A batalha pela aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft continua e o processo nos Estados Unidos, cujo órgão FTC está inclinado a bloquear o negócio, acabou revelando documentos e informações extremamente importantes sobre os processos entre as empresas, bem como práticas controversas. Dentre as revelações mais recentes, estão as exigências ridículas que a Sony fez para aceitar o acordo com Microsoft.
A Sony é a principal opositora a aquisição, pois segundo ela, Call of Duty é um jogo essencial e teme ficar sem a franquia em suas plataformas, mesmo o Xbox já afirmamdo publicamente, por diversas vezes, que não possui intenção de retirar os jogos do Playstation. A Microsoft, inclusive, enviou um acordo para a Sony de forma a garantir formalmente esse compromisso por 10 anos. A Sony não só rejeitou o acordo, como também afirmou que não tinha interesse em acordos, pois apenas deseja fazer com que o negócio seja bloqueado.
Agora sabemos que Jim Ryan, chefe da Playstation, estava inclinado sim a aceitar uma proposta, mas apenas em seus termos, com exigências extremamente prepotentes e irreais. Dentre as condições impostas pela Sony estão:
- Todos os jogos existentes e futuros da Activision Blizzard devem estar disponíveis no PlayStation e com paridade com o Xbox.
- Jogos da Activision Blizzard não devem ser mais caros no PlayStation em comparação com o Xbox.
- Os jogos da Activision Blizzard devem ser tratados de forma igual nos serviços de assinatura do Xbox e Playstation.
- Após concluída a aquisição da Activision Blizzard, todos os contratos de suporte financeiro e de marketing que a Sony deve pagar à Activision no futuro devem ser descartados.
- Microsoft deve concordar em iniciar discussões para tratar os jogos da Bethesda igualmente no PlayStation e no Xbox.
Apenas três meses depois, Phil Spencer, chefe do Xbox e da Microsoft Gaming, respondeu Jim Ryan e obviamente rejeitou a proposta. Spencer reforça que não possui interesse em retirar nenhum título existente das plataformas Playstation, inclusive futuras versões de Call of Duty, bem como se compromete a lançar simultaneamente conteúdos e recursos do jogo, e não pretendem lançar conteúdos exclusivos ou temporários apenas para o Xbox, que são práticas comuns atuais da Sony para Call of Duty. Por fim, Spencer deixa claro que não é possivel aceitar a contraoferta devido ao papel de liderança da Sony no mercado.
O processo de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft continua, e nos próximos dias a decisão da juíza sobre as audiências do FTC será revelada, e finalmente saberemos se o negócio será fechado ou não.
