Far Cry vai invadir sua sala de estar. Não, não é mais um remaster ou spin-off. É uma série de TV oficial, encomendada pelo FX e transmitida pelo Hulu nos Estados Unidos, com chegada ao Disney+ no Brasil.
E, como não poderia deixar de ser, o anúncio já trouxe aquele tom caótico que define a franquia. Afinal, se Far Cry não escalasse até o absurdo, não seria Far Cry. Ainda não há informação sobre as datas.
Showrunners de peso
O projeto está nas mãos de Noah Hawley, criador de Fargo, Legion e Alien: Earth, e Rob McElhenney, mente por trás da comédia It’s Always Sunny in Philadelphia.
Hawley já provou que sabe transformar histórias em antologias cheias de tensão e humor ácido. McElhenney, por sua vez, traz irreverência e timing cômico. Juntos, prometem entregar uma mistura explosiva de ação, drama e ironia.
Se você achava que apenas os vilões de Far Cry tinham frases memoráveis, espere até ver o que esses dois vão escrever.
Elenco confirmado
Rob McElhenney não apenas produz: ele também será protagonista. Isso significa que veremos o criador de uma das sitcoms mais longas da TV americana em um papel totalmente diferente.
Imagine o humor sarcástico de It’s Always Sunny misturado com o caos tropical de Far Cry. É como colocar gasolina em uma fogueira e esperar o espetáculo.
Outros nomes ainda não foram revelados, mas, como cada temporada terá elenco novo, prepare-se para surpresas dignas de casting de reality show.
Estrutura antológica
Assim como nos jogos, cada temporada terá um cenário diferente, novos personagens e uma trama inédita.
Podemos esperar desde selvas tropicais até ambientes urbanos hostis. Quem sabe até uma temporada inspirada em Far Cry Primal, com clãs pré-históricos e tigres dentes-de-sabre.
Essa abordagem garante frescor e evita que a série caia na armadilha da repetição. Afinal, ninguém quer ver dez episódios seguidos apenas de caçadas de javali.
O que esperar
- Caos garantido: Se os jogos sempre escalam até o absurdo, a série não ficará atrás.
- Vilões carismáticos: Cada temporada deve apresentar antagonistas memoráveis, como Vaas ou Pagan Min.
- Mistura de gêneros: Ação, drama, humor e até filosofia barata sobre liberdade e poder.
- Referências aos jogos: Espere easter eggs, armas icônicas e talvez até aquele momento em que você pensa: “isso daria uma missão secundária”.
Humor no anúncio
O perfil oficial de Far Cry no X (antigo Twitter) brincou dizendo que o FX “levou a sério” a ideia de histórias que sempre escalam.
Se até o marketing já entrou no clima caótico, imagine os roteiros.
Expectativa dos fãs
A comunidade já especula: será que veremos adaptações diretas de Far Cry 3 ou Far Cry 6? Ou apenas histórias originais inspiradas no espírito da franquia?
A Ubisoft confirmou que a série busca capturar a essência das aventuras de mundo aberto. Isso significa liberdade criativa, mas também responsabilidade em manter o DNA da marca.
Filme trágico e legado Uwe Boll
Precisamos lembrar do trauma coletivo que foi o filme Far Cry (2008), dirigido por Uwe Boll.
Daí em diante Boll ficou famoso — ou melhor, infame — por transformar jogos em adaptações que pareciam mais punição do que entretenimento. Alone in the Dark, BloodRayne e House of the Dead já tinham mostrado sua “habilidade” em destruir roteiros. Mas quando ele colocou as mãos em Far Cry, o resultado foi um desastre digno de ser estudado em cursos de cinema como exemplo do que não fazer.
Surpreendentemente o longa tinha orçamento estimado em 30 milhões de dólares, mas arrecadou menos de 1 milhão mundialmente. Isso mesmo: fracasso absoluto.
A trama seguia Jack Carver e Valerie Constantine em uma ilha cheia de super soldados geneticamente modificados. Parece promissor? Talvez. Mas na prática, o filme entregou atuações desmotivadas, efeitos especiais medianos e uma direção que parecia feita no modo “aleatório”.
Críticos e fãs foram unânimes: o filme não tinha nada da essência caótica e divertida dos jogos. Era apenas mais uma prova de que Boll nunca entendeu o material original.
Decerto, o anúncio da série de Far Cry é mais do que uma adaptação. É uma promessa de que o caos dos jogos vai ganhar vida na TV.
Com Noah Hawley e Rob McElhenney no comando, podemos esperar uma produção ousada, divertida e imprevisível. E convenhamos, nada conseguiria ser pior que o filme, né? (Meme do Star Wars aqui 😁)
Prepare-se para vilões carismáticos, cenários variados e histórias que vão escalar até o absurdo. Afinal, se não fosse assim, não seria Far Cry.

