fbpx

Um dos gêneros que eu mais curtia na minha infância eram os famosos shooters de navinha, que populavam os consoles e fliperamas. Entre os mais populares, posso destacar R-Type, Gradius e até mesmo o clássico River Raid, que são fundadores desse tipo de jogo desafiador. Nos últimos anos com a modernidade, esse tipo de jogo volta bem timidamente, mas sem fazer o alarde merecido. Franquias como R-Type até tiveram uma nova chance, mas ao meu ver não fizeram da maneira correta, dando espaço para que outras obras surjam e surpreendam os jogadores.

Esse é o caso de Remote Life, que carrega consigo uma raiz bem forte no gênero. Será que o jogo conseguiu atender o anseio desses fãs tão apaixonados? Descubra em nossa análise a seguir.

SHOOTER DE NAVINHA RAIZ

Um dos pontos mais importantes que podemos destacar em Remote Life, é que ele mantêm toda a essência dos jogos de navinha mais tradicionais, com fases difíceis e inimigos para tudo quanto é lado. Desde os primeiros minutos de jogatina, já conseguimos ter uma noção do que esperar nas fases seguintes, com uma boa variedade de inimigos básicos e chefões.

Os chefes de fase são bem interessantes, visto que além de serem mais poderosos do que qualquer inimigo, também é necessário pegar a manha para vencê-los, algo bem característico de alguns clássicos das antigas.

As missões exigem que o jogador se movimente a todo momento.

As fases também são um show á parte, com diferentes designs e um layout que força o jogador a pensar rapidamente, principalmente por adicionarem algumas armadilhas espalhadas pelo cenário, fazendo o jogador tomar algumas decisões mais equivocadas e ocasionando uma morte precoce.

A dificuldade elevada pode afastar alguns jogadores, que mesmo no modo mais fácil terão problemas. Então acredito que dosar esses níveis poderia ser um caminho para atrair novos jogadores, mesmo o alto desafio sendo uma característica do gênero.

COMANDOS SIMPLES E RÁPIDOS

Como todo bom jogo de navinha, os comandos são a parte que mais precisam funcionar.  Em Remote Life, temos comandos simples e intuitivos, mas que funcionam na hora certa. Cada fase contém um grande número de inimigos, além de um layout que pega o jogador de surpresa. Em uma fase especifica, temos o poder da gravidade que puxa o jogador rapidamente para frente, nos forçando a agir com ainda mais rapidez. Essa dinâmica, que acontece do nada, é bem legal por tirar o jogador da sua zona de conforto.

As fases de Remote Life possuem uma extensão bem aproveitada, trazendo tensão para o jogador, que tem a missão de chegar no chefe de fase com todas as vidas que puder, afinal a batalha será dura. Existe um grande número de fases, algo que vai entreter os jogadores. Caso queira repetir as missões, é possível através do menu de seleção de missões.

Escolha sua nave e parta para a próxima missão.

Além dos tiros básicos, o jogador pode ir pegando novos tipos de armas, escudos e até mesmo especiais, que incluem uma poderosa rajada de energia. Um recurso me chamou a atenção no quesito armamento, que é a opção de escolher entre três tiros básicos ativos, isso tudo durante a partida, mas não se engane, pois alguns armamentos são limitados, tendo a melhor hora para cada um ser usado.

Além disso, a partir da terceira missão, podemos escolher novas naves, só que essas naves mais poderosas, chegam ao custo de aumentar a dificuldade, algo que adiciona uma balanceada na equação.

HISTÓRIA FICA EM SEGUNDO PLANO

Como já era esperado por mim, a história de Remote Life é deixada em segundo plano, para dar mais foco a jogabilidade, algo que a maioria dos jogos do gênero fazem. Então não espere por algo elaborado ou que te prenda nesse quesito, aqui o foco é na diversão e superação de desafios.

No enredo acompanhamos as aventuras do piloto espacial John Leone, que parte em uma missão para salvar a humanidade contra as forças alienígenas. Algo bem básico e que funciona somente de pano de fundo. Durante as missões temos alguns diálogos no começo, que apresentam um pouco do que está para acontecer.

DIREÇÃO ARTISTICA SE DESTACA

O design construído por Mario Malagrino, criador do jogo, honra o legado dos shooters espaciais, misturando criaturas marinhas com alienígenas esquisitos e muitas construções de metal. Os chefes também possuem um design muito legal, que combina com um tom mais ameaçador, por mais que a fase em si seja até mais difícil do que os chefes.

O momento antes da batalha contra um chefe.

O som cumpre seu papel com uma trilha que não é enjoativa e escalona durante a missão, como em momentos mais tensos nos quais a música fica ainda mais acelerada.

Não existe legendas, nem traduções para os menus, mas como não são tantos textos, então nem acaba fazendo tanta falta assim, mas não deixa de ser algo importante.

OPINIÃO

Remote Life é uma ótima opção para quem curte jogos de navinha. Diferentemente da franquia R-Type, aqui temos alguns elementos mais modernos na jogabilidade, algo que oferece um frescor para o gênero. O dinamismo das missões também é algo de se aplaudir, pois não é somente matar e matar, temos outros objetivos diferentes em determinadas missões, como proteger um cargueiro, forçando o jogador a sair do básico. A dificuldade acima da média e desbalanceada pode ser algo que afaste alguns jogadores, mas quem conhece o gênero sabe que isso é uma característica dele.

A direção de arte de Mario Malagrino é muito boa, com fases e monstros que combinam na sua bizarrice. A trilha sonora também se destaca por combinar com momentos mais tensos do jogo.

Remote Life é uma das melhores opções para o gênero, que não conseguiu sua evolução necessária, mas que tentou algumas coisas diferentes, inclusive superando franquias mais consolidadas.

Comprar REMOTE LIFE na Microsoft Store

Plataformas: Xbox One e Xbox Series X|S
Publicado por: Ratalaika Games S.L.
Desenvolvido por: Next Game Level
Data de lançamento: 26/05/2022
Opções de compra: Microsoft Store

Compartilhar.

About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

Powered by keepvid themefull earn money