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Desenvolvido pela Moonlight Kids e publicado pela Hubble Games, The Wild at Heart é um jogo de puzzle lançado diretamente no Xbox Game Pass. No controle de duas crianças, o jogador deve comandar um pequeno grupo de criaturinhas da floresta para superar os mais diversos obstáculos.

Confira o que achamos desta recente adição ao catálogo do Xbox Game Pass.

O jovem predestinado

The Wild at Heart é situado na década de 1980, onde assumimos o papel do jovem garoto Wake. Cansado de ser negligenciado pelo pai, nosso protagonista resolve empacotar seus pertences na mochila e fugir de casa. Entretanto, o plano não demora a dar errado, e ele acaba se perdendo em uma floresta, onde deveria encontrar sua amiga Kirby.

É aí que as coisas começam a ficar estranhas.

Wake acaba encontrando um estranho idoso com braço de madeira (falei que ficava estranho) no meio da floresta. O idoso se apresenta como Grey Coat (Gandalf, o cinzento?!) líder da Ordem dos Greenshield e sabemos que Wake agora se encontra na terra mágica de Deep Woods. É claro que toda essa história parece uma loucura de um velho senil, até que encontramos o primeiro Spriteling, um adorável espírito da floresta. Ao perceber o elo se formando entre o jovem Wake e os Spritelings, fica claro para Grey Coat que aquele encontro não era acidental. Wake era o predestinado que ajudaria a reerguer novamente a Ordem dos Greenshield para proteger a terra mágica de Deep Woods de um mal que se aproxima.

The Wild at Heart surpreende ao apresentar um mundo encantador, com uma história que empolga, além de personagens excêntricos e o bom e velho combate entre o bem e o mal. Correndo por fora, Wake ainda precisa lidar com os traumas envolvendo a conturbada relação com seu pai.

Pequeno grande exército

Apesar de Wake e Kirby serem os protagonistas de The Wild at Heart, as estrelas mesmo são os Spriteling, os espíritos da floresta de Deep Woods. Wake e Kirby possuem um papel secundário nesta jornada. Wake usa seu super aspirador de pó para achar itens escondidos, atrapalhar inimigos, resolver puzzles. Para se defender, ele tem a opção de chutar inimigos, mas é algo pouco efetivo. Kirby não é muito diferente, ela usa um outro artefato que funciona de forma similar ao aspirador de Wake. Por ser bem pequena, ela tem a opção de passar por lugares apertados e avançar por onde Wake não poderia.

Mas são os Spriteling que arregaçam as mangas mesmo. Carregar pedregulhos. Montar pontes. Utilizar poderes mágicos. O que Wake e Kirby não conseguem fazer, e são muitas coisas diga-se de passagem, fica a cargo dos pequeninos. De fato, um Spriteling pouco pode oferecer, por isso é necessário criar um grande grupo de criaturinhas para sobreviver aos perigos de Deep Woods.

Para criar seu pequeno exército, é preciso coletar os mais diversos tipos de recursos espalhados por Deep Woods. Com eles você poderá realizar melhorias na base dos Greenshield. Criar Spritelings de todo tipo de elementos. Aumentar a quantidade de Spritelings que Wake e Kirby podem levar consigo. Além de criar materiais como itens de cura, bombas caseiras e toda sorte de aparatos para ajudar em combates e na resolução de puzzles. Até existe um livro de receitas, onde o jogo grava cada nova combinação de materiais para criação de itens, assim você não precisa ter que memorizar todas as fórmulas para criar suas coisas, que são muitas.

Felizmente os recursos são abundantes e você dificilmente terá alguma dor de cabeça na coleta destes.

Gráficos e Som

The Wild at Heart possui um dos visuais mais adoráveis com estilo marcante. Os cenários são bem diversificados, com regiões que vão de praias até montanhas congelantes. Tvs de tubo, fliperamas e outros aparelhos trazem aquela sensação de estarmos na década de 1980~1990. As TVs, aliás, tem um ligação específica com um certo problema de Wake.

Quem merece destaque também é design dos personagens do jogo. Wake e Kirby parecem personagens que saíram direto de Stranger Things. A turma dos Greenshields são ainda mais excêntricos que o próprio Grey Coat. Imagine outro membro com uma chaleira (acesa!) na cabeça?!

Os diálogos do jogo são todos por caixas de texto, sem dublagem nas falas. Não há legendas em português do Brasil, uma pena. O lado bom está em uma relaxante trilha sonora. Vale a pena parar em alguns momentos de sua jornada só para apreciá-la.

Opinião

The Wild at Heart é uma adorável aventura em um mundo de fantasia, com uma história repleta de segredos e algumas reviravoltas. Os puzzles são bem elaborados, mas amigáveis. Dificilmente você acabará empacado por causa deles. A mecânica de comandar os Spritelings é bem prática, salvos alguns momentos nos quais eles podem insistentemente ficar presos em alguns locais. Ainda há a trilha sonora e os visuais caprichados. E se todos esses motivos ainda não são o bastante para você dar uma chance ao jogo, vale lembrar que ele está no catálogo do Xbox Game Pass desde seu lançamento. Uma ótima composição ao catálogo, diga-se de passagem.

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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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