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Análise – Call of Duty: Black Ops 7

A franquia Call of Duty é uma das maiores do planeta, sendo uma das mais rentáveis, gerando uma receita bilionária, por esse motivo, a Activision Blizzard lança ano após ano, novas versões, mas que nem sempre agradam o seu público, mas que continuam vendendo.

Tivemos a oportunidade de analisar Call of Duty: Black Ops 7, que é o produto mais recente da Activision. Será que valeu a pena ou lançar anualmente é um grande erro? Descubra em nossa análise a seguir.

A beira da loucura

A saga Black Ops é uma das minhas histórias favoritas, com o lendário Alex Mason, um personagem incrível e cheio de camadas muito bem exploradas, além de seu inimigo mortal, Menendez, um dos maiores vilões dos games. Eles travaram guerras até que Alex morreu de forma surreal, deixando feridas profundas que perduraram até o futuro, quando seu filho, David, deu continuidade ao seu legado.

Tivemos Black Ops 2, que conta essa história, no qual David persegue Menendez no futuro, trazendo uma nova forma de jogar Call of Duty, com armas futuristas, drones e todo tipo de equipamento. Vale dizer que, após Black Ops 2, muita coisa mudou — e para melhor — embora eu ainda considere o primeiro Black Ops um verdadeiro marco.

Recentemente, foi lançado Call of Duty: Black Ops 7, que mantém vivo esse legado, levando David a enfrentar um fantasma que insiste em retornar. Ao chegar às instalações da Guilda, uma poderosa facção focada em armamento militar e robótica, surgem problemas que forçam Mason e sua equipe a encarar o passado e, principalmente, a própria loucura.

Quem jogou Call of Duty: Black Ops 6 teve um gostinho da loucura que seria o novo Black Ops, mas só jogando para saber. Confesso que a abordagem exagerada do novo jogo estragou a campanha. Acredito que a mistura de realidade com fantasia, para uma franquia de tiroteio militar, não caiu bem, principalmente pelo exagero. Sinto que usar Mason e Menendez para uma aventura sem muito sentido, foi queimar cartucho de um dos personagens mais incríveis da franquia.

Esse modo campanha funcionaria se fosse um DLC ou um modo a parte, mas incluir isso como prato principal, não me agradou, nem tão pouco o público. Sei que muitos acreditam que CoD é somente multijogador, mas a porta de entrada sempre foi a campanha, por mais que poucos joguem, mas mesmo assim é uma impressão que pode ofuscar um belo jogo no modo multijogador.

Existem várias mancadas que posso citar, como não poder pausar durante a campanha por ser um modo online. Se não puder continuar, terá que jogar tudo de novo. Até dá para jogar com bots, mas não é a mesma coisa, especialmente na hora de enfrentar os chefes.

A vilã é totalmente esquecível, especialmente quando o clímax se aproxima e fica claro que o jogo se prendeu demais ao passado, se tornando um mero fan service.

Batalhas contra chefes de virar memes

Call of Duty: Black Ops 7 possui batalhas contra chefes que podem virar memes, então esqueça tudo que você já viu na franquia, aqui temos monstros, soldados gigantes e até mesmo um Mech. Quem já assistiu alguns vídeos na internet já percebeu o tamanho da loucura, que caso fosse um modo incursão, seria incrível.

Jogar com amigos é até divertido, caso você se concentre no prazer em jogar algo puramente por diversão, e se esqueça da história, por mais interessante que ela poderia ser.

Sei que estimular quem é fã do multijogador é importante para curtir o modo campanha, mas no processo acaba que você abre mão de um público que também traz renda e divulgação, afinal, os componentes de história são falados por décadas.

Tiro, porrada e bomba

Como sempre o gunplay de Call of Duty: Black Ops 7 é prazeroso e muito viciante, pois as armas são bem construídas e com muitos recursos. Existe uma boa variedade de rifles, metralhadoras, pistolas e shotguns, algo que dá aquela vontade de testar cada armamento, para montar o melhor loadout.

Os operadores, seja na campanha ou no modo online, possuem habilidades que podem ser ativadas, fornecendo pulos, torretas, armas especiais e muito mais. Além disso, usar o dash para escorregar ou mesmo correr pelas paredes torna tudo ainda mais frenético, algo que deixa as partidas ainda mais dinâmicas.

Modos variados e divertidos

Além do modo campanha cooperativo, temos uma boa variedade de modos e mapas para nos entreter no multijogador, incluindo os modos mata-mata em equipes, morte confirmada, controle e por ai vai. Um dos grandes pontos positivos é a quantidade de mapas iniciais que é muito boa, trazendo uma mistura de clássicos com mapas novos.

Em outras edições eu ficava preso com mapas clássicos, mas em Call of Duty: Black Ops 7 abri minha mente para as novidades. Claramente, Nuketown que chegou nos últimos dias me conquistou novamente, por ser um dos meus mapas prediletos e de muitos jogadores. Como o sistema de Anticheat estava ativado, parece que deu bastante certo, principalmente na hora de jogar um crossplay com o PC.

O modo zumbis continua com sua diversão desenfreada, trazendo mapas grandes e muito divertidos, principalmente pela diversidade de inimigos, que vão dar muito trabalho para o jogador, principalmente na hora da extração. Existem veículos, algo que me fez recordar o mapa do ônibus lá nos zumbis dos primeiros Black Ops.

O modo engame pra mim foi uma decepção semelhante a campanha, pois simplesmente copiou o que seria de Warzone, mas com a inclusão de um PvE bem chato e repetitivo, com missões muito simples e não agregam tanto assim para a história.

Som e gráficos

Call of Duty: Black Ops 7 arrebenta nas cutscenes, mas sinto que os gráficos deram uma estagnada, mostrando que a Activision só repete a receita de bolo a cada edição. O design das armas são incríveis, pois mostram realmente que estamos lutando em uma guerra mais futurista.

O som cumpre seu papel, com efeitos incríveis, além da atuação dos personagens, mas nada marcante como em outras edições. Existem dublagem em nosso idioma, além legendas em Português do Brasil.

Opinião

Call of Duty: Black Ops 7 é uma decepção no modo campanha, aproveitando o legado de uma saga consagrada e seus ótimos personagens para entregar algo completamente esquecível. A história é muito louca, cheia de fanservices, que servem somente para lembrar o passado, mas que mostram uma certa preguiça em criar algo mais coeso.

O endgame não traz nada de interessante, usando toda a base do Warzone para entreter em um modo PvE repetitivo e com objetivos simplórios.

Os modos multijogador seguem bem elaborados, oferecendo muita diversão e competitividade, o que pode impulsionar o crescimento do jogo junto à sua comunidade. Já o modo zombies continua sensacional, proporcionando aquela diversão descontraída e repleta de recursos.

Call of Duty: Black Ops 7 é uma grande decepção, pois em certo momento chegou a superar a saga Modern Warfare, mas acabou se tornando apenas mais uma máquina de fazer dinheiro.

Plataformas: Xbox One, Xbox Series X|S, Xbox Cloud Gaming e PC
Publicado por: Activision
Desenvolvido por: Activision
Data de lançamento: 14/11/2025
Opções de compra: Microsoft Store

* O jogo foi cedido gentilmente pela Activision para a realização desta análise.

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