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Análise – R-Type Final 2

O Xbox é o lar da diversidade, com uma enorme diversidade de gêneros para o jogador escolher, seja shooter, aventura, corrida ou mesmo um indie, aqui o jogador ganha opções para jogar o que quiser. Alguns jogos conseguem um maior público, é claro, mas todos são bem vindos.

Dito isso, nos últimos anos tivemos a volta de vários gêneros, muitas vezes esquecidos pelo tempo, afinal a modernidade acaba fazendo isso. Entre tantos tipos de jogos que voltaram, temos a modernização dos jogos em 2D, com ênfase nos gráficos, som e todas as questões técnicas sendo acentuadas.

Quem não se lembra da franquia R-Type? Um jogo que era considerado difícil e que colocava as habilidades do jogador a prova. Agora, sua sequência está chegando ao Xbox, com gráficos melhorados, novos efeitos, mais recursos e muito poder de fogo.

Será que o jogo teve alguma evolução ou apenas colocou uma roupa mais bonita? Descubra em nossa analise a seguir.

UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

Grande parte da minha vontade de jogar R-Type Final 2 se iniciou por toda a história de sucesso que a franquia carrega, seja nos arcades ou mesmo nos consoles. Lembro como se fosse hoje, eu e um primo disputando para quem ia mais longe. Esse sentimento ainda perdura, pois o jogo continua bem difícil em sua essência. Lógico que temos diferentes dificuldades para dar mais acessibilidade para o jogador, mas aquele ar de desafio ainda está presente.

R-Type é um dos grandes clássicos do gênero.

Essa dificuldade também é driblada pelo número de vidas que aumenta conforme você vai tentando avançar, na primeira vez temos três vidas, morreu, na próxima pula para 10 vidas. Muitos dizem por ai que até pode chegar em 99 vidas, sendo algo que facilita bastante a vida do jogador mais casual.

R-Type Final 2 não é um jogo longo. São 7 fases para serem concluídas, que dependendo de sua habilidades e persistência, levam cerca de 2 horas para serem completadas, mas esse tempo pode, e deve, demorar até você pegar a manha da jogabilidade.

É NECESSÁRIO EVOLUIR

A franquia R-Type pode se considerar um dos jogos mais conhecidos do shoot’em up, mesmo se o jogador nunca jogou, provavelmente ele já viu ou ouviu falar. Logicamente que quando temos um clássico voltando para a geração atual, o que se espera é uma evolução, mas isso realmente não aconteceu. A sua jogabilidade tradicional foi mantida, sem novidades, o que claramente mostrou que a ideia foi se sustentar no nome que a franquia criou.

Em tempos onde temos uma grande variedade em jogos, e uma grande disputa pela atenção do jogador, a evolução é necessária para manter a chama acesa. Sempre acredito que trazer franquias do passado é necessário e muito recompensador, mas também não podemos nos prender apenas a nostalgia.

Os designs das naves são bem legais.

Uma das coisas que o jogo trouxe para essa nova versão é uma vasta customização, além da seleção de naves e pilotos. Esse aspecto me chamou a atenção, visto que isso não era muito explorado no passado. São mais de 99 combinações, mas elas poderiam agregar mais com qualidade e não apenas em quantidade. Acaba que o fator estético é mais explorado, ficando um gostinho de quero mais para realmente customizar a sua nave. Poderiam ter adicionado alteração de peças, por exemplo.

Cada nave possui um tiro especial único, com vantagens e desvantagens ao serem escolhidas, mas você só saberá disso ao morrer, para na próxima vez escolher outra nave que te ajude, de forma mais eficiente, a passar da fase. Isso é bem interessante, pois cria uma dinâmica de tentativa e erro para passar de fases que estamos com problemas.

JOGABILIDADE CLÁSSICA

R-Type Final 2 possui comandos básicos e de fácil aprendizado, em poucos minutos o jogador já está atirando e desviando de projéteis rapidamente. Como em todo shoot’em up, temos que evoluir nosso poder de fogo através de power-ups que passam pelo cenário, mas tome cuidado, pois se você morrer irá zerar todo o seu poder, ficando ainda mais difícil de superar os desafios.

O design de fases se prendeu demais ao passado.

As batalhas contra chefes continuam se destacando, com inimigos que dão bastante trabalho ao jogador.

Um dos pontos que mais me chamaram a atenção na jogabilidade, foi a habilidade de aumentar e diminuir a velocidade do jogo, tudo ao apertar de apenas um botão. Isso trouxe uma dinâmica bem interessante, lembrando aquelas versões turbo dos jogos de lutas.

SOM E GRÁFICOS

O design das fases de R-Type Final 2 no geral é bom, mas como disse anteriormente, continua com cara de jogo de eras passadas. Existem clássicos, que mesmo antigos em sua essência, usam e abusam de técnicas mais avançadas graficamente, mas aqui o design bruto ficou no passado.

A performance do jogo continua boa, não tendo problemas de quedas de frames ou bugs. Um dos problemas que encontrei foi que o idioma padrão não pegou a minha localidade, tendo que ir pelo tato para mudar para inglês os textos do menu. Lembrando que o jogo não possui legendas em Português do Brasil.

O som não é algo que chame atenção, com uma trilha sonora morna e sem sal. Uma pena, pois bons temas sempre marcaram esse tipo de jogo.

OPINIÃO

R-Type Final 2 é uma boa opção pra quem sente falta do gênero, que hoje não tem muita variedade. O preço  não justifica a quantidade de fases, que caso o jogador tenha um pouco de habilidade, ele rapidamente poderá terminar o jogo.

A jogabilidade mesmo sendo clássica, ainda é viciante a medida que é desafiadora. Ainda assim, existem vários tipos de dificuldade, que ajudam na progressão. Os gráficos estão presos ao passado, e não acompanharam a evolução da indústria, que hoje mesmo tendo jogos simples, conseguem nos encantar com uma boa direção de arte. O som não é impactante, com uma trilha morna e sem vida.

Sinto que faltou ousar mais na evolução, e tentar criar algo que chame a atenção do jogador, e não somente fazer o arroz com feijão.

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