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Com a chegada dos consoles Xbox Series X|S, a geração Xbox One chegou ao fim. E com o fim desse ciclo, também chegou a nossa vez de fazer uma retrospectiva do que aconteceu de positivo, e também negativo, com o console, e sua geração, desde que tudo começou, lá no dia 22 de novembro de 2013.

Vamos destacar nossos jogos da geração, as nossas decepções, os estúdios que se destacaram, e sobre a ascensão dos serviços por assinatura.

Os nossos jogos favoritos da geração Xbox One

Vamos começar falando de coisa boa, e destacar os jogos que mais nos marcaram na geração Xbox One, com os jogos que mais gostamos e que iremos lembrar para sempre. Lembrando sempre que essas são as escolhas da nossa equipe apenas, com as nossas opiniões pessoais.

Ori and the Will of the Wisps

Ori and the Will of the Wisps se trata de uma grande evolução do já belíssimo universo criado pela Moon Studios, com uma jornada audiovisual exuberante, uma narrativa emocionante e uma jogabilidade desafiadora. Ele veio para colocar a franquia de vez na história dos games. Se o primeiro jogo foi soberbo, esse conseguiu ser ainda melhor em todos os aspectos. A história é profunda e possui um apelo único, com a sua proposta recheada de sensibilidade e temas interessantes como preconceito, importância da inclusão e amizade. Tudo bem encaixado com o universo criado.

Destiny

Esse destaque vem bem do início da geração, quando o jogo ainda foi lançado fazendo uma ponte entre Xbox 360 e o Xbox One. A Bungie chegava com o seu novo projeto, depois de muitos anos ligada à franquia Halo, e apesar de se manter dentro do universo da ficção científica, embarcou no gênero dos looter shooter e com foco na experiência online. O que tivemos foi um dos jogos mais viciantes e marcantes da geração, onde vocë gastava facilmente algumas centenas de horas sem nem perceber. O estúdio apresentou a criação de um universo totalmente novo e uma jogabilidade cheia de particularidades para a franquia que estavam criando. Destiny não é um jogo perfeito, e eu (Nivea) tenho muitas ressalvas quanto ao sistema de expansões que fizeram nele, mas seu peso para a indústria dos games, como um todo, é inegável.

Dragon Age: Inquisition

A grande jóia da BioWare nessa geração. O estúdio começou com tudo, trazendo um RPG imersivo, com personagens belamente desenvolvidos, e uma trama envolvente. Junta-se na fórmula um mundo aberto gigante para explorar, e uma jogabilidade deliciosa, e temos um dos RPGs mais importantes da geração, que deixou um gancho maravilhoso para a continuação que já está em desenvolvimento. O estúdio não passou por bons momentos nessa geração, mas pelo menos com Inquisition, eles mostram como são bons em criar RPGs que trazem o jogador para dentro do mundo que criaram. Um jogo delicioso de aproveitar a cada novo diálogo vivenciado, e a cada nova região e ambiente descobertos.

Dark Souls 3

O terceiro jogo da famosa saga da From Software, também foi a porta de entrada de muitos jogadores no desafiador mundo da franquia. Dark Souls 3 trouxe cenários e gráficos mais elaborados, e uma jogabilidade mais refinada que seus antecessores, o que fez muitos criarem coragem para encarar esse universo único e imersivo. Além do jogo base, o título foi enriquecido com dois DLCs incríveis, que fecharam com chave de ouro a saga, que segundo Hidetaka Miyazaki, teve o seu fim com o maravilhoso Dark Souls 3.

O estilo criado pela From Software é tão marcante e único, que até mesmo fez surgir o gênero Souls-like, que descreve jogos que bebem da fonte do estilo de jogabilidade e progressão dos jogos do estúdio.

Forza Horizon 3

Quando Forza Horizon 3 chegou ao Xbox One, era impossível não se maravilhar com a grande evolução que a franquia de carros da Playground Games estava apresentando. O jogo que já era muito bom, se tornou praticamente perfeito, com cenários belíssimos, uma variedade brutal de carros, e uma estrutura de mundo que atrai facilmente tanto os casuais do jogos de corrida quanto aqueles mais hardcore. Até mesmo para quem apenas quer ligar o som na sua rádio favorita, e sair dirigindo sem rumo pelas ruas da Austrália, o jogo é uma experiência graciosa. Mesmo com Forza Horizon 4 também chegando com um nível técnico altíssimo e suas estações do ano dinâmicas, o terceiro jogo se destaca pelo salto de evolução que proporcionou a franquia.

Devil May Cry 5

Devil May Cry 5 tem uma grande tradição no mundo dos games, sendo reconhecida como uma das franquias mais influentes da indústria e responsável por definir o gênero Hack and Slash, com seu estilo de gameplay desenfreado e frenético. Eu costumo dizer que se hoje muitos resumem um jogo difícil como “Souls”, antes acontecia o mesmo para os jogos de ação e a sua comparação inevitável com o jogo de Dante. O quinto jogo, definitivamente, não apenas é o jogo que os fãs esperavam, mas também o título que faltava para trazer o hack and slash para sua antiga glória.

Red Dead Redemption 2

Um dos jogos mais influentes da geração e também o mais aguardado. Após o grande sucesso do primeiro jogo, já estávamos ansiosos por mais aventuras no Velho Oeste. Além de seus quesitos técnicos serem extraordinários, a Rockstar conseguiu elevar o patamar de suas histórias, com uma aventura densa e cheia de personalidade. O protagonista Arthur Morgan é um personagem inesquecível, que foi moldado durante a trama, conquistando o jogador aos poucos.

Além disso, o modo Read Dead Online continua vivo e recheado de conteúdo, garantindo que os fãs da franquia continuem naquele mundo selvagem.

Inside

Inside é um jogo de plataforma da Playdead, estúdio independente que também desenvolveu Limbo, que conta a história de um menino lutando para sobreviver, combatendo forças do mal que fazem experimentos em corpos humanos. O jogo possui um design noir com uma história bem imersiva de diversas interpretações para seus acontecimentos.

Fallout 4

Fallout 4 é o quinto jogo da franquia Fallout, e apresenta um RPG de mundo aberto. Ambientando aos redores da cidade de Boston, o protagonista emerge do Vault 111 após um evento nuclear. É o primeiro jogo da franquia que o protagonista possui sua própria voz, com milhares de diálogos e side-quests, e também adicionaram a possibilidade de construção de edificações, sistemas elétricos, plantações e muito mais. O título recebeu 6 DLCs, entre eles o Nuka-World, que libera o acesso ao parque temático das bebidas favoritas dos Sole Survivors.

Shadow of Mordor

O vasto universo de Senhor dos Anéis recebeu, finalmente, um jogo à sua altura. Um RPG de ação ambientado naTerra-Média, acontecendo entre os eventos dos filmes O Hobbit e da trilogia Senhor dos Anéis. Você é Talion, um Ranger que se liga ao fantasma do Elfo Lord Celebrimbor, que partem juntos para vingar a morte de seus entes queridos. Os jogadores entram em combate corpo a corpo e usam as habilidades para lutar e manipular os inimigos. O título apresenta o Nemesis System, que permite que a inteligência artificial dos NPCs lembre de suas ações anteriores contra o protagonista do jogo e reajam de acordo.

Titanfall 2

Nesta sequência de Titanfall, os jogadores controlam Titãs, exoesqueletos estilo mecha e seus pilotos, que são ágeis e equipados com uma variedade de habilidades que vão desde correr na parede a até camuflagem. Ambientada em um universo de ficção científica, a campanha single-player segue a história de Jack Cooper, um atirador da Frontier Militia, que se liga ao Titan BT-7274 de seu mentor, depois que ele é morto em ação. Juntos, eles embarcam em uma missão para impedir a Interstellar Manufacturing Corporation (IMC) de lançar uma super arma que ameaça destruir o planeta Harmony.  Além de melhorarem muito a jogabilidade em relação ao título anterior, adicionam uma excelente campanha. É um dos jogos subestimados da geração, que acabou ofuscado por um lançamento que ocorreu entre Battlefield 1 e CoD: Infinite Warfare.

The Witcher 3

Um dos jogos mais marcantes dessa geração, que elevou o patamar dos RPGs ocidentais a um novo nível, com mapas gigantes e cheios de vida. Um mundo tão denso e imerso que nos perdemos tamanha imensidão. Uma história principal digna dos grandes contos do Bruxo, com grandes reviravoltas e momentos de tensão. A trama vai se moldando aos poucos, e vamos conhecendo mais do passado do personagem, algo que fecha com chave de ouro a sua construção. A CD Projekt RED também realizou um excelente trabalho ao criar side quests que possuem tanto conteúdo quanto as missões principais.

Além disso, deu uma aula de respeito ao consumidor com DLCs gratuitos para agradar aos seus fãs. Algo que não era comum na época. Promoveu expansões que justificavam o preço x qualidade, com histórias até mais interessantes do que a principal.

Doom Eternal

DOOM é considerado por muitos o pai dos shooters, e passou por diversas transformações, até chegar na sua forma ideal, que deixou de lado o terror, para abraçar um estilo recheado de Gore e muita ação desenfreada.

Em Doom Eternal temos o ápice da franquia, com uma história que honra o passado e prepara uma grande mitologia para o presente. Temos desde a origem do Slayer que é o seu protagonista, e até mesmo um novo ponto de vista da luta eterna dos humanos com o inferno. Abrindo grande possibilidades para o futuro.

Além disso, a ID Software conseguiu fazer uma engine que não peca em nenhum momento, mesmo em consoles do começo da geração Xbox One.

Sunset Overdrive

Um dos melhores exclusivos dessa geração, e também o mais injustiçado. Com uma história altamente divertida e cheia de bom humor, ele consegue encantar os jogadores com comandos fáceis, mas que conseguem oferecer uma grande liberdade para o jogador. A verticalidade do cenário é bem forte, trazendo uma total noção do que temos pela frente, estimulando a exploração.

O nível de detalhes nas armas e animações é de encher os olhos, mostrando que o trabalho foi feito com muito carinho. O multiplayer, com diversão a cada canto, conquista até mesmo aqueles que não curtem esse tipo de modo.

Halo: The Master Chief Collection

A decisão mais acertada da 343 Industries na geração foi o lançamento da Master Chief Collection, pois trouxe o pacote completo dos jogos da aclamada franquia Halo para o Xbox One, e que agora está chegando também na nova geração, mantendo acessa a chama da série entre os jogadores. A super coleção traz Halo: Combat Evolved Anniversary, Halo 2: Anniversary, Halo 3, Halo 3 ODST, Halo: Reach e Halo 4, nos quais os jogadores podem aproveitar a fantástica história de Halo, e também se aventurar pelo modo multiplayer que possui crossplay com o PC. A coleção também vem recebendo constantes melhorias e adições de conteúdo, mostrando que existe um grande suporte e dedicação para o projeto.

Far Cry 5

A franquia Far Cry sempre traz temas polêmicos e cheios de criticas a sociedade, com o quinto jogo fomos novamente surpreendidos com um tema religioso, que ousou e conquistou os jogadores. A história é considerada por muitos como uma das melhores dos games, cujo Vilão jamais será esquecido. Além disso, o mapa tem uma locomoção viciante e repleto de atividades, que mantêm o jogador por dias sem enjoar em nenhum momento.

Monster Hunter: World

A maior franquia da Capcom chegou com tudo nos consoles de mesa. Quebrando recorde atrás de recorde no número de vendas. Monster Hunter: World mostra que os japoneses também sabem fazer jogos com foco nos serviços. Ele teve um dos melhores suportes pós-lançamento, com diversos novos conteúdos para manter sua comunidade ativa, até uma expansão que melhorou tudo que fora apresentado no jogo base.

Sekiro: Shadows Die Twice

Já consagrada com sua série de RPG Dark Souls, a From Software sai de sua zona de conforto ao lançar Sekiro: Shadows Die Twice, um jogo que mistura elementos de furtividade com a ação de um hack’n slash. Diga adeus ao combate de ritmo mais lento de Dark Souls, pois neste jogo os combates são frenéticos e ainda mais punitivos que qualquer outro da produtora. A mudança foi tão bem vinda, que coroou merecidamente Sekiro como jogo do ano no TGA 2019.

Tom Clancy’s The Division

Assim como Destiny, Tom Clancy’s The Division pode ser considerado uma das franquias mais influentes por popularizar os shooters MMO nos consoles. Apostando em uma temática mais pé no chão e no sistema de cover com câmera em terceira pessoa, o jogo não demorou para conquistar a comunidade gamer.

Cuphead

Difícil, belo e viciante. Três palavras que podem definir bem o fenômeno Cuphead. Logo em seu lançamento, as rede sociais foram tomadas por jogadores se descabelando para tentar vencer os chefes do jogo. Uma unanimidade era o capricho realizado pelo estúdio MDHR na hora de apostar em um design no estilo dos desenhos da década de 1930. O resultado era a sensação de se estar jogando um desenho de verdade. Um feito inédito que nenhum grande estúdio conseguiu, mas que o pequeno estúdio independente realizou.

Assassin’s Creed Origins

Já saturada por apresentar uma edição anualmente, Assassin’s Creed teve uma pausa de dois anos em seus lançamentos para que a Ubisoft pudesse trabalhar mais e trazer novos ares para a franquia. O resultado foi Assassin’s Creed Origins, um trabalho que tratava sobre o início da irmandade nos tempos do Antigo Egito. A mudança foi drástica. O foco na furtividade foi deixado para trás enquanto o combate virou grande destaque. A mudança agradou o público e a Ubisoft lançou mais dois títulos nos mesmos moldes contando a Saga da Origem da Irmandade dos Assassinos.

Gears 5

A franquia Gears se enfraqueceu no começo da geração com um quarto jogo, que não atendeu as expectativas de seus fãs, principalmente o multiplayer, que sofreu com tantas mudanças internas na The Coalition. Mas o quinto jogo chegou para colocar novamente a franquia em foco, com uma história que saiu do básico e mostrou uma grande maturidade. Além é claro das fortes emoções, que é uma característica de Gears. Além disso, o multiplayer vem melhorando com o lançamento de temporadas, garantido que o jogo continue firme para a nova geração.

Houveram decepções? Quais foram?

Mas nem tudo foram flores durante a geração Xbox One, e alguns jogos e situações puderam ser destacadas como decepções. Confiram os nossos destaques negativos.

Excessos de microtransações

Um dos assuntos mais polêmicos dessa geração foi o uso abusivo das microtransações nos jogos. Sendo algo que foi além da compra de itens cosméticos com dinheiro real, mas de itens que davam vantagens reais dentro das partidas para quem pagasse mais. No centro do furação estava a Electronic Arts, que encontrou meios de adicionar microstransações em tudo quanto é jogo, até mesmo fazendo com que seu estúdios adicionassem modos multiplayer em jogos tradicionalmente single player, como Dragon Age Inquisition, por exemplo. No entanto, a situação chegou ao seu verdadeiro auge com Star Wars Battlefront II, que na sua fase Beta, pouquíssimo tempo antes do lançamento final, possuía um sistema que dava ampla vantagens para quem investisse mais dinheiro real na compra de itens, deixando o jogador que apenas comprou o jogo, e buscava melhorar apenas jogando, para trás. Com a recepção negativa no mundo todo, a EA e a DICE voltaram atrás e realizaram uma grande reestruturação no título. A EA até mesmo parece estar no caminho de repensar essa sua estratégia mais agressiva depois de toda a repercussão desse episódio.

Ainda assim, em um dos relatórios para investidores de 2020, a EA compartilhou que faturou quase 3 bilhões de dólares com microtransações em 2019, o que certamente deixa a empresa bem confusa sobre um equilíbrio que precisam conseguir. Tanto para explorar o mercado que já construíram, como também para não manchar mais a sua imagem frente ao público.

Problemas no Games With Gold

O Game Pass matou o Games With Gold!“. Você já deve ter escutado essa frase em algum lugar, e ela tem sim um fundo de verdade. O programa Games With Gold surgiu ainda no Xbox 360, e oferece acesso aos assinantes da Xbox Live Gold a alguns jogos gratuitos mensais, que podem adicionar na sua sua biblioteca definitiva de games. Com a chegada do Xbox One, o programa se manteve, oferecendo jogos para ambas as plataformas. Com a adição da retrocompatibilidade, os jogos também precisavam ser, obrigatoriamente, retrocompatíveis. O programa oscilava entre meses bons e outros não tão bons assim, mas ainda com uma média que agradava aos assinantes. Com a chegada do Xbox Game Pass, e sua vasta biblioteca de jogos, a Microsoft foi aos poucos deixando o Games With Gold de lado, principalmente depois da chegada do Xbox Game Pass Ultimate, que também traz a Xbox Live Gold. Atualmente está claro que a vantagem está em assinar o Ultimate para uma experiência completa, mas ainda assim torcemos para que a Microsoft volte e tratar com carinho de um serviço tão antigo e querido pelos jogadores da plataforma.

Anthem

Anthem foi um dos jogos pelos quais eu (Nivea) mais fiquei empolgada nesta geração. Era a promessa de um mundo novo e imersivo, uma jogabilidade divertida e o selo de qualidade da BioWare para narrativas. Depois da recepção mista de Mass Effect Andromeda, se esperava muito de Anthem, tanto por ser uma nova IP quanto por ser a chance do estúdio mostrar serviço. Não me entendam mal, eu realmente adoro o universo criado para Anthem. Sua narrativa tem um potencial absurdo, assim como a jogabilidade super divertida, e seus ambientes belíssimos, e justamente por isso eu fiquei tão triste, com tanto potencial não aproveitado.

O jogo flui bem, mas quando exploramos o endgame percebemos a falta de planejamento para uma área crucial em jogos desse tipo, que precisam de bons e com contínuos conteúdos. Uma nova versão para Anthem já está sendo desenvolvida, e estou torcendo muito para que eu possa continuar minha jornada de mais de 155 horas, tendo a experiência que eu desejava desde o início.

Fallout 76

A aclamada franquia Fallout não possuía um jogo com multiplayer, mas com o sucesso dos MMOs, a Bethesda resolveu entregar ao mundo dos Vaults esta experiência no Vault 76. Ambientando em West Virginia, o jogo acabou sendo um fiasco no seu lançamento. Praticamente removeram todos os NPCs, famosos pelas entregas de side-quests em RPGs, deixando como responsável para isto a interação entre os jogadores, e claro, não funcionou bem. Tentaram implementar conteúdo e vantagens adicionais com um plano de assinatura, outro fiasco. Ao menos entregaram diversos updates e conteúdos adicionais trazendo de volta os NPCs e a facção Brotherhood of Steel, sinalizando que ainda não desistiram do projeto.

Metal Gear V

Uma das franquias mais influentes da história, ganhou durante essa geração uma sequência muito aguardada. Metal Gear V que trouxe o lendário Big Boss como seu protagonista, prometeu elevar o nível e se tornar a obra definitiva da obra. Foi desenvolvida uma nova engine chamada de Fox Engine, que seria uma das maiores criações de Hideo Kojima, além é claro de um gameplay mais próximo do que temos hoje, sendo o primeiro jogo da série com mundo aberto.

O terreno foi pavimentado com os melhores recursos, mas ninguém esperava que a Konami e Kojima rompessem sua relação, e com isso o jogo desceu ladeira a baixo, com diversos problemas de narrativa e execução, inclusive com cortes de conteúdo, que foram encontrados depois, através de programas que fazem Data Mining.

Phantom Pain dividiu o coração de alguns jogadores, que aceitaram aquilo como uma obra decente, e outros como eu (Michael), que não engoliram todo o trabalho problemático que foi feito para lançar o jogo. Uma pena, pois ele poderia estar entre os melhores, e não se tornar algo a ser esquecido.

Ghost Recon Breakpoint

Breakpoint se tornou um dos jogos mais problemáticos dessa geração, com um lançamento cheio de bugs e que manchou para sempre o jogo. Hoje, mesmo com diversas atualizações e conteúdos interessantes, a Ubisoft não consegue tirar o ranço de alguns jogadores, que não conseguem nem ouvir o nome do jogo.

Foi uma grande decepção, principalmente por Wildlands ser um bom jogo, era de se esperar uma sequência que, no mínimo, mantivesse a qualidade técnica de seu antecessor, e não foi isso que aconteceu. Era uma tortura completar uma missão, onde o jogador deveria ir de um lado para o outro várias e várias vezes até completar um objetivo, que dava para ser concluído com uma simples interação.

Um grande vilão e uma trama que tinha tudo para ser incrível, mas que por uma clara pressa, foi entregue deixando muito a desejar. Espero que a franquia volte algum dia na nova geração, com o cuidado que merece.

Kinect

Lançado como um periférico no fim da geração 360, o Kinect chegou a sétima geração como um membro vital do Xbox One. Em seu lançamento, vários jogos possuíam recursos que faziam proveito do sensor de movimentos da ferramenta. Infelizmente, os desenvolvedores não abraçaram as possibilidades do dispositivo. Assim, o Kinect começou a ser vendido separadamente, e em 2017 teve sua produção encerrada.

Konami

Infelizmente, com exceção da franquia Pro Evolution Soccer, a Konami não emplaca um grande lançamento desde Metal Gear Solid V: Phantom Pain. Com um fracasso atrás do outro, a empresa que já foi referência dentro dos estúdios japoneses, parou no tempo nesta geração, e não há sinais de que exista uma luz no fim do túnel.

Os estúdios que se destacaram nesses últimos sete anos

Também houveram estúdios que conseguiram se destacar durante a geração que terminou, sejam com grandes jogos ou mudanças que apontam para um grande futuro. Esses são os estúdios que mais conquistaram nossos corações.

Xbox Game Studios

A Xbox Game Studios teve um crescimento assustador durante a geração Xbox One, começou com apenas cinco estúdios e agora possui um impressionante time com 23 equipes. Vimos apenas parte do potencial total desses times durante a geração Xbox One, mas esse período foi muito importante para fortalecer as bases do que veremos em ação no futuro. Atualmente, a Xbox Game Studios conta com 343 Industries, The Coalition, Compulsion Games, The Initiative, inXile Entertainment, Mojang Studios, Ninja Theory, Obsidian Entertainment, Playground Games, Rare, Turn 10 Studios, Undead Labs, Double Fine, World’s Edge, Xbox Game Studios Publishing, Bethesda Softworks/Bethesda Game Studios, id Software, ZeniMax Online Studios, Arkane, MachineGames, Tango Gameworks, Alpha Dog e Roundhouse Studios. O futuro é brilhante!

Aproveite e conheça as principais franquias de cada uma das equipes da Xbox Game Studios.

Capcom

Após alguns anos lançado jogos medianos e vários remasters, a Capcom parece ter voltado aos trilhos trazendo vários jogos aclamados pela comunidade e a mídia especializada. Resident Evil 7, Resident Evil 2 Remake, Devil May Cry 5, Monster Hunter: World são alguns exemplos. O futuro parece promissor, uma vez que possíveis vazamentos indicam o retorno de grandes franquias para família Xbox.

From Software

Em ascensão desde a geração 360, a From Software se firmou como um dos grandes estúdios do momento. Emplacando um sucesso atrás do outro, o gênero souls virou sinonimo de desafio, tirando o sono de muitos jogadores que ousaram enfrentar um de seus títulos. Seu trabalho foi recompensado em 2019, com título de melhor jogo do ano para Sekiro: Shadows Dies Twice no The Game Awards. O estúdio ainda possui um projeto em andamento, Elden Ring, com a parceria do aclamado escritor George R.R. Martin, das Crônicas de Gelo e Fogo, que deu origem a série de TV Game of Thrones.

Ubisoft

Embora a Ubisoft esteja sempre vinculada a bugs e downgrades, ela trouxe diversos excelentes títulos, e novas franquias para esta geração do Xbox One. Revisitou e repaginou algumas franquias como Rayman, Ghost Recon (Ghost Recon Wildlands), Rainbox Six (Siege), Far Cry (4, Primal, 5 e New Dawn), Assassin’s Creed (Origins, Odyssey), South Park (The Fractured But Whole) entre outras. Apresentou alguns títulos remasterizados que necessitavam ser jogados nesta geração (The Ezio Collection), e novas franquias como The Division. Conseguiu se adaptar a descontinuação do Kinect nos títulos Just Dance. Se aventurou em torneios de e-sports, e obteve excelente resultados com Rainbox Six Siege e Just Dance World Cup. Sem falar no cuidado e carinho com o público brasileiro, lançando jogos com excelente localização (tradução e dublagem), além da comercialização de itens de suas franquias na Ubi Store.

Bandai Namco

Sempre trazendo grandes jogos, a Bandai Namco foi uma das poucas empresas japonesas a se aproximar da marca Xbox com a chegada de Phil Spencer. Desde que Spencer assumiu o comando da divisão Xbox, a Bandai sempre apresentou ao menos um de seus grandes lançamentos na E3 ou eventos do Xbox. São casos como os jogos da franquia Dragon Ball e Tales of, carros chefes da empresa.

Sega

No ano da virada da geração, a Microsoft conseguiu fechar uma inusitada parceria com a SEGA. Foi no final de 2019 que uma das maiores franquias da SEGA, Yakuza, teve sua versão anunciada para Xbox e, mais surpreendente ainda, diretamente no Xbox Game Pass. Seu mais recente título, Yakuza: Like a Dragon, fez parte da lineup de lançamento do Xbox Series X. Além disso, trouxe, através do Xbox One nos consoles, o aclamado MMO Phantasy Star Online 2, mostrando que a parceria parece ter chegado para ficar

Rockstar

A gigante Rockstar Games vem se destacando com a consagração dos modos onlines de seus jogos, que se tornaram uma verdadeira mina de dinheiro. GTA está sempre entre o mais vendidos, e Red Dead Redemption II vem construindo algo bem positivo para o mundo online. Com muito dinheiro em caixa, será que veremos uma GTA VI nessa nova geração? Já passou da hora, não é mesmo?

CD Projekt RED

O estúdio chegou com tudo com The Witcher 3, considerado por muitos não apenas como um dos melhores da geração, mas da história. O seu status pulou de um simples, mas competente, estúdio independente, para uma empresa onde os jogadores depositam todas as expectativas de grandiosas experiências no mundo dos games. Cyberpunk 2077 passou por diversos adiamentos, mas ainda é muito aguardado com sua proposta ambiciosa, não só para rechear as opções desse final da geração Xbox One, como apimentar a nova que chegou.

A ascensão dos serviços por assinatura

O grande destaque dessa geração foi, sem dúvida, a ascensão dos serviços por assinatura. Essa tendência ganhou força com a Netflix, mas rapidamente chegou ao mercado dos jogos. Primeiro tivemos a experiência com o EA Access, mas depois a Microsoft tomou a dianteira com o bem-sucedido Xbox Game Pass, que hoje é visto como um dos serviços de maior sucesso da indústria dos games.

Xbox Game Pass

Com o Xbox Game Pass os jogadores possuem acesso a uma biblioteca gigante de jogos, que abrangem três gerações, com títulos do Xbox Original, Xbox 360, Xbox One e Xbox Series X|S. Dessa forma, é possível jogar um catálogo vasto no seu Xbox One e Xbox Series X|S graças a retrocompatibilidade. Todos os jogos da Xbox Game Studios são lançados no serviço no mesmo dia dos seus lançamentos, o que agrega um valor absurdo para o catálogo. Ainda existe o Xbox Game Pass Ultimate, a assinatura que também traz a Xbox Live Gold, o xCloud e agora o EA Play, sendo um pacote premium dos principais serviços do Xbox.

Atualmente, o Xbox Game Pass é um dos principais recursos da divisão Xbox, e tem sido tratado como um grande foco das estratégias da empresa, incentivando, inclusive, a compra de diversos estúdios, para além de enriquecer a oferta de exclusivos da plataforma, também agregar valor ao seu principal serviço por assinatura.

Quanto aos valores, o valor da assinatura mensal do Xbox Game Pass é de R$ 29,99. Já o Xbox Game Pass Ultimate custa o valor mensal de R$ 44,99, e o primeiro mês pode ser assinado por apenas R$ 1 e também dá acesso ao serviço para PC.

EA Play (anteriormente conhecido como EA Access)

O EA Access foi o primeiro serviço desse tipo a chegar no Xbox One, ainda lá em 2014, como um serviço exclusivo para Xbox One nos consoles, chegando também ao PC com o nome de Origin Access, e por fim no PS4 mais recentemente. Esse ano ele mudou para o nome de EA Play, para marcar essa nova fase do serviço como algo unificado, juntando com EA Access e Origin Access Basic. O serviço era um grande sucesso no Xbox One, mas perdeu grande parte da sua popularidade com a chegada do Xbox Game Pass. Agora com a sua inclusão junto com o Xbox Game Pass Ultimate, ele voltou a receber grande atenção dos jogadores da plataforma.

A assinatura mensal custa R$ 19,90 e a anual RS 109,90.

Confira aqui todas as opções de assinatura para esses serviços.

Jogos como Serviço

Os jogos como serviço viraram tendência nesta geração. E não estou falando somente de MMOs, como The Division ou Destiny. Jogos de luta como Tekken, Soul Calibur, Dragon Ball FighterZ deixaram o estilo antigo de trazer um novo jogo a cada nova adição de conteúdo, para aplicar atualizações com melhorias e trazer novos conteúdos por meio de passes de temporada. Até mesmo a franquia Pro Evolution Soccer entrou na onda, onde PES20 recebeu apenas um upgrade para versão PES21, sem a necessidade de comprar um novo jogo, pagando assim um valor menor pela atualização.


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E você tem algum jogo para acrescentar? Alguma decepção? Um estúdio que também acha que mereça aparecer nos destaques? Não deixe de compartilhar suas opiniões nos comentários abaixo.

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