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Quando foi revelado na E3 2018, Battletoads foi muito comemorado pela comunidade Xbox. Afinal, muitos desejavam o retorno dos icônicos anuros Rash, Zitz e Pimple. Porém, muitos foram pegos de surpresa quando o primeiro gameplay deste reboot foi mostrado na E3 deste ano. Os gráficos cartunescos não agradaram boa parte da comunidade, que ficou com um pé atrás com a qualidade do jogo.

Battletoads esteve presente na BGS deste ano,e nós aproveitamos para conferir se o receio da comunidade era justificado ou não.

De volta a ação

Já fazem 28 anos desde que o primeiro Battletoads fora lançado pela RARE. O jogo era um beat’em up que colocava o jogador no controle de sapos antropomórficos, e foi criado para rivalizar com um sucesso da época: As Tartarugas Mutantes Ninja. Assim como seu rival, Battletoads adquiriu uma legião de fãs, tendo várias continuações e, até, uma série animada.

Ataques metamórficos bem bizarros

Após anos de hiato, um novo jogo da franquia foi anunciado para Xbox One e PC e está sendo desenvolvido pela Dlala Studios . Battletoads segue no gênero um beat’em up com gráficos 2.5D e modo multiplayer (local) para até três jogadores. Na BGS deste ano esteve disponível a mesma demo da Gamescon (trailer ná no início), onde Rash, Zitz, e Pimple acertam contas com o chefe Porkshank. Após a introdução, cada jogador toma controle de um dos protagonistas para dar inicio a parte jogável.

A demo era dividida em duas partes: pancadaria e a famigerada fase das motos. Apesar da curta duração da demo, deu para ter uma ideia do que vem por aí.

Não tão bom quanto lembrava

Battletoads foi um dos jogos mais adorados que tive oportunidade de jogar no meu Super-Nintendo. Era reunir com amigos para jogatina e a diversão estava garantida. Imaginar reviver essa sessão, já deixou as minhas expectativas lá em cima, e mal me segurava para experimentar este reboot.

O tutorial era ensinado na prática. Conforme as orientações passavam na tela do jogo, enfrentávamos hordas de porcos e ratos. Ao final, o chefe Porkshank aparecia para uma luta marota. Imune aos ataques, Porkshank só sofria dano quando era atordoado, quebrando a mesmice de só sair apertando botões até todos os inimigos caírem.

Gráficos partem para uma pegada mais cômica

O jogo mantêm a essência do original. Os comandos são simples: X para ataques normais e Y lançava inimigos para o alto. Emendar B após usar X realizava ataques de metamorfose, transformando nossos personagens, como ocorria no jogo original. A partir daí, basta a criatividade de quem está com o controle para realização de combos. Adicionalmente, há um botão para esquivar e outro para agarrar seus inimigos com a língua.

No topo da tela a HUD do jogo mostrava a barra de vida, intitulada momentum. Obviamente, receber ataques diminuem a barra, que leva ao game over se for zerada. Todavia, a barra é preenchida quando atacamos nossos inimigos. Uma maneira, no mínimo, curiosa de reabastecer.

Na parte das motos, acabamos não indo muito longe. Como já era de se esperar, era a parte mais difícil da demo, exigindo muita perícia para desviar de obstáculos no percurso.

Battletoads cumpre bem as exigências de um beat’em up, mas para um jogo aguardado por tanto tempo, a sensação deixada é de que Dlala Studios preferiu fica na zona de conforto. Fez aquele feijão com arroz, onde era só aguardar as hordas de inimigos acabarem para enfrentar um chefe e passar de fase. Não havia objetos no cenário para interagir. Quem lembra da clássica fase de Teenage Mutant Ninja Turtles: Back in Time, onde era possível jogar inimigos em direção a tela da TV? Nem mesmo um barril amigo para jogar nos inimigos. Até mesmo os combos parecem bem limitados. Tentei alternar varias sequências de botões, mas acabei criando, no máximo, 2 combos.

Visualmente controverso

O ponto mais polêmico desde a revelação do gameplay de Battletoads são seus gráficos. Os personagens com um estilo mais escrachado acabou não agradando boa parte da comunidade. Muitos reclamaram que o jogo merecia mais carinho. Que deveriam fazer melhor uso do poder gráfico do Xbox.

Não entrando no mérito do estilo usado pela Dlala Studios, afinal, cada um tem seu gosto, e modo de trabalhar, o jogo não faz feio visualmente. Os cenários estavam bem detalhados e coloridos, assim como nossos personagens. As metamorfoses são bem boladas e vão além de simplesmente aumentar o tamanho dos membros dos personagens.

Tem horas que a tela do jogo vira uma salada

Um problema que percebemos durante a jogatina é a similaridade dos personagens. Por mais que tenham tamanhos diferentes, suas cores são bem parecidas. No meio da pancadaria, era comum você confundir seu personagem com de outro jogador. Não sei se era questão de me condicionar com o visual do jogo, mas a coisa ficava pior quando a tela ficava entupida de personagens.

Opinião

Battletoads causou um pouco de decepção em sua primeira impressão. O jogo não é necessariamente ruim, mas para uma franquia que a comunidade aguardava por um retorno a tanto tempo, a Dlala Studios acabou fazendo pouco. A jogabilidade é simplória até demais, ficando atrás até outros jogos que foram lançados na época do original. O que mantem minha esperança viva é que, apesar de nenhum representante estar presente na BGS, a Dlala Studios confirmou outrora que a demo arranha apenas a superfície do jogo.

Tomara mesmo, pois a franquia possui um potencial enorme para ser explorado.

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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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