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Após mergulhar na intensa e muito bem construída campanha de Call of Duty: Modern Warfare II (confira nossa análise), chegou a hora de se divertir, e também passar raiva, no multiplayer do jogo, que chega com diversos modos, novos mapas e sistemas atualizados.

Será que o modo competitivo melhorou após nossa experiência no Beta? Confira nossa análise do multiplayer.

Modos diversos para agradar os mais diferentes jogadores

Um dos pontos mais altos do jogo é a grande variedade de modos, que atingem os mais diversos estilos de jogadores, mantendo o multiplayer sempre vivo. Call of Duty: Modern Warfare II, possui 9 modos com suporte para o tradicional 6v6 com opções já conhecidas dos seus fãs como Contra Todos, Mata-Mata em Equipe, Dominação, Zona de Conflito, Controle, Quartel-general e Localizar e Destruir, além dos novos Resgate de Prisioneiro e Nocaute, estes últimos trazem uma filosofia mais tática, que lembra o estilo Rainbow Six. Cansou da correria desenfreada dos modos mais clássicos e quer algo mais novo e estratégico? Tem modos para isso.

Ainda existem os modos para mais jogadores que fogem bastante da fórmula mais clássica de Call of Duty, suportando partidas para 32v32 jogadores, com o já conhecido Guerra Terrestre e o novo Invasão Guerra Terrestre, que mistura jogadores e IA, além de momentos nos quais caixas com killstreaks e ainda veículos entram na equação, trazendo uma atmosfera bem diferente do restante do jogo, o que é ótimo para sair da mesmice.

Além deles, ainda existem os modos Jogo Rápido, que te coloca em uma lista personalizada pelo próprio jogador; o novo modo em Terceira Pessoa, que foi o meu modo favorito do Beta, e que com a mudança de não ficar trocando a visão para a primeira pessoa quando mira, já trouxe uma melhoria gigante para ele. Mas e o modo Hardcore? Ele agora se chama 1º Escalão e promete trazer uma experiência mais realista, com saúde reduzida, elementos de HUD limitados e fogo amigo ativado. No entanto, o modo só será adicionado com a chegada da primeira temporada.

Alguns desses modos encerram quando se atinge um limite de pontuação, enquanto outros terminam por tempo de partida.

Além da competitividade do multiplayer, também sobra espaço para a cooperação, que ganha forma com o modo Operações Especiais com três missões no lançamento nas quais até 02 jogadores jogam juntos para completar missões que lembram a experiência da campanha, mas com a possibilidade de jogar com um amigo ou jogador aleatório. Uma pena que sejam poucas missões para continuar essa experiência da campanha e com essa limitação para poucos jogadores.

A Infinity Ward garante que pretende adicionar mais conteúdos no decorrer dos próximos dois anos de vida planejados para Call of Duty: Modern Warfare II. A chegada da primeira temporada e do Warzone 2.0 no dia 16 de novembro marca o início de cronograma de longo prazo.

Boa jogabilidade, mas com sistemas bagunçados

Já havia ficado claro, desde o Beta, que a Infinity Ward estava buscando implementar um ritmo mais lento para as partidas, trazendo um sentimento mais tático. Para refletir essa mudança foram adicionadas mecânicas como o pulo de golfinho e a possibilidade de se agarrar nos cenários. Outros movimentos foram alterados, como a mecânica de entrar na posição de bruços, que está mais demorada que o normal, assim como a derrapada que está com um leve atraso entre uma e outra. Essa mesma derrapada não pode ser mais cancelada, o que gerou muita polêmica entre os jogadores, que já estão buscando maneiras de realizar a mecânica de outras formas improvisadas.

O Time-to-Kill (TTK) continua bastante curto, então se prepare para morrer bastante ou matar muito. O problema disso em todo Call of Duty é que todos os seus jogos possuem um respawn caótico, que te coloca para reaparecer no meio dos inimigos, um problema de longa data que continua presente, e é frustrante.

A jogabilidade básica é boa, com movimentação e armas que dão para se acostumar rápido, mas é como se faltasse um pouco mais de tempo para que tudo estivesse mais redondinho. Algo a se notar é que a movimentação, que era demasiadamente lenta durante o Beta, foi melhorada e está bem mais rápida.

Quanto as armas, existe uma boa variedade de modelos, que uma hora ou outra você acabará encontrando a sua menina dos olhos, mas será um longo teste com muitas frustrações com algumas armas bem ruins. Eu achei o recuo de grande parte delas alto, principalmente no combate mais próximo. Também senti que as partidas se tornaram mais punitivas para os jogadores mais agressivos, beneficiando os campers que adoram criar raízes em algum lugar do mapa. Com o TTK muito baixo presenciamos partidas com um monte de jogador parado em cantinhos para conseguir grandes números de baixas. Mas fazer objetivos que é bom…

Para melhorar a experiência com o seu armamento de batalha você pode desbloquear, ao completar desafios, acessórios para as armas, assim como camuflagens para alterar seu estilo. Eu achei essa interface de armas, acessórios e exibição dos desafios bem bagunçada e pouco clara. Nem ao menos existe um rastreador de objetivos, o que seria algo básico.

Esse problema de interface está por todo o lugar, com menus e abas confusos, sendo complicado acessar informações básicas. Um bom exemplo disso é quando se ativa um token de XP e o jogo nem ao menos informa quanto tempo ainda resta dele. Também não existe maneira de ter acesso a informações básicas como tempo de jogo, mortes, eliminações, relação entre baixas e mortes…. Ou seja dois recursos básicos que estão ausentes.

Outra ausência sentida foi a retirada do sistema de ping, que estava presente no lançamento, mas foi retirada por não estar funcionando como devia. Até o momento do lançamento dessa análise ele ainda não havia sido reintegrado ao jogo, o que demonstra, mais uma vez, que faltou tempo para testar recursos básicos.

Por outro lado, algo que eu gosto bastante é do sistema Create-A-Class, no qual os jogadores conseguem customizar seus operadores com armas, equipamento tático e letal, Pacotes de Vantagem e Melhorias de Campo. Esse sistema oferece boas opções para os jogadores criarem as mais diferentes combinações que incorporem seu estilo de jogo ou até que se adaptem a situações específicas de cada partida.

O sistema de progressão segue bastante parecido com dos jogos anteriores, subindo de rank enquanto joga, liberando equipamentos, loadouts e kits de operações especiais. Já para as armas as coisas ficam um pouco mais complexas, já que como dito acima também existem desafios específicos de cada arma. Para liberar mais opções de armas será necessário jogar com armas específicas para ir avançado até chegar em uma que pode ser a melhor para você. Também existe o sistema de Plataforma de Arma, no qual conforme joga com um estilo de arma, você desbloqueia sua árvore de acessórios e receptores que podem ser usados por todas as armas compatíveis.

Ao alcançar o nível máximo de uma arma você recebe acesso ao Ajuste de Armas, permitindo maior personalização de acessórios, algo mais voltado para jogadores meticulosos, algo com uma espécie de endgame do Modern Warfare II.

Ainda existem os Desafios de Carreira que recompensam com itens para seu perfil de jogador e experiência, e os Desafios diários e semanais, para manter os jogadores engajados.

Um misto de mapas interessantes e outros terríveis

Call of Duty: Modern Warfare II possui uma boa variedade de mapas, que trazem essa vertente mais tática que a franquia quer passar, com bastantes possibilidades para se posicionar em batalha em detrimento de partidas com combate mais aberto, algo que certamente não agradará a todos. Existem mapas que mesclam bem os dois estilos como Mercado Las Almas, que é meu mapa favorito por trazer possibilidades para todos os estilos de jogadores. Mas também existem mapas terríveis, como o Santa Sena Border Crossing, que é um pesadelo de design e me espanta ter sido aprovado para estar na versão final.

Quanto a parte gráfica desses mapas, eles se apresentam bem como cenários bem detalhados e mais coloridos, que ganham vida com efeitos de luz e sombras bem colocados. As animações dos personagens são bem naturais, mesmo durante movimentos mais bruscos. Uma dica para deixar sua experiência mais limpa é acessar o menu de Configurações e ir em Interface > Configurações de Filtro de Cor, lá colocar o Filtro de Cor 2 e o Alvo do filtro de Cor em Mundo. Essas alterações deixam o jogo mais vivo e mais fácil de visualizar o que ocorre na tela.

As armas são bem apresentadas e trazem um peso real dos seus tiros e mostram diferença entre elas. O trabalho de som segue muito bom tanto para a sonorização de cada arma e seus projéteis quanto das explosões. O som dos passos ainda me soa alto demais e poderia ser ajustado para algo mais realista.

O jogo apresenta erros graves na tradução dos desafios para o Português do Brasil, sendo necessário alterar o jogo para Inglês de forma a entender corretamente o que é preciso ser feito. Um grande problema para quem não compreende o idioma estrangeiro e uma falta de revisão da Activision, que já lança jogos localizados para os brasileiros há muito tempo.

A primeira semana de Call of Duty: Modern Warfare II foi marcada com muitos problemas de servidor e bugs. Enquanto muitos deles tenham sido corrigidos ou amenizados, ainda existe muito que precisa ser ajustado.

Os problemas de instabilidade, principalmente ao jogar com amigos, é o mais frustrante de todos. Constantemente o jogo derrubava jogadores do grupo, outras vezes o jogo fecha sozinho ou outras vezes é necessário fechar o jogo para que volte ao normal. Imagina ter que passar por esse processo diversas vezes em uma noite? Apesar de estar acontecendo com menos frequência, ainda ocorre. Outras vezes, a busca por partidas trava, também sendo necessário entrar em outro modo ou fechar o jogo para normalizar. Problemas que afetam muito a experiência com o multiplayer.

Opinião

Enquanto em sua campanha, considerada por muitos como secundária, Call of Duty: Modern Warfare II oferece uma experiência refinada e grandiosa (confira nossa análise), o jogo derrapa na sua espinha dorsal, que é o multiplayer. A jogabilidade está mais cadenciada, mas segue com um bom ritmo, sendo fácil de se adaptar. No entanto, para mim pareceu estranho um jogo com tradição de oferecer partidas sempre mais caóticas, estar sendo tão trabalhado para se mostrar mais tático.

Os mapas são bons no geral, mas também adicionaram mapas terríveis, que pela falta da votação do mapa, antes das partidas, vai te fazer jogar nesses verdadeiros pesadelos (sim mapinha da ponte, estou falando de você). O desempenho segue bom o tempo todo, com um framerate alto e estável, deixando a experiência agradável. Os modos de jogo brilham, com uma boa variedade, que agrada os mais diferentes estilos de jogadores.

Modern Warfare II sofre com falta de clareza nos menus, que se apresentam bastante bagunçados, deixando evidente, para mim, que faltou mais tempo para deixá-los mais completos e intuitivos. Os problemas com bugs e instabilidade de servidores atrapalharam bastante a experiência inicial, mas pelo menos estão sendo corrigidos.

De uma forma geral, ele é uma boa opção neste fim de ano para quem curte FPS, mas é uma pena que os estúdios seguem lançando jogos que precisavam de mais tempo para ficarem redondinhos, no caso de Call of Duty: Modern Warfare II acredito que talvez mais um mês seria o ideal.

Comprar Call of Duty: Modern Warfare II na Microsoft Store
Plataformas: Xbox One e Xbox Series X|S
Publicado por: Activision Publishing Inc.
Desenvolvido por: Activision Publishing Inc.
Data de lançamento: 28/10/2022
Opções de compra: Microsoft Store
O jogo foi cedido gentilmente pela Activision para a realização desta análise.
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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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