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A Devolver Digital é uma das publicadoras mais famosas do mundo, principalmente por sua excentricidade. Com uma variedade de jogos exóticos e de gêneros variados, com ela não temos espaço para a mesmice. De tempos em tempos a empresa publica verdadeiras pérolas, que fazem bastante sucesso. O mais novo projeto publicado pela empresa é chamado de Olija, um jogo de aventura em 2D nos moldes dos 16 bits, que apresenta uma direção de arte bem interessante.

O gênero indie tem crescido bastante nos últimos anos, dando a oportunidade de algumas empresas mostrarem seu trabalho para o mundo, e o papel da Devolver Digital é muito importante para esse tipo de negócio. Mas será que Olija tem o que é preciso para se destacar dentre milhares de obras?

UMA HISTÓRIA INTRIGANTE

A história de Olija começa quando Faraday e seus companheiros partem em busca de uma aventura. Eles são pegos de surpresa e acabam naufragando, parando na misteriosa Terraphage. Faraday começa a sua saga para tentar sair daquele lugar, ao mesmo tempo que procura por seus tripulantes.

A história do jogo é bem simples, dando destaque para a jogabilidade, que na minha opinião é o que traz o grande atrativo do título. Os personagens secundários não são tão profundos, então não espere por atuações inesquecíveis. O personagem mais produtivo é o barqueiro, que adiciona diálogos bem interessantes para a história.

O vilão principal tem uma voz sinistra, e somente isso, seus diálogos não trazem um peso muito grande, além de não gerar uma grande rivalidade com o jogador.

UMA MUNDO PECULIAR

O traço mais interessante de Olija é seu mundo esquisito chamado de Terraphage, que hora te deixa feliz e em algumas vezes te deixa entediado, mas que no geral te encanta com sua direção de arte peculiar. O jogador sente aquela vontade de explorar as diferentes localidades, que são acessadas através do barqueiro, que pode te levar para cada canto do mapa.

O Barqueiro será seu companheiro fiel em suas aventuras.

Caso o jogador queira visitar novamente os lugares, o jogo oferece essa possibilidade, e isso também faz parte da exploração daquele mundo. Em alguns momentos temos que coletar algumas chaves para desbloquear alguns trechos do mapa. Além disso, alguns itens do protagonista são usados para acessar certas localidades, que revelam mais do misterioso lugar.

Além de avançar pelo mapa, o jogador pode obter itens espalhados pelo cenário, que serão usados na cidade para fazer upgrades e comprar novos itens.

Além das florestas, pântanos e bosques de Terraphage, o jogador encontrará uma enseada, que será seu porto seguro, e também onde nos preparamos para as missões. Essa cidade é povoada por algumas pessoas que encontramos em nossas aventuras e por náufragos que são salvos pelo mundo.

UMA JOGABILIDADE DIVERTIDA

O ponto que mais chama a atenção em Olija é a sua jogabilidade, que desperta um sentimento de nostalgia. Mesmo sendo um jogo novo, o tipo de exploração lembra bastante os jogos de aventura da era 16 Bits. A exploração é feita através de plataformas que vamos pulando, ou escadas que acessam áreas mais elevadas.

O mapa é bem vasto.

O grande ponto de virada na exploração é o uso do arpão, que permite avançar em terrenos com distâncias entre as plataformas. Além do uso do arpão para se locomover, nós podemos usar essa arma para lutar contra nossos inimigos, mas é nas batalhas contra os chefes que seu uso é mais evidente.

Falando em combate, Faraday pode desferir golpes básicos que possuem pouca potência, necessitando de muitos golpes para derrubar seus inimigos. Já os ataques secundários trazem uma boa variedade para o jogo, com flechas, espadas e facas. As batalhas contra chefes são legais e fazem o jogador usar a cabeça para lidar com a ameaça. Mas não espere por algo muito difícil.

Um dos maiores problemas do jogo está na sua progressão, com a dificuldade de localizar o próximo objetivo da aventura. Isso é bem frustrante, pois perdemos muitos minutos procurando o que fazer e isso quebra a imersão na história.

SOM E GRÁFICOS

Os gráficos estilizados de Olija podem trazer estranheza para alguns jogadores, mas para muitos podem despertar um grande sentimento de nostalgia. Com uma palheta de pixels bem estranha, o jogador embarcará em uma obra com cara de jogo antigo, e essa imersão só será possível se o jogador embarcar na ideia, caso o contrário, pode não ser uma experiência que agrade.

O som passa a impressão de estar jogando algo da era 16 bits, como falei anteriormente, com efeitos bem básicos e que lembram aqueles sons de configuração mono.

O jogo possui legendas em Português do Brasil, algo que facilita no entendimento da história, além, é claro, de dar a oportunidade de mais jogadores aproveitarem alguns diálogos bem aleatórios e interessantes ao mesmo tempo.

OPINIÃO

Olija é uma boa pedida para quem curte um jogo de aventura com cara de jogo antigo. Os gráficos estilizados, em conjunto com os efeitos sonoros, ajudam nessa imersão, dando uma grande sensação de nostalgia.

A jogabilidade simplista também é algo a se elogiar, fazendo com que o jogador se divirta, deixando o maior peso na exploração, que é bem interessante, por trazer ambientes bem variados e exóticos, que te instigam a tentar descobrir mais da história. Mas a exploração também traz um grande problema, pois muitas as vezes eu me senti perdido, quebrando um pouco da imersão.

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About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

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