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Bruxos, feitiços, maldições, fantasmas, flagelos, mortos e vivos. São palavras comuns dentro do jogo Banishers: Ghosts of New Eden, que te trazem a uma terra amaldiçoada afim de explorar os motivos de Red e Antea, os dois protagonistas.

Red e Antea são unidos pelo amor. Tão unidos que, em pouco menos de 02 horas de jogo, você terá de fazer uma difícil e inexplicável escolha. Inexplicável até aquele momento. Vamos entender como um “juramento”. Não vou adentrar nos detalhes para não trazer spoilers ao texto, mas o jogo prende desde o início.

Alguns trailers disponíveis na internet trazem aos olhos do jogador um combate visceral que agrada pela rápida movimentação e combos com trocas de personagens. Aqui fica meu aviso: sim, isso acontece de fato no jogo, mas não se iluda: o foco do jogo não é seu combate e sim sua história.

Desenvolvido pela Don’t Nod (de jogos como Vampyr e Life is Strange), você será conduzido por uma história densa e uma narrativa envolvente, que fará você prestar muita atenção nos diálogos e ainda fará você pensar duas vezes antes de tomar decisões precipitadas. A história aponta para encerramentos variados e, ao menos na minha atual gameplay, eu já foquei em cumprir com o meu “juramento”, como citei no início desse texto.

O jogo me surpreende por trazer missões secundárias com peso suficiente pra deixar a campanha principal ainda mais pesada, com ainda mais peso para sua atitudes, suas decisões e as consequências disso. São poucos os jogos que trazem isso ao jogador, o verdadeiro peso da consequência de seus atos. Tudo nesse jogo culmina para uma decisão única e exclusiva sua, desde o início você sente o peso das decisões e, até por esse motivo, oque antes era uma análise se tornou uma “Primeiras Impressões“.

Durante o desenrolar da história, e após fazer algumas missões secundárias, eu notei que o jogo mudava muito quando eu deixava “de lado” as principais. Elas se somam. As minhas decisões na campanha principal tiveram mais opções e decisões mais amplas. Eu senti que seria um crime zerar esse jogo apenas com as missões da campanha principal. Eu não consigo te dizer qual foi o último jogo que me deu essa absurda necessidade de fazer missões secundárias apenas por trazer mais opções, detalhes e gratificação nas missões principais. Banishers: Ghost of New Eden faz isso muito bem.

O jogo tem uma gameplay boa, uma árvore de habilidades não complicada de entender, mas o jogo traz alguns leves tropeços do personagem (que pode e deve ser alterado com um patch day one), algumas quedas de quadros (estou jogando no Xbox Series X no modo desempenho, que prioriza os quadros) e texturas invariavelmente carregando. Nada disso tira o brilho desse jogo. Nos últimos dois dias o jogo já teve duas atualizações, ou seja, muito provável que esses meros detalhes serão melhorados em breve no jogo.

Graficamente o jogo surpreende, trata-se de um AA e mesmo assim entrega um gráfico e muitas áreas lindíssimas, dignas de wallpaper de computador. Enquanto jogando em grupo, eu elogiava o jogo em inúmeros aspectos, me tornando aquele amigo chato que não para de falar. Sempre estava a elogiar, seja por uma área nova, seja uma nova missão bem finalizada, seja por um avanço não esperado ou até mesmo um novo recurso no gameplay.

O jogo se reinventa o tempo todo e está cada vez mais gratificante explorar e entender esse mundo caótico que ele se encontra, seja lutando com inimigos do submundo, seja entendendo as pessoas e seus fantasmas. Algumas pessoas assombradas por um passado benevolente, outras nem tanto assim. É bacana entender a ousadia do estúdio em trazer problemas do nosso cotidiano e mesclá-los com um submundo de perversidade, caos religioso, crenças deturpadas e uso deliberado de magia.

Eu não tive coragem de zerar esse jogo apenas fazendo as campanhas principais, algo que claramente me atrasou em escrever a vocês uma análise propriamente dita. Eu me senti encorajado a descobrir o passado de cada habitante, seja ele perturbado por um fantasma ou não, dado o rico conhecimento que você adquire do jogo.

Eu quero (e vou) revirar cada pedra, de cada canto desse jogo. Ele clama por isso e eu farei.

*O jogo foi cedido gentilmente pela Focus Home Interactive para a realização desta análise.

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About Author

Xbox Ambassador. 13 anos de Xbox Live. Gamertag: Vingador Brambz

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