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Análise – Call of Duty: Modern Warfare

Algumas obras acabam se reinventando, pois o mercado não consegue trazer algo que supere o material original, daí surgem os remakes que dão uma chance ao autor de tentar se superar, ou simplesmente atualizar algo que já ficou no passado. Afinal de contas surgem novas tecnologias e recursos que não existiam naquela época, então agora é hora de ousar como nunca.

Após largar de mão do modo Campanha em Black Ops 4, aqui temos a volta triunfal de uma história somada ao Multiplayer, que possui algumas mudanças. Em Call of Duty: Modern Warfare temos um remake que acrescenta mais para a história da franquia, tendo a possibilidade para seguir, ou não, aquela linha do tempo estabelecida. Será que a Activision acertou em trazer algo que já foi feito, será que foi o caminho correto? Vou descrever abaixo tudo que presenciei ao jogar a volta desse clássico.

CAMPANHA DIGNA DE FILME

Uma das minhas maiores preocupações era como seria a história do jogo, afinal não ficou claro qual seria o enredo, e os jogos originais são muito bons e não precisavam de uma reimaginação, ou foi o que eu pensava.

Começamos o jogo com uma apresentação do enredo principal, temos uma construção de alguns personagens e os vilões são desenvolvidos. A cada missão, algumas nuances são reveladas, e assim, ponto a ponto, a trama é ligada e não te deixa respirar em nenhum momento.

Um ponto interessante da campanha é aliar algumas músicas em situações épicas, onde são mostrados alguns personagens, o que traz aquela sensação de como aquele personagem é impressionante, mostrando todo o clímax da situação. Pegando, por exemplo, a apresentação do Capitão Price, que chega a arrepiar.

A campanha possui momentos polêmicos.

A guerra não acontece simplesmente, ela possui motivos pessoais e governam, algo que traz um ótima dualidade. Você se pega em diversos momentos com questionamentos reais. Será que isso é o correto a se fazer? Então você toma um choque, e seu personagem tem que agir e aprender a viver com as consequências.

O que mais curti na campanha foi ver o foco nas missões confidenciais. Se a SAS já brilhava nos jogos anteriores, aqui ela está em sua total glória, onde o jogo traz momentos no qual percebemos como aquela equipe é insana.

As abordagens estão ainda mais furtivas.

A franquia sempre abordou temas polêmicos para dar mais veracidade, causando certo burburinho. Mas dessa vez eles pecaram em mudar alguns fatos da vida real, e colocar uma trama como se a Russia fosse a culpada por alguns crimes de Guerra dos Estados Unidos. O jogador não precisava de mais motivações contra os vilões, o que estava no jogo era mais do que suficiente. Usar fatos reais para agregar a ficção tudo bem, mas mudar a realidade não foi coerente.

Uma ótima adição para a trama foi a Farah. Que personagem irada! Ela rouba a cena, mesmo contracenando com o ótimo Capitão Price. A personagem tem sua criação e evolução como parte da trama do jogo, então você irá explorar muito de sua história, que é muito boa e bem polêmica. Toda a equipe é formada aos poucos, moldando cada personagem.

Alguns personagens se tornaram marcantes.

A campanha dura cerca de 6 horas, e cumpre seu papel com maestria, amarrando todas as pontas criadas pelo roteiro, e fazendo um baita fan service com a franquia já estabelecida.

JOGABILIDADE PRECISA

A jogabilidade da franquia sempre foi muito boa, com armas muito precisas e bem balanceadas. Então não é novidade que o jogo continua muito bom nesse quesito. Mas o que mudou? Já posso responder logo de cara que foi o tiro em cover, que ficou maravilhoso. O jogador nunca teve tanta precisão nessa modalidade de tiro, o que é algo que muda bastante as estratégias, já que a franquia Call of Duty sempre teve um multiplayer mais frenético. Agora, cada canto do cenário é um ponto de vantagem em potencial.

A jogabilidade está ainda mais precisa.

Outro aspecto muito importante foi a implementação do carregamento enquanto mira, que na minha opinião não funcionaria, só que eu estava muito errado, pois funciona perfeitamente. Você pode ir mirando, atirando e carregando ao mesmo tempo. Isso tudo sem perder o foco na luta. Parou para atirar em um ponto, pode recarregar também.

UM MULTIPLAYER DEMOCRÁTICO

Assim que o jogador acessa o menu do multijogador de Call of Duty: Modern Warfare ele já se depara com muitas opções. Posso até afirmar, que esse jogo é um dos mais democráticos que já joguei na modalidade Multiplayer, onde temos modos para cada tipo de jogador.

O Multiplayer tem vários modos para todos os tipos de jogadores.

O Crossplay funciona muito bem, mostrando os ícones dos consoles e de periféricos. Claramente o teclado e mouse tem mais vantagem do que um controle, então é só usar o filtro e ser feliz.

Abaixo vou descrever minhas experiências com os principais:

Outro modo que faz parte do multijogador, mas que tem o menu separado são as missões Spec Ops. Essas missões são como incursões, onde uma equipe de até 04 jogadores lutam contra inimigos controlados pela IA para completar uma missão. Essas missões fazem parte do Pós-Campanha, como se fossem missões extras. Elas compartilham da customização do seu equipamento e experiência. Elas são muito divertidas e trazem um alto nível de dificuldade, fazendo com que o jogador trabalhe em equipe.

CUSTOMIZE SEU EQUIPAMENTO

A customização do jogo está ótima, com menus bem intuitivos e que fazem do jogador um especialista em armas. Aqui podemos criar nossas classes, escolher armas e fazer os upgrades necessários.

Nunca foi tão fácil montar a sua configuração favorita, trazendo facilidade para o jogador casual e recursos para o jogador Profissional.

GRÁFICOS E SOM

Confesso que durante o meu teste do Beta do multiplayer eu não curti os gráficos de Call of Duty: Modern Warfare, mas gostei da jogabilidade e estava bem ansioso para jogar a campanha. Tudo mudou quando a primeira Cutscene apareceu, com uma modelagem de personagem que quase beira a perfeição. Logo com alguns minutos de jogo, você está totalmente imerso naquele contexto, afinal tudo parece muito real, seja pela seriedade da situação ou mesmo pelo design das armas que está ainda mais insano.

As expressões faciais dos personagens passam todo o sentimento da situação, aliado a ótimas atuações que confundem o real com o imaginário. Nunca em um jogo da franquia os personagens foram tão reais.

A engine tem uma performance incrível, com ótimos efeitos de iluminação e sombra, mesmo em ambientes escuros, onde até mesmo com pouca visão ou ligando o visor da câmera noturna, o jogo impressiona nos detalhes.

Um ponto negativo nos gráficos é no modo multiplayer, onde mapas maiores comprometem as texturas que ficam bem pobres. Realmente a diferença da campanha para o multiplayer é bem grande, mas fica mais evidente nos modos Spec Ops e Ground War.

A performance do jogo em relação aos frames é muito boa, só peca nas texturas no multiplayer, onde talvez tenha sido priorizado os frames ao invés da resolução.

Outro ponto positivo é o som que rouba a cena diversas vezes, com ótimos efeitos que dão vida aquela realidade. O jogo tambem apresentou um ótimo trabalho de localização, com dubladores consagrados, que interpretam cada cena como se fosse um ótimo filme de ação. Voltando a falar do som, a mixagem está perfeita, com músicas que embalam cada momento.

OPINIÃO

Aqui temos o melhor Call of Duty já feito, pois temos a união de uma ótima campanha com um multiplayer que é para todos, com vários modos que atendem aos mais variados tipos de jogadores, desde o casual até o Profissional.

A campanha é épica e a melhor de toda a franquia, simplesmente por trazer momentos  que farão o jogador se lembrar para sempre. Cada personagem é trabalhado para te fazer se apegar a ele, e ter altos momentos de fan service, onde os veteranos reconhecerão diversos aspectos de jogos anteriores da franquia. Algumas polêmicas foram desnecessárias e não acrescentaram um conteúdo relevante para necessitar de algo tão controverso. Já outras passaram a seriedade do que é uma guerra, algo que a franquia já faz com maestria.

Os gráficos fazem jus a nova engine usada e dão um brilho para o modo campanha. Já o multiplayer não tem o mesmo brilho graficamente, principalmente em mapas maiores, que necessita de um poder maior de processamento. Já o som é espetacular e traz uma das dublagens mais legais da franquia, trazendo dubladores consagrados.

Call of Duty: Modern Warfare é um dos melhores shooters da geração, mas que precisa de alguns pequenos ajustes para se tornar o Call of Duty definitivo.

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