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Análise – Mortal Kombat 1

Mortal Kombat é uma das maiores franquias de todos os tempos, e mesmo sendo um jogo de luta, quebra barreiras de gênero, se tornando um verdadeiro evento, quando há um lançamento. Nas últimas edições, a NetherRealm mergulhou fundo em viagens do tempo, trazendo novidades para sua história.

Mortal Kombat 1 nos trouxe uma linha do tempo alternativa, prometendo mudanças drásticas em tudo que se conhece sobre a franquia e seus personagens. Será que a espera valeu a pena? Descubra em nossa análise a seguir.

Uma nova realidade

A história começa apresentando uma introdução do que aconteceu no final de Mortal Kombat 11: AftermathCom a vitória de Liu Kang sob Kronika, o lutador se tornou um deus, e decidiu reiniciar toda a história, mas com mudanças drásticas que trariam paz a todos os reinos. Infelizmente, essa paz não durou o esperado, e sendo assim, temos Liu Kang buscando ajuda de velhos conhecidos, que estão vivendo uma vida normal.

Antigos inimigos, agora são aliados, cabe ao jogador se maravilhar com essas mudanças que alteraram todo o destino de alguns personagens. Alguns deles, que não tiveram tanto destaque em edições anteriores, agora puderam brilhar em certos momentos. Ainda falando das mudanças, você vai se surpreender com o destino de alguns personagens, mudando todo um contexto da história.

O modo história mergulha fundo na nova linha do tempo, alterando a forma com a qual conhecemos alguns personagens, sendo uma ideia genial. No entanto, até chegar aos capítulos finais tudo ia muito bem, mas foram longe demais, se tornando uma verdadeira farofa de ideias. Foram ousados? Foram, mas não tinha a necessidade de acontecer tanta coisa ao mesmo tempo, estragando a experiência do jogador.

A mitologia também é alterada, construindo novas origens para elementos já conhecidos, então fique pronto para aprender algumas coisas.

O modo história dura em torno de 6 horas para ser finalizado, tendo uma quantidade absurda de animações, no bom sentido é claro. A história é bem contada com personagens interessantes, e diálogos bem escritos, mas como disse, eu não curti o desenrolar final. Espero que melhore isso em um futuro DLC, algo que ficou na cara que vai acontecer. O chefe também deixa a desejar, sendo algo bem óbvio. Foi extremamente frustrante ver tantas mudanças, para se contentar com o obvio no final.

É hora de lutar

Se a história deixou a desejar no clímax, o gameplay de Mortal Kombat 1 continua primoroso, trazendo movimentos diferentes para os lutadores já conhecidos da franquia, algo que gerou muita curiosidade para testar os novos movimentos.

Além disso, senti que alguns movimentos básicos foram refinados, como a defesa, bloqueios e cancelamentos, aumentando as opções pra quem é um jogador profissional. A maior novidade do gameplay são os lutadores de parceria, que proporcionaram mais uma camada de recursos para as lutas, além de trazer novas formas de defender e também atacar. Para usar a parceria, ativamos o seu botão, e dependendo da forma que é chamado, tem uma ação diferente, quebrando combos ou mesmo ajudando em uma sequência.

O hall inicial de lutadores é muito balanceado, trazendo várias opções para o jogador. Foi bem interessante pra mim conhecer personagens como Nitara, Havik e Reiko, que desconhecia por nunca ter jogado alguns Mortal Kombats menos populares.

Os fatalities continuam brutais, algo que sempre foi uma característica da franquia, criando novas formas de finalizar os inimigos. Os brutalities também são legais, pois acontecem em momentos finais da luta, sem ter aquele momento certo como é o fatality. Existem também os fatalities de parceria, que .ativam as finalizações desse lutador que nos ajuda.

Outro movimento que ficou ainda mais interessante é o Raio-X, que ganhou um novo folego, por simplesmente combinar os ataques de ambos os lutadores, mostrando ossos quebrados e órgãos dilacerados.

Muitas opções

Mortal Kombat 1 possui várias opções de modos, que vão além da história, como o interessantíssimo modo Torres, que é um arcade mais parrudo, se tornando parte das edições anteriores e voltando nessa nova edição. Já o Invasões, é uma novidade, que basicamente são tabuleiros, que trazem lutadores e suas variantes, algo que combina com a questão de linhas do tempo alternativas.

Esse modo é parecido com o modo Kripta, contendo lutas e desafios para desbloquear novos conteúdos. O único problema é a repetição desse modo, fazendo com que o jogador enjoe rapidamente. Quem sabe no futuro ele possa ser incrementado com conteúdos mais relevantes, por ser unificado com as temporadas, então ainda há uma esperança.

Existem também os modos online, que reúnem algo mais profissional como a Kombate League e os mais tradicionais como ranqueados e partida casual. Por mais que o jogo tenha pouco tempo de lançamento, rapidamente você encontrará uma partida, mas infelizmente ainda não está disponível o crossplay, algo que faz falta nesse primeiro momento.

Qualidade de primeira

Mortal Kombat 1 é mais um grande trabalho da NetherRealm, que realmente construiu um jogo de luta com a cara da nova geração, A parte técnica é muito bem desenvolvida, desde os modelos dos personagens, quanto as animações, que te fazem embarcar na história.

Os cenários são belos e cheios de personalidade, trazendo um novo olhar para lugares conhecidos. Mas nem tudo são flores, e como citei anteriormente, no final do jogo temos uma verdadeira farofa, trazendo lutas seguidas, sem parar para um carregamento, algo que jogou a performance no meu Xbox Series S no chão, com quedas de frames absurdas.

O som continua épico, com uma trilha intensa. Agora, o trabalho de localização foi impecável, mostrando que a Warner arrebenta no quesito dublagem.

Opinião

Mortal Kombat 1 continua a ser uma das melhores franquias de luta da atualidade, simplesmente por reunir um pacote completo da diversão. A NetherRealm trouxe mudanças importantes para o jogo, que são potencializadas pela história. Como agora temos uma nova linha do tempo, os criadores ousaram em alterar origens de personagens conhecidos, e também seus golpes. Falando em mudanças, a história ganhou novos contornos, trazendo um enredo bem construído até os momentos finais, que na minha opinião, e de muitos jogadores, foi uma verdadeira bagunça, algo que pode ser corrigido em uma futura expansão. Outra questão que me decepcionou, foi o modo Invasões, que substituiu o Kripta, mas que carrega uma repetição de lutas insana, espero que corrijam isso no futuro.

A jogabilidade continua muito boa, com um refino de movimentos como defesa e contra ataque. A grande novidade são os lutadores de parceria, que mudam a forma de jogar, algo que me surpreendeu, por parecer algo simplório, mas que possui vária formas de usar. A parte gráfica e sonora são um primor, com destaque para as animações, que são absurdas e com cara de nova geração. Já o som, posso destacar a dublagem, que é perfeita.

Mortal Kombat 1 facilmente poderia ser o melhor da franquia, mas pecou em exagerar no modo história, algo que vai dividir opiniões.

Plataformas: Xbox One e Xbox Series X|S
Publicado por: Warner Bros. Games
Desenvolvido por: NetherRealm Studios
Data de lançamento: 19/09/2023
Opções de compra: Microsoft Store

*O jogo foi cedido gentilmente pela Warner Bros. Games para a realização desta análise.

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