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Uma das franquias mais importantes do planeta, acaba de voltar para o Xbox com Street Fighter 6. Após o quinto jogo ter sido lançado em exclusivo no Playstation, enfim teremos a volta de Ryu e companhia. O jogo chegou com uma boa variedade de modos, que atendem desde o jogador casual até mesmo os profissionais do ramo.

Será que a franquia da Capcom tem chance contra outros jogos do mesmo gênero? Descubra em nossa análise a seguir.

UMA VOLTA IMPORTANTE

Street Fighter sempre foi uma das franquias mais importantes, mas teve seu lançamento ofuscado no quinto jogo, por conta de deixar funções e plataformas de fora, demorando a engrenar. Com isso ajustado, e com a Capcom com mais grana e prestígio, a franquia pode chegar para mais jogadores, com financiamento próprio, algo que será bem importante para o seu futuro.

Com mais investimentos, chegaram mais conteúdos e posso afirmar que essa é uma das grandes qualidades, ao agregar muitas opções para o jogador. O jogo é distribuído em três seções no menu principal, que levam para outros conteúdos, que estão dentro dessas categorias, que são denominadas Battle Hub, World Tour e Fighting Ground.

Ter esse tipo de variedade pode elevar o tempo que Street Fighter 6 estará na mente popular, com muito o que fazer na sua vida de lutador.

LUTA DE RUA

Começando por uma das categorias que mais me diverti, o World Tour, que é um modo carreira, no qual usamos um avatar, construído com muitas opções no começo de nossa jornada. Nos primeiros momentos partimos para um tutorial, que é bem importante para ver se o jogador se adequa aos controles clássicos ou modernos. Eu fiquei com os clássicos, por não me adaptar bem ao tipo moderno.

Assim que completamos o tutorial, somos apresentados ao nosso primeiro mestre, chamado de Luke, que comanda uma academia com muitos novatos, e sim, você é um deles. Luke é um lutador que talvez o jogador de Xbox não conheça, por fazer sua estreia em Street Fighter V, que não esteve no console Xbox.

Após alguns treinamentos, enfim poderemos partir para a cidade de Metro City, que tem um prefeito bem conhecido de alguns jogadores, o famoso Haggard, que é um dos protagonistas de Final Fight. Chegando na cidade, temos uma história principal para ser seguida, além de missões secundárias, NPCs para lutar e conversar, além de opções de compra para customizar nosso avatar.

Além de Luke, existem diversos mestres, que são os lutadores do jogo, que podem ensinar novos golpes e ainda possuem arcos próprios. Esses mestres nem sempre estão em Metro City, dando a oportunidade o jogador conhecer suas localidades, que são os estágios de cada um. Então, não espere uma exploração tão profunda fora de Metro City. Na cidade temos ainda alguns mini games bem divertidos, como fazer pizza ou mesmo chutar madeiras ao estilo kung fu.

A história do World Tour é bem básica, então não espere por algo no estilo Mortal Kombat, aqui é algo mais descontraído e até mesmo galhofa em muitos momentos, lembrando alguns jogos como Yakuza. O que mais me desanimou nesse modo, foi a repetição exagerada, que depois de 4-5 horas já começa a entrar em uma zona de tédio.

Espero que realmente seja um modo mais elaborado em um futuro jogo, pois é uma ideia bem interessante.

A CENTRAL DA LUTA

A próxima categoria é o Battle Hub, que é basicamente uma central, na qual os jogadores buscam partidas, interagem e ainda podem se divertir casualmente. Nesse local existem alguns fliperamas com partidas online acontecendo, que o jogador pode entrar para lutar um contra, usando os lutadores do jogo. Existe também as batalhas de avatar, que você poderá usar o seu personagem para lutar contra outros jogadores.

O Battle Hub possui uma surpresa muito nostálgica, que são os arcades com alguns jogos clássicos da Capcom como Final Fight e Street Fighter 2, que dá para se divertir por horas. Foi muito bom ter essas emulações disponíveis sem custos adicionais.

O online do Battle Hub também funciona perfeitamente e sem muitos problemas. Bem rápido de encontrar partidas e de configurar as preferências. O Crossplay também ajuda na hora de encontrar mais jogadores, principalmente se seus amigos possuem outro console.

FIGHTING GROUND E SEUS MODOS VERSÁTEIS

A terceira vertente é o Fighting Ground, no qual podemos jogar modos básicos como arcade, versus local, online e ainda um modo bem divertido, que é o batalhas extremas, que muda todo o aspecto da batalha, com bombas aparecendo ou mesmo objetos tentando acertar o jogador na tela.

O Arcade foi o modo que mais curti, por trazer uma breve história de cada personagem, mas não espere por algo mais elaborado, aqui é o mesmo esquema desse modo para toda a franquia, com animações do final em storyboard. No geral, o Fighting Ground é uma categoria para se divertir sem muito compromisso.

PARA SEMPRE STREET FIGHTER

O gameplay de Street Fighter 6 ficou ainda melhor, com lutas muito rápidas e cheias de recursos, com inúmeras maneiras de bloquear e contra atacar o adversário. Os golpes também foram reformulados para os personagens existentes, então você irá se surpreender com cada técnica.

O hall de lutadores está muito bom e ainda vai melhorar, com os passes de temporada já anunciados. O roaster é muito bom, com lutadores com técnicas variadas, dando a opção do jogador escolher quem combina melhor com seu estilo. Os personagens novatos foram muito bem desenvolvidos, algo que pouco acontece em jogos de luta, que criam novos lutadores, mas não conseguem superar os clássicos. Aqui não, realmente dá vontade de jogar com todos eles.

SOM E GRÁFICOS

Os gráficos de Street Fighter 6 são muito bonitos e com animações cheias de estilo, algo que combina com o momento que a franquia vive. A modelagem de personagem acertou e muito, com uma roupagem mais interessante para os personagens mais conhecidos.

Mas algo me incomodou bastante ao jogar pelo Xbox Series S, com alguns desleixos que notei. Na tela de seleção de personagem, os lutadores ficam desfocados, algo meio surreal para um jogo de nova geração. Alguns cenários também perdem elementos, que estão presentes em outras versões de consoles. Praticamente a versão de Series S se equipara a de PS4. O que me deixou com a pulga atrás da orelha de qual foi o motivo pelo qual não fizeram uma versão para Xbox One, se existe a versão de PS4? São perguntas que não teremos respostas, mas que incomodam.

O som cumpre seu papel com faixas bem características dos jogos de luta, então você vai se deleitar com tanta qualidade e musicalidade. O especiais possuem sons específicos, algo que sempre foi bem presente na franquia.

Alguns personagens como Ken e Ryu receberam novas músicas para os seus estágios, algo que se estranha no começo, mas depois nos acostumamos.

OPINIÃO

Street Fighter 6 é a volta triunfante da franquia para o Xbox, que ficou sem jogar a quinta edição. O sexto jogo chegou com uma ótima variedade de modos, que podem conquistar vários tipos de jogadores.

No modo World Tour tive um misto de sentimentos, que me divertiram nas primeiras horas, mas que depois despencou por conta da repetição exagerada do grinding. Já no Battle Hub e Fighting Ground são categorias para jogar para sempre, com modos que sempre serão divertidos e bem completos.

A quantidade de personagens é ótima para o lançamento, visto que todos os lutadores possuem perfis distintos, trazendo versatilidade. O design dos lutadores é incrível, principalmente dos clássicos, que ganharam um visual, mais maduro.

Os gráficos são muito bonitos e cheios de estilo, mas a Capcom pecou em deixar o Xbox One de fora, pois se roda no PS4 deveria rodar no One. E ainda temos o Series S com alguns probleminhas, que dá para perceber que é má otimização. Espero que realmente essas questões sejam resolvidas, pois o Xbox também é um console importante.

Street Fighter 6 vai brigar bastante para se tornar o maior jogo de luta do ano, mas será um caminho bem duro, pois temos Tekken 8 e Mortal Kombat 1 chegando com o pé na porta. Agora cabe a Capcom saber investir em mais personagens e acertar as arestas.

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Plataformas: Xbox Series X|S
Publicado por: CAPCOM
Desenvolvido por: CAPCOM
Data de lançamento: 02/06/2023
Opções de compra: Microsoft Store

* O jogo foi cedido gentilmente pela Capcom para a realização desta análise.

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About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

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