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The Lord of the Rings  é uma das maiores franquias de todo o planeta, com diversas obras sendo criadas a partir dos livros de Tolkien, com filmes, séries de TV e muitos jogos. Dentre os jogos podemos destacar Shadow of Mordor, que pegou muito do que deu certo em outros jogos e criou a sua própria identidade, com a implementação do sistema nemesis. Tivemos também jogos de estratégia, RPGs por turno e também ação.

Essas obras tiveram um papel importante na recriação de vários personagens da franquia, que são mais conhecidos nos livros, e tiveram mais tempo para se mostrar. Um desses personagens que possui lacunas de história a serem preenchidas é o Gollum, ou Smeagol, que agora ganhou um jogo para chamar de seu.

Será que vale a pena dar sua atenção para o jogo? Descubra em nossa análise a seguir.

UMA HISTÓRIA DE CORRUPÇÃO

The Lord of the Rings: Gollum conta a história de Gollum, um ser que vive na escuridão e que foi totalmente enfeitiçado pelo poder do anel de Sauron, que o colocou como um símbolo de adoração. Começamos nossa aventura logo após o primeiro encontro com Bilbo Bolseiro, no qual Gollum perdeu seu anel e o busca incansavelmente.

Só que o Senhor do Escuro está a sua procura e nosso amigo esquisito acaba sucumbindo a essa busca. Somos capturados e vamos parar em uma mina de exploração, no qual Gollum sofre ainda mais nas mãos das trevas. Essa parte do jogo é essencial para entendermos a relação de Gollum com Sauron e outros seres da escuridão.

A história até tem potencial, principalmente para nós vivenciarmos o sofrimento do personagem, mas é feita de forma rasa e desleixada, com uma certa ausência de dramaticidade. A repetição exagerada torna a experiência ainda mais frustrante, pois parece que estamos girando no mesmo contexto em vários capítulos. Mesma coisa posso afirmar dos personagens secundários, que não fazem jus ao seu legado, com atuações mornas e sem sal.

Não existe um motivo para ficar preso a história, e logo o jogador quer terminá-la, pois não existe uma potencialização de momentos marcantes na jornada de Gollum.

POTENCIAL PERDIDO

Quando The Lord of the Rings: Gollum foi anunciado, eu sinceramente não achei que seria um jogo necessário ou mesmo que teria algum apelo, mas assim que entendi a ideia, até que eu pensei que seria algo interessante nesse universo. Mas toda curiosidade, em alguns minutos, já se transforma em frustração, pois o jogo já nasceu datado, mesmo sendo algo de nova geração.

Desde os gráficos, até mesmo a jogabilidade, lembra os jogos do inicio da geração Xbox 360, sendo algo totalmente genérico e sem brilho. A jogabilidade que possui semelhanças com a franquia Styx, mas usando mais a verticalidade a seu favor, é pavorosa. e traz um personagem duro de se jogar, causando mortes desnecessárias.

A performance é ruim, com uma perceptível queda de frames em vários momentos, algo que não deveria acontecer, visto que o jogo teve inúmeros adiamentos e não é tão pesado assim. Acredito que se The Lord of the Rings: Gollum fosse desenvolvido com mais carinho, ele teria uma certa atenção dos jogadores, afinal ter esse olhar na parte do mal da Terra Média, que não foi tão explorado em outras obras, é algo que realmente poderia ter sido mais interessante.

Além disso, existem problemas que por várias vezes deu vontade de parar de jogar, como ter que refazer a mesma fase, pois simplesmente o objetivo da história não completava, mesmo fazendo tudo certo. Tive que começar a fase novamente, para enfim conseguir e nisso já se passou bastante tempo. Travamento de Gollum ou outros personagens também são corriqueiros, algo que acontece mais em jogos de mundo aberto e não em ambientes mais lineares.

Gollum é bastante focado em mecânicas de escalada, mas mesmo assim elas são bem ruins, algo que torna tudo muito torturante. Perdi a conta de quanto tempo perdi ao cair em lugares por falta de precisão do pulo, gerando algumas risadas, que se transformaram em frustrações. Lembra do Prince of Persia do primeiro Xbox? Então a precisão dos saltos é pior do que aquelas.

Existem alguns quebra cabeças bem simples, que não trazem tantos desafios, mas complementam o gameplay. Ainda falando do gameplay, temos alguns ajudantes em certos pontos da história, mas com uma precisão horrível de comandos, que facilmente poderiam ter sidos descartados.

SOM E GRÁFICOS

The Lord of the Rings: Gollum possui inúmeros problemas, que mesmo com adiamentos não deixaram de existir e que não devem ser resolvidos com um simples patch. Começando pelos gráficos que são horríveis, com texturas pobres e que não representam o investimento que você terá que fazer.

A renderização dos NPCs são muito ruins, estragando a interação com personagens interessantes da franquia. O design de mapas também não foi muito feliz nas escolhas, com muita repetição e marasmo em todos os cantos. O design dos mapas também atrapalha na hora de encontrar onde devemos avançar, com objetos bem estranhos.

O som falha em diversos momentos, diminuindo ou mesmo cortando em alguns trechos. A única coisa que surpreendentemente funciona são as legendas em português do Brasil, dando um certo conforto na hora de entender a história.

OPINIÃO

The Lord of the Rings: Gollum é um dos piores jogos dos últimos tempos e um verdadeiro desperdício de uma ideia, que no geral não é tão ruim. Andar pelas sombras e conhecer o mal da Terra Média seria algo bem interessante, se fosse construído de uma maneira mais atraente. Citar o que o jogo possui de ruim é bem complicado, pois ele erra em quase tudo que tentou, principalmente na jogabilidade e nos gráficos que são bem datados. A performance também deixou muito a desejar, potencializando os erros.

The Lord of the Rings: Gollum não merece nem ser jogado em serviços como o Xbox Game Pass, que com certeza seria uma perda de tempo, como foi para minha jornada. Espero que pelo menos a desenvolvedora tente amenizar esses erros, pois fica bem complicado de defender algo que realmente é indefensável.

Comprar na Microsoft Store

Plataformas: Xbox Series X|S
Publicado por: Nacon
Desenvolvido por: Relic Entertainment
Data de lançamento: 25/05/2023
Opções de compra: Microsoft Store

* O jogo foi cedido gentilmente pela Daedalic Entertainment para a realização desta análise.

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About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

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