas habilidades podem ser desbloqueadas com Brumas, que é a moeda principal do jogo, com ela você melhora seus equipamentos, sobe de nível e compra itens. Algumas delas só podem ser desbloqueadas para compra após achar seus Vestígios pelos mapas e consertá-los, então é muito importante explorar bem para ter acesso a mais possibilidades de gameplay.

Outro ponto onde a liberdade de escolha está nas mãos do jogador é na escolha das armas e do Véu de Sangue, que é a armadura que usamos. Podemos usar os mais diferentes tipos de armas, como espadas de uma mão e duas mãos, alabardas, machados e até mesmo armas de fogo com baionetas, o único limitador novamente são os atributos, pois se escolher um Código de Sangue mais voltado para o uso de magias, você não poderá usar uma arma muito pesada com atributo A em força, mas poderá usar uma série de outras armas, e as possibilidades são realmente muito vastas. Já as armaduras, que aqui são chamadas de Véu de Sangue, não mudam apenas a aparência e atributos, mas o estilo do ataque de finalização furtiva pelas costas, parry e da drenagem de sangue. Tem para todo o estilo de jogabilidade, seja mais focado na força bruta, no uso de magias, e até mesmo uma abordagem híbrida. Pode ter certeza que você irá mudar sua build diversas vezes durante o jogo, seja para enfrentar um inimigo específico, ou simplesmente por ter adquirido uma Dádiva mais interessante, e que te fez mudar a configuração dos seu equipamentos para usá-la. O jogo possibilita que até oito dessas Dádivas sejam equipadas, expandido suas possibilidades durante o combate e a exploração. Além dessas Dádivas ativas, ainda podemos equipar mais quatro passivas, que melhoram seus pontos de vida, vigor, drenagem de sangue, e por ai vai… Tanto as armas, quanto o Véu de Sangue, podem ser melhorados com o uso de Brumas e materiais encontrados pelos mapas e que também caem dos inimigos.

Quanto ao combate ele é bem semelhante ao que encontramos em Dark Souls, com possibilidades de ataques leves e pesados, esquiva e defesa, tudo de olho no gerenciamento de estamina, para não ficar sem energia e se ver indefeso para atacar ou se defender de um inimigo. Além disso o jogo oferece opções das Dádivas voltadas para o lançamento de magias, mas que ao invés de usar mana para serem castadas, os jogadores precisam sugar sangue dos inimigos ou usar ampolas dele para poder lançá-las. A estratégia é a mesma, atacar e se defender na hora certa. A grande diferença fica por conta da mecânica de sugar sangue dos inimigos, que é essencial para poder usar habilidades especiais, e traz todo um diferencial para o gameplay. É realmente viciante aprender novas habilidades, e ir constantemente mudando seu estilo de jogar.

Atacar de maneira desordenada te fará tomar dano desnecessário e certamente te levará a morte. Uma vez morto você perde toda a Bruma que foi coletada dos inimigos, e então deverá voltar ao local da morte para recuperá-la, mas caso morra no meio do caminho, perderá para sempre a importante moeda de troca. A Bruma é usada para você subir de nível e adquirir habilidades nos Viscos, que são locais onde o jogador também pode recuperar pontos de vida, gerenciar habilidades e realizar teletransporte, mas também faz com que todos os inimigos derrotados apareçam novamente. Outro diferencial do combate é o estado de foco, que é uma barra que enche conforme recebemos dano, esquivamos ou bloqueamos um ataque, quando entramos nesse estado ficamos menos suscetíveis ao atordoamento, assim como podemos atordoar o inimigo com mais facilidade, e assim infligir mais dano. Mas não vá comemorando antes do tempo, pois os inimigos também entram em estado de foco, e deixam o combate ainda mais desafiador.

O sistema de combate é simples, mas não é nada fácil de dominar, pois os inimigos não facilitam e possuem movimentos bem diversos, aumentando ainda mais a necessidade de pensar bem antes de desferir cada golpe e realizar uma esquiva. Mesmo quando você consegue memorizar grande parte desses movimentos, os inimigos ainda te surpreendem com um comportamento extremamente agressivo e tipos de ataques variados, deixando os combates sempre interessantes. O principal problema do sistema de combate ainda é o seu hitbox, pois muitas vezes eu não sentia que estava realmente atacando os inimigos, o que me fez atacar além do necessário e acabar tomando dano sem necessidade. Isso também acontece nos ataques do inimigo que muitas vezes não parecem que iriam me alcançar e acertavam mesmo assim. Melhorou muito desde a Beta, mas ainda assim apresenta inconsistência. A câmera também se mostra bem imprecisa quando um inimigo está marcado, mudando de alvo o tempo todo, fazendo o combate sair do controle das mãos do jogador. Felizmente, apesar de serem problemas, estão longe de prejudicarem a diversão do jogo, que apresenta muito mais qualidades do que defeitos

Além dos mapas normais da progressão na história, ainda existem os mapas das Profundezas, um conteúdo diferenciado para os jogadores irem em busca de recursos para melhorar seus personagens. Os mapas para acessar essa área estão espalhados pelos mais variados mapas da história principal, o que incentiva ainda mais a exploração pelos cenários. Eles também podem ser adquiridos através das missões secundárias, então mesmo após fechar uma área é sempre bom retornar para ajudar alguns NPCs. Quanto ao conteúdo ele se trata de basicamente encontrar chaves para acessar uma sala principal onde está um chefão final. É um bom lugar para acumular recursos, e mesmo após completá-lo você pode retornar para continuar o farming, bastando apenas usar o Visco para que os inimigos retornem.

Uma aventura compartilhada

Como dito acima, as Aparições precisam explorar o mundo de Code Vein em busca de cristais de sangue, e como essa jornada é perigosa por causa dos Perdidos e do Miasma no ar, essa busca nunca é realizada em modo solo, sempre exigindo que exista alguém ao seu lado. E é dessa forma que é fundamentada a experiência cooperativa do jogo, onde além de uma IA (Inteligência Artificial ), você ainda pode ter a companhia de mais um jogador no co-op online.

Alguns personagens que encontramos durante a história podem nos acompanhar, e todos eles são de grande ajuda em combate, oferecendo diferentes estilos de ataque, assim como diferentes estilos de suporte, como te reviver com mais pontos de vida, ou aumentar a sua defesa, por exemplo. A inteligência deles é satisfatória, e eles possuem grande autonomia para atacar os inimigos, sendo de grande ajuda durante a exploração. A única coisa que senti falta nesse sistema foi de poder dar alguns comandos para eles, como esperar em algum lugar, atacar determinado inimigo ou até mesmo poder melhorar seus atributos e equipamentos. Caso você não deseje ter a companhia da IA, pode simplesmente optar por não escolher nenhum e seguir sua jornada sozinho.

Caso queira explorar o mundo de Code Vein com um amigo, o jogo oferece a possibilidade de ajudar ou ser ajudado por outro jogador. O sistema é simples e sem complicação, facilitando a cooperação entre os jogadores. Para chamar o amigo basta ir no menu e enviar um pedido de ajuda ou responder a chamados que estejam ativos. Também é possível colocar senha na sessão para que apenas amigos se juntem a você. O nível do convidado fica pareado com o do host e suas poções de curas caem pela metade. Algo bem familiar ao que existe em Dark Souls, porém o sistema de Code Vein é mais simples e funciona sem tantas complicações.

A conexão sempre foi rápida, e raramente aconteceu de ocorrer quedas no jogo do amigo ou no meu. Em relação ao save, ele fica gravado apenas para o jogador que é o host, então caso esteja jogando com um amigo deverá fazer a progressão no seu jogo e depois no dele novamente. Algo normal para quem já jogou os jogos da From Software, mas que pode ser um incômodo para aqueles que não estão familiarizados.

Além disso, para incentivar a ajuda entre os jogadores foi adicionado um sistema de medalhas, e sempre que eliminar um boss no jogo de outra pessoa você irá ganhar Marcas de Honra, e conforme você ganha esse item você irá desbloquear títulos e ícones para seu personagem, que aparecem quando você entra no jogo de alguém. Além disso, você também pode adquirir habilidades especiais por ajudar os outros.

Gráficos e Som

O mundo de Code Vein possui uma beleza única e cheia de personalidade, sendo fácil perceber que os desenvolvedores se esforçaram para que os jogadores se sentissem imersos naquele universo. Cada área possui uma característica única e um level design impressionante. Seja em cenários mais fechados ou nos abertos, sentimos com precisão todo um sentimento de opressão e melancolia presente na narrativa, de forma que nunca ficamos desconectados da nossa missão naquele mundo. Cada mapa é interligado de forma inteligente, onde precisamos explorar cada canto em busca não apenas de itens importantes, mas também de locais para expandir a progressão ou encontrar aquele corte de caminho maroto.

Já os personagens da história possuem toda a essência dos animes, e são muito bem representados, trazendo bem suas personalidades para a tela. Até mesmo os NPCs secundários que encontramos durante nossa jornada são bem apresentados e ficam de longe de ser genéricos. O mesmo podemos dizer dos inimigos que possuem estilos diferentes e com um design que realmente mostram o quão perigosos eles são. Os bosses estão incríveis, com batalhas que realmente são memoráveis e que se diferenciam bem uma das outras, nunca deixando o jogador abaixar a guarda. O efeito dos ataques, magias e finalizações são incríveis e oferecem um belo espetáculo na tela.

Mas nem tudo é positivo no desempenho de Code Vein, na verdade aqui estão os maiores pontos baixos do jogo. Apesar do mundo incrível e único apresentado ao jogador, fica claro que faltou polimento, mesmo jogando no Xbox One X. Com frequência presenciei texturas se formando, ou até mesmo que não carregam. Outro ponto que me incomoda muito são objetos atravessando um personagem, como cabelos atravessando uma máscara, uma espada atravessando uma capa, por exemplo. Isso não atrapalha a jogabilidade, mas ver coisas desse tipo nas cutscenes, onde os personagens estão em destaque, passa a impressão de desleixo. Por outro lado, presenciei poucas quedas de ramerate, e os loadings não são longos, deixando o gameplay bem dinâmico.

Os saves de Code Vein não são todos automáticos, devemos utilizar o Visco para salvar o jogo, o que é um tanto problemático caso o jogo encerre do nada, ou caso aconteça algo como uma queda de luz. Caso algo desse tipo aconteça, parte do progresso é perdido, o que pode ser problemático em um jogo desafiador como Code Vein. Um sistema mais presente de salvamento seria bem-vindo.

Assim como a sua parte gráfica, toda o áudio de Code Vein também foi bem estruturado para trazer o jogador para dentro do seu universo e aumentar a imersão dentro dele. A trilha sonora mistura temas melancólicos e profundos para os acontecimentos voltados para a narrativa, canções mais sinistras para a exploração dos cenários e ainda músicas mais épicas para as batalhas contra os bosses, onde realmente nos sentimos participando de algo grande e importante.

A dublagem está muito boa, seja com as vozes em japonês ou em inglês, e o trabalho feito pelos atores ajudam a trazer o jogador para dentro na história fazendo com que a gente se sinta incentivado a lutar por aqueles personagens. Todo o jogo está legendado e com menus em português do Brasil, o que facilita o entendimento da narrativa e o gerenciamento de itens e habilidades.

Opinião

Apesar da clara inspiração de Code Vein em Dark Souls, o jogo vai além disso, mostrando personalidade tanto no seu mundo e história, quanto na sua jogabilidade, que oferece liberdade e muitas possibilidades para o jogador. O sistema de Códigos de Sangue é muito interessante, e expande muito as diversas maneiras de encarar o desafio, seja usando a força bruta, magias ou até mesmo os dois ao mesmo tempo. O jogo possui personalidade e flexibilidade nas suas mecânicas, para não ser taxado apenas como apenas mais um Soulslike do mercado, e não digo apenas isso com base no seu estilo gráfico, mas também em suas opções de habilidades moldadas com base na narrativa da importância do sangue para usá-las e desbloqueá-las. Ou seja, o título traz um mundo interessante de explorar, uma narrativa intrigante e um combate viciante.

Seja para aqueles que querem conhecer o estilo Souls, seja para aqueles que estão com vontade de jogar algo novo do gênero, ou simplesmente aqueles que querem se aventurar por um mundo interessante e com uma jogabilidade desafiadora e divertida, Code Vein é mais do que recomendado. Uma das boas surpresas do mundo dos games em 2019.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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