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A globalização dos games através da facilidade na publicação, nos permite jogar diversas pérolas que surgem em mentes criativas de outros países. Somos apresentados a diferentes culturas, que não teriam espaço em grandes mídias, devido ao fator comercial, que sempre reserva mais atenção a mitologias mais populares.

Curioso como sou, sempre busco dar atenção a jogos até então desconhecidos, e me pego sendo surpreendido algumas vezes por obras inesquecíveis.

Quando tive a oportunidade de escrever sobre Minute of Islands fiquei extremamente curioso, pois a essência do jogo me chamou a atenção. Vou contar toda a experiência que tive com essa obra do Studio Fizbin (Lost at Sea e The Inner World).

UMA HISTÓRIA EMOCIONANTE

A trama de Minute of Islands leva os jogadores para um estranho e lindo arquipélago, que sofre com os efeitos de um esporo misterioso. Esse organismo infectou toda a vida daquelas ilhas, afetando a população, além da fauna e flora. Essa realidade já era bem conhecida daquele povoado, que em conjunto com quatro gigantes criaram máquinas para purificar o ar.

Só que essas máquinas um dia falharam, e os gigantes adormeceram, causando um grande êxodo da população, além da transformação do local. Antes o que era um lugar cheio de vida, agora se torna uma grande sombra do passado.

Mo será impactada por sua jornada.

Mas nem tudo está perdido, os quatro gigantes criam um objeto de grande poder, chamado de Omni Switch e dão a tarefa para a jovem Mo, uma habitante daquele arquipélago, de consertar as antenas que davam proteção a aquele lugar. Essa missão não será nada fácil, pois Mo terá que lutar contra a ameaça dos esporos, que também afetará o seu corpo e sua mente. Então sua luta será constante para manter sua sanidade, e jamais desistir de salvar o seu povo.

A história ganha contornos emocionantes conforme interagirmos com habitantes conhecidos de Mo, pois várias informações do passado da protagonista são reveladas, aumentando o nosso vinculo emocional com os personagens. A cada conquista, ou falha, nos colocamos no lugar de Mo e o que aquele mundo representa para ela.

O ritmo de Minute of Islands é bem cadenciado, mas nossa jornada é recompensadora, com momentos que nos fazem pensar e refletir sobre a nossa vida. Uma grande dica, no final do jogo fique até os créditos, pois tudo fará ainda mais sentido.

UMA JORNADA DE DESCOBERTAS

Durante nossa aventura exploraremos diferentes ilhas, no qual a maioria possui um gigante escondido, que é ligado diretamente aquela antena que purifica o ar. Além de Mo ter que se locomover pelo cenário, até encontrar o gigante e conseguir despertá-lo, temos um caminho a trilhar, com alguns quebra-cabeças para serem resolvidos.

Minute of Islands possui uma jogabilidade bem simples, colocando o foco na jornada da personagem e imersão do jogador, então não espere nada muito difícil. Aqui temos botões para pular e interagir com outros personagens e quebra-cabeças, além do Omni Switch que serve para ativar alguns objetos.

Mo encontrará alguns personagens marcantes.

As ilhas possuem lugares tecnológicos, que estão misturados em meio a paisagem. Esses locais misteriosos são o lar dos gigantes, que estão ligados ao nosso objetivo final. Após encontrar o ser responsável por aquele setor, devemos resolver os quebra-cabeças e despertar o gigante adormecido. Claro, que nem tudo acontece como gostaríamos, e devemos nos esforçar para resolver as adversidades.

No geral, Minute of Islands não possui uma grande ameaça que vai te fazer morrer a todo instante, aqui o perigo é algo mais filosófico, como a sua própria mente. Existem alguns locais nos quais podemos morrer, mas eles não são tão perigosos quanto a sua mente.

DESCUBRA O SEU PASSADO

Além da jornada própria de Mo, temos outros habitantes que interagem com a protagonista, tanto no presente, quando em memórias que coletamos pelas ilhas. Está forma de coletável é bem interessante, pois estimula o jogador a buscar para saber mais da história.

Essas memórias são narradas por uma voz forte e que passa a emoção do que Mo está sentindo. Além disso, muito do que é descoberto está exposto através do cenário, que fala mais do que palavras.

UMA OBRA DE ARTE

Minute of Islands me pescou primeiramente pela direção de arte, que é totalmente desenhada a mão. A cada cenário que chegamos nos deslumbramos com a paisagem criada pelo Studio Fizbin. Toda nossa imersão é ainda maior, por trazer um traço bem único, que leva o jogador a pensar que está vivenciando uma linda animação. Os personagens são pitorescos e casam com toda a estética do jogo.

A performance é ótima, com loadings bem rápidos e sem bugs durante minha jornada no Xbox Series S. Mesmo sendo um jogo de pouco investimento.

As ilhas escondem grandes mistérios.

O som também é um dos pontos fortes, com uma trilha que lembra o grande sucesso Child of Light da Ubisoft, com arranjos melancólicos e que levam emoção ao jogador. Uma grande pena não terem inserido legendas em Português do Brasil, ou mesmo uma dublagem.

Voltando a falar do som, é recomendável que você jogue com um fone de ouvido, pois isso garante uma maior imersão dentro das partes emocionantes da história.

OPINIÃO

Minute of Islands é uma grande aventura, que busca a transformação de sua protagonista, e que passa uma forte mensagem para o jogador. A sua história é cativante e cheia de mistérios, e mesmo sendo cadenciada, consegue prender o jogador até os créditos finais.

A direção de arte encanta a cada capitulo que avançamos, simplesmente por trazer uma imersão para o jogador semelhante a estar vivendo uma bela animação. A trilha sonora só potencializa tudo isso, como em um casamento perfeito. O único defeito encontrado é não ter legendas em Português do Brasil, mas espero que isso possa mudar em uma futura atualização.

Minute of Islands é um ótimo jogo pra quem busca uma aventura mais emocional e filosófica, com algo que vai mexer com você, e em muitos casos trazer um aprendizado para a vida.

Entenda nossas notas


*Certifique que este é o preço praticado antes de efetuar a compra. Os valores podem variar.

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About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

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