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Gods Will Fall é o novo jogo de ação da Deep Silver em parceria com o estúdio Clever Beans. A sombria aventura coloca o jogador no controle de guerreiros cansados do reinado de deuses tiranos e que resolvem se rebelar contra eles. Confira nossa impressões desta épica jornada por liberdade.

A queda dos Deuses

Gods Will Fall inicia com uma bela e trágica animação. Tribos das mais diversas culturas deixam suas diferenças de lado para acabar com um mal em comum, o governo de deuses tiranos sobre a humanidade. As tribos então enviam várias embarcações com seus melhores guerreiros para a terra sagrada dos deuses.

O que eles não esperavam era que a batalha começaria antes mesmo de sua chegada a ilha onde vivem os deuses. Os mares começam a se agitar. Vorazes tempestades marítimas se formam. A ira dos deuses é jogada contra aqueles que ousaram se rebelar. Num piscar de olhos, centenas de guerreiros tem suas vidas perdidas.

Mas oito sobrevivem a carnificina realizada pelos deuses. Cada um com características únicas, com suas falhas e virtudes. Serão eles capazes de libertar a humanidade?

Jogabilidade

Com os oito combatentes sob nosso controle, nos encontramos em uma ilhota com dez masmorras, cada uma representando o reino de um deus. Só é permitido adentrar em cada masmorra, com um guerreiro por vez. Se o guerreiro falha em sua missão, ele pode ficar aprisionado na masmorra, podendo ser libertado por outro que conseguir derrotar o deus que ali reina. Porém, há casos onde o guerreiro pode receber um ferimento mortal, e assim perdemos uma vida.

Como já mencionado, cada guerreiro possui sua própria característica. Uns são grandes e fortes, com muitos pontos de vida e ataques devastadores, porém lentos. Outros são pequenos, mais frágeis, todavia, bastante ágeis e capazes de criar combos devastadores, se esquivar de ataques, e até repelir alguns. Há uma boa variedade de armas como espadas, lanças, maças e muito mais.

Os comandos são bem simples e fáceis de se acostumar. Ataque normal, ataque forte, salto e esquiva. Ainda há uma barra que simboliza a raiva do guerreiro. Quanto mais ele leva golpes ou bate no inimigo, mais a barra aumenta. Aperte o gatilho esquerdo quando tiver bastante raiva acumulada para recuperar vida e ganhar bônus de velocidade e dano, dependendo do guerreiro. Você ainda pode conseguir itens e armas melhores em suas jornadas pelas masmorras. Arcos, escudos, itens de cura etc. Mas é preciso sair vivo, obviamente.

A campanha por cada masmorra segue o estilo rogue like. Os inimigos são gerados aleatoriamente. Nelas, você encontra desde fiéis devotos até monstros ferozes. Um ponto interessante é que você consegue tirar alguns pontos de vida do deus antes de chegar na batalha propriamente dita. É preciso observar bem os sinais do jogo, como derrotar certos de inimigos ou destruir objetos considerados como oferendas.

A conclusão de cada masmorra cria pequenas narrativas entre os guerreiros. Derrotar um deus aumenta a moral do campeão, garantindo bônus em suas habilidades. Mas e se a batalha foi árdua o bastante para ele mal ter saído com vida? Sua moral baixará, e ele ficará temporariamente com pontos de habilidades negativados. O mesmo vale para seus companheiros que aguardam pelo desfecho ansiosamente ao lado de fora da masmorra. Quando o campeão retorna, o alívio, alegria. Todos se enchem de moral. Mas e quando um deles não retorna? Ficam depressivos, apreensivos por talvez serem o próximo a perecer, ou se enchem de raiva e buscam forças na dor da perda de um companheiro.

Apesar dos combates serem relativamente simples, eles não estão salvos de defeitos. Um hitbox meio traiçoeiro, onde você acha que vai acertar um inimigo, porém erra, ou um ataque do inimigo o qual você teria certeza que escaparia ileso, mas que te acerta e você sofre o dano. As batalhas contra os chefes deixam isso bem evidente. Para piorar, essas batalhas que deveriam ser o ápice da aventura, podem ser facilmente desmoralizadas.

Você enfrenta uma criatura gigante que se espera que vá causar muitas dores de cabeça para derrotar. Planejar estratégias para escapar de golpes mortais. Mas basta partir para cima atacando desenfreadamente que você não terá dor de cabeça para derrotar boa parte dos deuses. Alguns ainda podem oferecer um certo desafio, mas isso ocorre mais pelo hitbox traiçoeiro do que pela complexidade da batalha.

Gráficos e Som

Talvez o ponto de maior destaque em Gods Will Fall seja seus gráficos. É um belo jogo feito com um orçamento mais curto. As animações não interativas, a ilha onde se encontram os deuses, as masmorras, tudo parece como uma bela pintura. Os cenários são bem variados, com cada masmorra apresentando um cenário único. O que destoa são os modelos dos personagens, que parecem não ter recebido o mesmo capricho, mas não chega a comprometer.

A parte sonora também é muito boa. Cânticos que lembram músicas de rituais sagrados dão o tom por boa parte da aventura. O narrador fala em um idioma não distinguível, aumentando a imersão de que estamos enfrentando deuses mais antigos que a humanidade. Pena, que não há legendas em português do Brasil.

Opinião

Uma grata surpresa neste início de ano, Gods Will Fall é uma aventura que merece ser apreciada. Mesmo sendo uma produção independente, o jogo traz belos gráficos, com uma jogabilidade sólida e fácil de se aprender.

Infelizmente, é uma aventura muito curta. Após derrotar todos os deuses, não há muito o que fazer. Fiquei curioso para ver que aventura sairia se o estúdio Clever Beans contasse com um investimento mais robusto. A falta de legendas em nosso idioma também é outro ponto negativo.

Entenda nossas notas


*Certifique que este é o preço praticado antes de efetuar a compra. Os valores podem variar.

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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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