Desde o seu anúncio, Elden Ring Nightreign chamou a atenção por sua proposta inusitada, um roguelike com toques de um Battle Royale, usando o mundo, inimigos, recursos e ideias de Elden Ring e ainda algumas surpresas originárias dos três Dark Souls. A ideia dividiu opiniões, pois muitos queriam uma experiência menos corrida e efêmera, mas muitos também acharam interessante o fato de se jogar em partidas com jogadores aleatórios em busca da glória naquela partida, tendo que recomeçar tudo na próxima.

Eu fiquei animada, pois eu sempre gostei do fator cooperativo dos jogos Souls, e tive ótimas experiências em Elden Ring jogando com os meus amigos, mas será que essa obrigatoriedade online e estrutura roquelike irá fazer o jogo durar e criar uma comunidade grande para manter o jogo sempre vivo, ainda mais com um custo alto?

Após algumas dezenas de horas dentre vitórias e muitas derrotas, o ritmo viciante de aprendizado também trouxe algumas observações importantes de ferramentas básicas que o jogo precisa para manter sua chama acesa. Será que Nightreign tem o que precisa para se manter vivo meses após seu lançamento?

O básico para começar Elden Ring Nightreign

Nightreign se trata de uma experiência de ação e sobrevivência multiplayer que desafia os jogadores a se unirem para derrotar o Senhor da Noite. Ele é focado no combate PVE cooperativo no qual os jogadores poderão formar grupos de três para sobreviver a um ciclo de três dias, criando estratégias de combate e de exploração com foco em tornarem-se fortes o suficiente para derrotar os chefes ao final de cada dia.

Nossa jornada sempre começa na Mesa Redonda, um local bem conhecido pelos jogadores de Elden Ring. Aqui também temos um hub para avançar nas missões, interagir com personagens, treinar nossas habilidades, mudar aparência, comprar itens, montar nossas builds com as relíquias recebidas nas partidas ou compradas no vendedor. Um momento de calmaria antes da tempestade.

Quando estiver pronto, se aproxime da mesa e inicie sua expedição, que pode ser realizada com trios, montados por matchmaking ou com amigos, ou ainda em modo solo. O modo de Duplas será adicionado em algum momento do futuro. Expedição montada, chegou a hora de mergulhar em Limveld, que traz toda aquela atmosfera deliciosa de Elden Ring, mas com toda a urgência que a mecânica de tempo de um Battle Royale requer.

Agora é ter conhecimento dos objetivos do mapa, para focar em locais importantes e que você consegue completar no seu nível atual, e ir progredindo, seja subindo seu level ou adquirindo itens importantes para fortalecer seu personagem. Outro fator importante é a sinergia do grupo, uma vez que um time que esteja focado nos mesmos objetivos é vital para uma progressão mais rápida, aumentando as chances de sucesso. Como todo roguelike, você sempre inicia no nível 1 e com uma arma inicial, apenas as relíquias são melhorias permanentes, então escolha bem as suas antes de cada expedição.

Eficiência é essencial em Nightreign, uma vez que o mapa vai se fechando de tempos em tempos, então é necessário explorar rápido e de forma eficiente, para pegar o máximo de recursos a cada dia, pois quando a noite chega precisamos enfrentar um chefão aleatório, e no terceiro dia o Lorde da Noite, que se trata de uma luta realmente desafiadora.

Falando nos chefes eles possuem bons níveis de desafio e se o grupo não conseguir se equipar bem a derrota será inevitável. Os chefes de cada noite são belas homenagens aos poderosos inimigos de Elden Ring e dos Dark Souls, mas não se tratam de meras cópias, pois agora possuem golpes diferentes, apimentando as batalhas. Já todos os oito Lordes da Noite são chefões totalmente novos, que oferecem lutas belíssimas, sejam em seu design ou suas trilhas sonoras, além de muito desafio.

Dominando o básico para expedições mais eficientes

Dominar a estrutura acima é essencial para já entrar na expedição sabendo a rota que precisa ser feita para uma exploração que aumente as chances de vitória contra o Lorde da Noite. Falando nele, cada um possui uma fraqueza elemental, então um foco seria buscar locais que oferecem armamentos com esse elemento para otimizar a batalha final. Você precisa derrotar o primeiro Lorde para abrir novos bosses e eventos especiais.

A tarefa não é fácil uma vez que você não só depende de uma equipe focada, mas também a sorte de pegar bons itens que ajudem contra o boss final, nem sempre é tranquilo de alcançar esses objetivos e você pode passar boas horas sem uma vitória sequer, mas o importante é driblar a frustração e usar os conhecimentos de cada expedição para que a próxima seja melhor. Conhecimentos como visitar as igrejas para aumentar seu frasco de vida, ir nas minas para garantir upgrades para suas armas e ainda saber os locais adequados para seu nível e assim avançar rápido seu level. Outro conhecimento importante é saber quando uma luta vale a pena, se seu dano for baixo vá embora e só volte depois, pois tempo é valioso em Nightreign.

Ciclo viciante de aprendizado e descobertas

A curva de aprendizado do jogo, principalmente para mecânicas mais avançadas, é em longa, requerendo toda a paciência e disciplina características dos jogos Souls. Então se prepare para muitas partidas fracassadas até pegar o jeito, mesmo após dezenas de horas eu ainda me pego descobrindo coisas novas para melhorar as tentativas e aos poucos tudo vai se ajustando. É claro que ainda dependemos da equipe, caso esteja jogando online, e também da sorte de fazer boas rotas e conseguir bons itens, mas nosso aprendizado pessoal nos ajuda a avançar melhor e até mesmo dar a volta por cima após algum acontecimento ruim, pois também é muito gratificante quando tudo dá certo e sentimos aquela sensação de superação clássica dos jogos Souls.

Aos poucos você estará sempre desejando mais uma expedição e depois outra, outra… Nightreign não é um jogo fácil, devido as suas aleatoriedades, mas possui um potencial gigante de viciar e buscar mais e mais dele.

Algo que eu gostei bastante também é que o jogo, apesar de ser mais complexo de dominar como disse acima, é bem simples na sua proposta. Se prepare na Mesa Redonda, junte seu grupo, escolha seu personagem e caia no mapa para explorar o máximo possível e conseguir as melhores armas, status e potes de vida. Tudo com pitadas inusitadas de Roguelike e Battle Royale, dentro das características marcantes de Elden Ring. Uma mistura que funciona muito bem.

Além disso, como existem menos elementos punitivos, você se sente sempre impulsionado em buscar mais e mais. A morte não é um bicho papão por aqui, além de não existir dano de queda e seu personagem poder se deslocar super rápido pelo mapa sem medo de cair e morrer. Quando o jogador é derrotado ele fica no chão com uma espécie de escudo ao seu redor que precisa ser destruído para que ele volte a batalha. Quanto mais vezes ele cai, mais difícil fica para revivê-lo. Caso não seja possível, ele revive no último Local de Graça, ou seguro,  visitado e pode correr de volta ao seu corpo e pegar tudo de volta, inclusive o nível que perdeu ao morrer, a não ser que algum inimigo espertinho tenha pegado no chão, e você terá que derrotá-lo para pegar de volta. Os locais de Graça, inclusive, servem para aumentar o nível com as runas adquiridas, bem como restaurar vida e mana.

As relíquias recebidas, até mesmo em partidas fracassadas, e que adicionam bônus e status permanentes ao personagem, também são incentivo a ir até o fim para receber uma recompensa que pode fazer toda a diferença na sua próxima expedição.

Mapa com poucas mudanças estruturais, mas recheado de eventos e atividades variadas

Um dos meus grandes receios, após o teste de rede, era se o mapa não se tornaria enjoativo rápido demais, pois com a repetição exaustiva de expedições, rapidamente iríamos gravar tudo o que tem no mapa e assim perder o fator surpresa na exploração. Parte isso ainda é verdade, pois apesar de haver variações quase sempre que escolhemos um Lorde da Noite para enfrentar, em sua essência o mapa é meio que o mesmo, mas eu gostei de ver que existem sim, algumas mudanças estruturais interessantes para não trazer monotonia para as sessões.

Algo bem legal são os eventos dinâmicos que passam a acontecer no mapa conforme derrotamos determinados números de Lordes da Noite, sendo também uma forma de progressão narrativa. O primeiro que abre é uma grande área vulcânica, por exemplo, com um vulcão realmente ativo que coloca Limveld para tremer. A área fica recheada de inimigos formidáveis e recompensas poderosas que podem fazer toda a diferença para o sucesso da expedição. No entanto, assim como tudo em Nightreign, é necessário ter muita estratégia e rapidez para conseguir explorar sem ser engolido pela Maré da Noite que continua a avançar.

Os pontos de interesse e suas recompensas também mudam de acordo com a versão do mapa que você explora, assim como existem modificadores em alguns deles para apimentar o desafio e as recompensas. Adições que trazem um ar novo para deixar as expedições dinâmicas.

Ainda assim, é óbvio que com o decorrer da repetição exaustiva dos mapas, para conseguir alcançar o sucesso de sua expedição, e vá por mim serão muitas repetições, será natural gravar tudo e fazer a exploração praticamente no automático, mas não vejo que isso seja um problema, já que a criação de rotas é um dos pontos para expedições mais eficientes. O jogo ainda possui uma boa quantidade de geração procedural a cada partida, com eventos, atividades e chefes aleatórios, que apimentam a exploração. No entanto, um DLC com um mapa totalmente novo no futuro iria ser bem interessante.

Personagens interessantes com gameplay e histórias únicas

Parte crucial da jogabilidade de Nightreign são seus personagens jogáveis, chamados de Viajantes da Noite. Cada um deles possui um estilo de combate realmente único, além de tramas próprias que se abrem conforme jogamos com eles e determinados acontecimentos narrativos ocorrem.

No campo da jogabilidade, todos os oito personagens possuem habilidades próprias, Ultimates poderosas e passivas que representam bem seu estilo. Seja um caçador que aumenta melhora a qualidade do loot, uma assassina que coloca seu grupo nas sombras, um grandão que domina a batalha com sua força, um guerreiro que se movimenta com rapidez usando seu gancho, uma maga com magias complexas, um espadachim especializado em aparar, uma garota que usa as forças da necromancia ou ainda um guardião que protege seu grupo com suas asas. Todos possuem sua utilidade e diversão ao jogar, mas todos requerem um pouco de treinamento antes de ter toda a sua qualidade aproveitada, então sempre aproveite bem a área de treino na Mesa Redonda para extrair o melhor do seu Viajante da Noite.

Partindo para o campo da narrativa, Nightreign possui uma narrativa para envolver seu mundo, sendo ambientado em um universo paralelo aos acontecimentos e sem conexão direta com a trama principal de Elden Ring. Apesar de ter sido aprovado por Miyazaki, que participou um pouco do conceito inicial, ele deu total liberdade criativa para o diretor Junya Ishizaki avançar com o projeto.

De uma forma geral, a Maré da Noite, uma fumaça roxa, avança e ameaça a existência de Limveld, e para evitar essa catástrofe os Viajantes da Noite precisam sobreviver a essa calamidade por dois dias, para então derrotar o Lorde da Noite no terceiro dia e assim repelir a escuridão. As informações, como sempre, são vagas e subjetivas, mas ganham mais contexto conforme matamos os oito Lordes da Noite e novas cutscenes e diálogos se abrem.

Os Viajantes da Noite também ganharam sua própria trama, que se desenrola conforme jogamos com eles e concluímos alguns objetivos. Para tal, precisamos entrar no mundo das Rememorações, que se trata de uma versão alternativa para realizar essas missões. Foi legal ver que, mesmo o foco sendo na jogabilidade, o estúdio tenha adicionado algo para expandir não só nossos conhecimentos acerca do personagem, mas também daquele mundo. Os diálogos são interessantes e trazem todo aquele clima de mistério e subjetividade que já são marcas registradas da FromSoftware.

O lado negativo é que você só consegue completar o objetivo dessas missões no mapa de jogo se for o líder da expedição, o que é um baita erro, seria interessante se todos pudessem completar suas missões e se unirem para alcançar objetivos variados em uma única sessão.

Cooperação é essencial para aproveitar Nightreign, mas o online precisa de melhorias

Umas das principais coisas que você precisa saber sobre Elden Ring Nightreign é que ele foi claramente projetado para ser aproveitado em trios, dessa forma, você precisa de outras duas pessoas para que jogue a proposta do estúdio como ela foi pensada originalmente. Você pode usar o matchmaking ou formar uma equipe com seus amigos. Sim, você também pode jogar sozinho, mas a experiência solo não tem o charme, e imprevisibilidades, de se unir com outros Viajantes da Noite. Também haverá a possibilidade de jogar em dupla, mas só em uma futura atualização.

Caso utilize o matchmaking, para se juntar a jogadores aleatórios, tenha em mente que pode não ser a melhor das experiências, pois a falta de comunicação faz bastante falta para o sucesso das expedições. O jogo possui apenas um sistema de ping, onde marcamos locais para explorar. Se o trio não se unir para ir nos mesmos objetivos juntos, a derrota vai chegar bem rápido. E aqui está uma das minhas principais críticas, pois como um jogo cujo foco é na cooperação online não oferece mais recursos para que os jogadores se comuniquem? Um chat de voz seria uma bela adição, assim como um chat escrito, mesmo que fosse mais complexo utilizá-lo durante as frenéticas expedições.

Os servidores se comportam bem, mas ainda existem sessões que fecham do nada e nem sempre é possível retornar para a partida, sendo frustrante ter que começar tudo de novo.

Quando é possível jogar com os amigos é que a experiência em Nightreign brilha verdadeiramente, te deixando imerso em tudo o que aquele universo tem a oferecer para descobrir mais e mais. A comunicação constante, pelo grupo do Xbox, para explorar o mapa e definir objetivos, bem como definir estratégias para os Bosses, tudo isso faz muita diferença para deixar as expedições mais divertidas, mesmo quando a inevitável derrota te encontra. A troca de ideias após a partida é uma parte muito interessante desse ciclo.

Pelo menos eles tiraram a obrigatoriedade de colocar uma senha para conseguir se unir com os amigos, pois agora é possível chamar os amigos direto da sua lista, ou chamando direto do grupo, facilitando muito montar a expedição.

A espera as vezes é um tanto quanto longa, quando a equipe não está fechada, o que me preocupa um pouco, já que justamente agora isso não deveria acontecer, pois o jogo acabou de lançar. É aqui que a incompreensível falta de um crossplay fica bem evidente, pois se juntasse os jogadores de todas as plataformas no matchmaking, a comunidade do jogo estaria bem mais unida, aumentando muito as chances de Nightreign se manter vivo por muito tempo. Uma falha muito grande do projeto, pois se nos outros jogos da FromSoftware o online é totalmente opcional, aqui ele é crucial.

Se tratando de um jogo que não é nada barato, você ter que depender de que outros jogadores da sua mesma plataforma também tenham investido nele é complicado. Agora no lançamento isso ainda não foi um problema, mas algumas esperas mais longas já me causam receio acerca do futuro.

A FromSoftware precisa sair de sua zona de conforto e colocar esse crossplay para ontem se quiserem que seu jogo tenha futuro. Eles já reaproveitaram praticamente tudo de Elden Ring e chefes dos Dark Souls, então tinham a obrigação de, pelo menos, adicionar funcionalidades online próprias para um jogo como Nightreign.

Arte belíssima, trilha sonora poderosa e desempenho suave

A parte artística de Nightreign é belíssima, como era de esperar de um jogo da FromSoftware. Os cenários são lindos, com locais que entregam uma beleza única, além disso, as batalhas contra os Lordes da Noite trazem aquela sensação única de grandiosidade que te deixa vidrado na tela. A trilha sonora também é um espetáculo a parte, trazendo toda aquela atmosfera épica que já é marca caraterística dos jogos Souls e do Elden Ring. Seja explorando os mapas ou durante as batalhas, a entrega audiovisual é impecável.

Todo o jogo está legendado e com menus em Português do Brasil.

O desempenho no Xbox Series X está excelente. Tenho sempre jogado no modo que prioriza a taxa de quadros (framerate) e não presenciei travamentos ou quedas de fps, tem sido uma experiência bem satisfatória.

Opinião

A experiência em Elden Ring Nightreign é uma montanha russa de emoções. Muitas vezes você fica por horas e horas sem uma vitória sequer, mas está sempre aprendendo algo e se esforçando para conseguir avançar mais na próxima, pois o jogo soube criar esse ciclo viciante de tentativa, erro e aprendizado. Quando a vitória vem, você sente realmente que se superou, com um sentimento indescritível de dever cumprido.

Apesar do ritmo bem acelerado, o jogo entrega características marcantes de Elden Ring, como a sua atmosfera única e apimenta isso com uma estrutura Roguelike e pitadas de Battle Royale, que apesar de inusitados, entregam uma experiência divertida e viciante. Ele ainda possui uma boa narrativa, personagens realmente únicos e batalhas épicas contra bosses.

O fato de ter que jogar em trios para ter a real diversão, e jogar Nightreign como ele foi originalmente projetado, é uma barreira e tanto, pois nem todos tem amigos dispostos a pagar o alto valor do jogo. Por outro lado, ficar nas mãos da sorte para um matchmaking com pessoas que estejam dispostas a trabalhar em equipe pode ser frustrante. A falta do crossplay é um erro gigante, pois se mesmo agora no lançamento já existem sessões que demoram a se formar, imagine daqui a algumas semanas. O modo solo é muito entediante, então não o vejo como alternativa de quando as partidas demorarem muito a se formar ou não querer jogar em cooperação.

De uma forma geral, Elden Ring Nightreign entrega uma experiência bem interessante que me deixa imersa em seu mundo todo o tempo que estou em uma expedição, sempre buscando dar o meu melhor para alcançar a vitória. O jogo acende em mim a vontade de buscar mais e mais, para finalmente colocar no chão aquele Lorde da Noite que me derrotou dezenas de vezes. Ainda assim, a falta de ferramentas para manter o online vivo é preocupante, uma vez que ele é a alma do mundo de Nightreign. Espero que a FromSoftware saia de sua zona de conforto e ajuste o que falta, para manter essa chama viva por muitos e muitos meses.

Nossa nota para Elden Ring Nightreign

Plataformas: Xbox One e Xbox Series X|S
Publicado por: Bandai Namco
Desenvolvido por: FromSoftware
Data de lançamento: 30/05/2025
Opções de compra: Microsoft Store

* O jogo foi cedido gentilmente pela Bandai Namco para a realização desta análise.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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